Introdução — Vitória x Bahia
No dia 17 de outubro de 2025, o Estádio Manoel Barradas (Barradão) foi palco de um dos maiores capítulos recentes da rivalidade entre Vitória e Bahia. Em uma noite de sexta-feira quente e vibrante, mais de 29 mil torcedores lotaram as arquibancadas, transformando o estádio em um verdadeiro caldeirão rubro-negro.
A partida, válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2025, terminou com vitória do Vitória por 2 a 1, quebrando um jejum de quase dez anos sem triunfos sobre o Bahia no Barradão. O clima antes do jogo era de pura tensão — ambos os times viviam momentos distintos, mas igualmente desafiadores.
O Vitória lutava desesperadamente contra o rebaixamento e sabia que vencer o rival seria a faísca necessária para reacender a confiança do grupo. Já o Bahia, mais confortável na tabela, via o clássico como chance de consolidar-se entre os primeiros colocados e manter a boa fase sob pressão.
Desde o aquecimento, o ambiente já mostrava que não seria apenas mais um jogo. Cânticos ecoavam, bandeiras tremulavam e a emoção transbordava nas arquibancadas. O Barradão pulsava — e o torcedor rubro-negro parecia sentir que, dessa vez, a história poderia ser diferente.
Contexto pré-jogo — pressão, rivalidade e urgência
Antes da bola rolar, a atmosfera era de tensão absoluta. O Vitória, com 25 pontos, ocupava a 17ª posição, precisando urgentemente de uma vitória para sair do Z-4. A equipe vinha de empates dolorosos e derrotas apertadas, o que deixava o elenco pressionado e o técnico sob críticas.
Do outro lado, o Bahia chegava embalado após boa sequência, com 36 pontos e a meta clara de se aproximar do grupo de cima. O favoritismo estava do lado tricolor, mas a rivalidade do Ba-Vi costuma ignorar a lógica.
O clássico também carregava um peso simbólico. Era a chance do Vitória mostrar que ainda tinha grandeza, mesmo em meio a dificuldades, e que o Barradão continuava sendo território hostil. O Bahia, por sua vez, queria reafirmar sua superioridade recente e manter a hegemonia sobre o rival.
Quando o árbitro apitou o início do jogo, o que se viu foi um confronto de nervos, garra e intensidade, onde cada dividida valia como um gol.
Escalações e estratégia — estilos opostos, o mesmo objetivo
O Vitória entrou em campo no 4-3-3, com marcação alta e linhas compactas. A proposta era clara: sufocar a saída de bola do Bahia e explorar as transições rápidas. O técnico optou por um meio-campo físico, com volantes de forte pegada e laterais com liberdade para atacar.
O Bahia, no tradicional 4-2-3-1, buscava controlar o jogo com posse de bola e movimentação no terço final. A equipe apostava em trocas rápidas e triangulações pelos lados, tentando desgastar o sistema defensivo rubro-negro.
Nos primeiros minutos, a diferença de posturas ficou evidente. O Vitória pressionava, marcava em bloco alto e roubava bolas perigosas. O Bahia tinha mais a bola, mas esbarrava na marcação organizada e na força emocional do rival.
Com o passar do tempo, os técnicos fizeram ajustes. O Vitória adiantou seus meias e passou a pressionar com intensidade. O Bahia, sentindo a pressão, recuou um pouco e apostou nos contra-ataques, tentando aproveitar espaços nas costas da defesa.
Essa troca de intenções criou um cenário tático dinâmico, com muita movimentação e lances de perigo dos dois lados.
Primeiro tempo — emoção, intensidade e gols
O primeiro tempo foi digno da tradição do Ba-Vi. O Vitória iniciou em ritmo alucinante, empurrado pela torcida, e logo criou suas primeiras chances. Aos 15 minutos, um chute de fora da área obrigou o goleiro tricolor a fazer grande defesa.
Aos 26 minutos, a pressão deu resultado. Após cruzamento pela direita, a bola bateu na mão de um zagueiro adversário e o árbitro marcou pênalti para o Vitória. Kayzer, com calma, deslocou o goleiro e fez o estádio explodir: 1 a 0 Vitória.
O gol incendiou o Barradão. O time cresceu, dominou o meio-campo e quase ampliou com jogadas de bola parada. A torcida cantava sem parar, transformando cada lance em uma batalha emocional.
Mas o Bahia reagiu. A equipe retomou o controle da posse e passou a atacar com perigo. Aos 40 minutos, após escanteio bem cobrado, Tiago subiu mais alto e empatou de cabeça: 1 a 1.
O gol esfriou o ânimo rubro-negro e devolveu a confiança ao Bahia, que terminou o primeiro tempo com mais presença ofensiva. Mesmo assim, o empate refletia o equilíbrio — dois times jogando no limite, motivados pela rivalidade e pela necessidade.
Segundo tempo — superação e o gol da redenção
O Vitória voltou dos vestiários determinado a não repetir os erros do passado. A equipe entrou mais concentrada, com marcação agressiva e transições rápidas. Aos 15 minutos, uma bomba de fora da área assustou o goleiro do Bahia.
A pressão aumentava até que, aos 20 minutos, após cobrança de escanteio, Cáceres aproveitou rebote e empurrou para as redes: 2 a 1 Vitória. O Barradão veio abaixo. A comemoração foi intensa — torcedores choravam, jogadores se abraçavam, e o técnico vibrava à beira do gramado.
Depois do gol, o Bahia tentou reagir. Fez substituições ofensivas, adiantou as linhas e criou boas chances, mas parou em uma defesa sólida e bem posicionada. O goleiro do Vitória fez duas defesas cruciais, mantendo o placar.
Nos minutos finais, o jogo virou uma guerra de nervos. Faltas duras, discussões e cansaço tomaram conta do campo. O apito final foi o gatilho para a explosão: o Vitória encerrava um jejum de quase dez anos sem vencer o rival no Barradão.
Estatísticas da partida
Indicador | Vitória | Bahia |
---|---|---|
Placar final | 2 | 1 |
Gols | Kayzer (pênalti), Cáceres | Tiago |
Finalizações | 17 | 11 |
Finalizações certas | 8 | 4 |
Posse de bola | 48% | 52% |
Escanteios | 9 | 5 |
Cartões amarelos | 3 | 4 |
Faltas cometidas | 18 | 21 |
Público presente | 29.000 | — |
Os números mostram equilíbrio, mas o Vitória foi mais incisivo. O Bahia teve mais posse, porém o Vitória foi mais eficiente, aproveitando ao máximo as bolas paradas e os contra-ataques.
Análise tática — disciplina e intensidade
O grande mérito do Vitória foi manter disciplina tática. A equipe não se desorganizou mesmo sob pressão e mostrou evolução em todos os setores. O sistema defensivo foi compacto, o meio trabalhou com inteligência e o ataque foi oportunista.
O Bahia, embora tecnicamente superior, sofreu para lidar com a pressão e com a bola aérea. Faltou dinamismo no meio e contundência nas finalizações. O time teve controle, mas não soube transformar posse em perigo real.
A leitura do técnico do Vitória foi precisa: entendeu o momento, mexeu no time na hora certa e deu nova energia ao grupo. O triunfo não veio por acaso — foi fruto de estratégia, coragem e mentalidade vencedora.
Repercussão e bastidores — emoção e alívio
O vestiário rubro-negro virou palco de festa. Jogadores cantaram, choraram e comemoraram o fim do tabu. O técnico agradeceu o apoio da torcida e pediu foco para os próximos jogos. O clima era de união e confiança renovada.
Entre os torcedores, a emoção era indescritível. Famílias, idosos e jovens comemoraram lado a lado, revivendo a sensação de orgulho e pertencimento. Nas redes sociais, o Vitória foi assunto do momento, e as imagens da festa tomaram conta da internet.
O Bahia, por sua vez, deixou o campo frustrado. O treinador reconheceu os erros e prometeu ajustes. A derrota, ainda que dolorida, servirá de lição para um time que precisa reencontrar equilíbrio emocional em clássicos decisivos.
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Conclusão — Vitória renasce, e o Barradão volta a sorrir
O triunfo por 2 a 1 sobre o Bahia foi mais do que um resultado esportivo — foi um símbolo. O Vitória reencontrou sua alma, sua torcida e sua confiança. A equipe mostrou que pode reagir, mesmo sob pressão, e que o Barradão continua sendo sua fortaleza.
O Bahia, mesmo derrotado, segue com potencial, mas precisa ser mais decisivo e emocionalmente estável. O clássico provou, mais uma vez, que o Ba-Vi é emoção pura, onde o coração fala mais alto do que a razão.
A temporada segue aberta, e ambos os clubes ainda têm muito em jogo. Mas uma coisa é certa: o rubro-negro acordou, e o grito preso na garganta da torcida finalmente ecoou com força.
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FAQ — Vitória x Bahia 2×1
1. Quem venceu o clássico Ba-Vi 2025?
O Vitória venceu o Bahia por 2 a 1 no Barradão.
2. Quem marcou os gols?
Kayzer (pênalti) e Cáceres marcaram para o Vitória; Tiago fez o gol do Bahia.
3. Onde foi o jogo?
No Estádio Barradão, em Salvador, com público de cerca de 29 mil torcedores.
4. Qual foi a importância da vitória?
O resultado encerrou um jejum de quase dez anos sem vitórias sobre o rival e tirou o time do Z-4.
5. O Bahia teve bom desempenho?
Teve mais posse de bola, mas falhou nas finalizações e na defesa em bolas paradas.
6. Quem foi o destaque da partida?
Kayzer, autor do primeiro gol e líder em campo, foi o nome do jogo.
7. O que esperar do Vitória nos próximos jogos?
Com moral elevada, o time tende a evoluir e lutar até o fim pela permanência.
8. O que o Bahia precisa melhorar?
Foco defensivo e regularidade emocional em jogos grandes.
9. Quantos cartões foram aplicados?
Foram 7 cartões amarelos ao todo — três para o Vitória e quatro para o Bahia.
10. Há chance de reencontro?
Sim, as equipes podem voltar a se enfrentar nas rodadas finais, dependendo da tabela.