Romelu Lukaku: O Gigante Belga do Futebol

Romelu Lukaku: O Gigante Belga do Futebol

Romelu Lukaku

Romelu Lukaku é um dos nomes mais impactantes do futebol mundial. Com sua força física impressionante, habilidade para finalizar jogadas e presença de campo que intimida defesas adversárias, o atacante belga se tornou uma referência no esporte. Nascido em uma família humilde na Bélgica, Lukaku construiu uma carreira repleta de altos e baixos, conquistas históricas e momentos de superação. Aos 32 anos, em setembro de 2025, ele continua a ser uma peça fundamental em clubes de elite e na seleção belga. Esta matéria mergulha na trajetória desse jogador que, com mais de 300 gols em competições profissionais, inspira gerações de jovens atletas.

Infância e Primeiros Passos no Futebol

Romelu Menama Lukaku Bolingoli nasceu em 13 de maio de 1993, em Antuérpia, na Bélgica. Filho de imigrantes congoleses, Roger Lukaku e Adolphine Bolingoli, ele cresceu em um ambiente marcado pela pobreza e pela paixão pelo futebol. Seu pai, Roger, foi um jogador profissional na África e na Europa, o que influenciou diretamente o jovem Romelu. Desde pequeno, Lukaku demonstrava um talento natural para o esporte. Aos seis anos, ele já treinava nas ruas de Antuérpia, usando bolas improvisadas e sonhando em seguir os passos do pai.

A família Lukaku enfrentou dificuldades financeiras. Roger, após se aposentar do futebol, trabalhava como taxista para sustentar a esposa e os quatro filhos. Romelu, o mais velho, assumiu responsabilidades cedo, ajudando em casa enquanto se dedicava aos treinos. Ele frequentou a escola Rupel Boom, onde começou a jogar de forma organizada. Seu primeiro clube foi o Rupel Boom, mas logo chamou atenção do Lierse, um time da segunda divisão belga. Aos oito anos, Lukaku se transferiu para lá, impressionando treinadores com sua velocidade e força para a idade.

Em 2004, aos 11 anos, veio o grande salto: o Anderlecht, gigante do futebol belga, o recrutou para suas categorias de base. No clube roxo e branco, Lukaku encontrou um ambiente profissional. Ele treinava intensamente, equilibrando estudos e futebol. Seus companheiros de equipe o apelidaram de “Big Rom” devido ao seu tamanho – com 1,91m de altura e um físico já robusto. Mas não era só força: Lukaku tinha visão de jogo e técnica refinada, aprendida assistindo a vídeos de atacantes como Ronaldo Fenômeno e Thierry Henry.

Esses anos formativos foram cruciais. Lukaku enfrentou preconceitos raciais em alguns jogos de base, mas usou isso como combustível. Em entrevistas, ele sempre credita à mãe, Adolphine, o apoio inabalável que o manteve no caminho certo. “Ela me levava para todos os treinos, mesmo de ônibus lotado”, recordou certa vez. Aos 16 anos, ele já era considerado uma joia da coroa belga, pronto para o profissionalismo.

Estreia e Ascensão no Anderlecht

A estreia profissional de Lukaku aconteceu em 24 de novembro de 2009, pelo Anderlecht, contra o NAC Breda, pela Liga Europa. Aos 16 anos e 194 dias, ele entrou no segundo tempo e marcou um gol de cabeça, garantindo a vitória por 3 a 1. Foi um momento mágico: o estádio Constant Vanden Stock explodiu em aplausos, e a Bélgica ganhou um novo herói. Naquele ano, Lukaku jogou 36 partidas pela equipe principal, marcando 15 gols e dando sete assistências. Sua temporada de estreia o rendeu o prêmio de Revelação do Ano na Bélgica.

No Anderlecht, Lukaku formou uma dupla letal com Mbark Boussoufa. Sob o comando de Ariel Jacobs e depois Frank Vercauteren, ele aprendeu a lidar com a pressão de ser o centro das atenções. Em 2010-11, ele brilhou na Jupiler Pro League, com 27 gols em 46 jogos. O campeonato belga era pequeno para seu talento, e olheiros de toda a Europa o observavam. Chelsea, Arsenal e Manchester United enviaram representantes para seus jogos.

Fora de campo, Lukaku se envolvia em ações sociais. Ele doava parte de seus salários para comunidades de Antuérpia, ajudando crianças carentes a acessarem o esporte. Sua lealdade ao Anderlecht era evidente: apesar das ofertas milionárias, ele renovou contrato até 2012. Mas o destino chamou: em agosto de 2011, aos 18 anos, Lukaku assinou com o Chelsea por 18 milhões de euros, uma transferência recorde para um belga na época. Deixava o clube onde nasceu como estrela com 41 gols em 103 jogos.

Aventura no Chelsea e os Empréstimos na Premier League

Chegar ao Chelsea foi um sonho para Lukaku, mas a realidade da Premier League se mostrou desafiadora. Sob Carlo Ancelotti, ele lutou por espaço em um elenco estrelado por Didier Drogba. Sua estreia foi contra o West Bromwich Albion, em novembro de 2011, marcando dois gols na vitória por 2 a 1 na Copa da Liga. No entanto, com apenas 10 jogos na temporada, ele viu que precisava de mais minutos.

Em 2012, veio o primeiro empréstimo: de volta ao West Brom. Gerenciado por Steve Clarke, Lukaku explodiu. Em meia temporada, ele marcou 17 gols em 35 jogos, incluindo um hat-trick contra o Manchester United de Sir Alex Ferguson. Sua força física e capacidade de segurar a bola o tornaram indispensável. O West Brom terminou em oitavo na Premier League, e Lukaku ganhou o apelido de “The Beast”.

O sucesso continuou com o empréstimo ao Everton, em 2013. Sob Roberto Martínez, ele se tornou o artilheiro da equipe com 15 gols em 31 jogos. Sua parceria com Ross Barkley e Leighton Baines era fluida. Fãs do Goodison Park o adoravam pela garra. Em maio de 2014, Everton o comprou permanentemente por 28 milhões de libras. Lukaku havia provado seu valor: em dois empréstimos na Premier, 39 gols em 77 jogos.

Consolidação no Everton e Transferência para o Manchester United

De 2014 a 2017, Lukaku foi o pilar do ataque do Everton. Sob Martínez e depois Ronald Koeman, ele marcou 87 gols em 166 jogos. Sua melhor temporada foi 2016-17, com 25 gols na liga, empatando com Harry Kane na artilharia. Ele se tornou o maior artilheiro belga da história da Premier League, superando Christian Benteke. Fora de campo, Lukaku se formou em economia pela Universidade de Antuérpia, mostrando equilíbrio entre carreira e estudos.

Em julho de 2017, veio a transferência para o Manchester United, por 75 milhões de libras – o maior valor para um belga. Sob José Mourinho, ele marcou 27 gols na primeira temporada, incluindo um hat-trick contra o Southampton. No entanto, as temporadas seguintes foram irregulares. Com Ole Gunnar Solskjær e depois Ralf Rangnick, Lukaku lutou com lesões e críticas à forma física. Em três anos, 42 gols em 96 jogos. A pressão em Old Trafford o levou a querer mudanças.

Brilho na Inter de Milão e o Sonho Italiano

Em agosto de 2019, empréstimo à Inter de Milão por 5 milhões de euros. Sob Antonio Conte, Lukaku encontrou seu lar. Formando dupla com Lautaro Martínez, ele marcou 34 gols em 2019-20, ajudando a Inter a chegar à final da Liga Europa (perdida para o Sevilla). Sua força e visão de jogo se adequavam ao futebol italiano.

Em 2020, compra definitiva por 80 milhões de euros. A temporada 2020-21 foi épica: 30 gols na Serie A, levando a Inter ao Scudetto após 11 anos. Lukaku foi eleito o melhor jogador estrangeiro da liga. Ele se tornou ídolo em Milão, com camisas número 9 voando das lojas. Em 2021-22, mais 24 gols, mas uma lesão na Nations League o tirou da final da Eurocopa.

Retorno ao Chelsea e Desafios

Em junho de 2022, Lukaku voltou ao Chelsea por 113 milhões de euros – uma das transferências mais caras da história. Sob Thomas Tuchel, ele marcou apenas oito gols na Premier League, criticado pela imprensa e torcedores. Uma entrevista polêmica à Sky Italia, onde expressou saudades da Inter, piorou tudo. Em 2022-23, empréstimo à Inter novamente, mas sem o brilho anterior: 14 gols em 47 jogos.

Período na Roma e Ressurgimento

Em agosto de 2023, empréstimo à Roma. Sob José Mourinho, Lukaku reviveu. Na Serie A 2023-24, ele marcou 13 gols em 36 jogos, ajudando a Roma a brigar por vagas europeias. Sua parceria com Paulo Dybala era mortal. Na temporada seguinte, 2024-25, mais 21 gols, consolidando-o como um dos melhores centroavantes da Itália. Fãs da Loba o chamavam de “Rei Rom”.

Novo Capítulo no Napoli

Em junho de 2025, Lukaku assinou com o Napoli por quatro anos, em uma transferência de 40 milhões de euros do Chelsea. Sob Giovanni Manna, ele se juntou a Khvicha Kvaratskhelia e Victor Osimhen (que saiu para o Al-Ahli). Nos primeiros jogos da Serie A 2025-26, Lukaku marcou cinco gols em sete partidas, ajudando o Napoli a liderar o campeonato. Sua adaptação ao sul da Itália foi rápida: ele elogiou a comida napolitana e se envolveu em eventos locais.

A Seleção Belga: O Artilheiro Máximo

Pela seleção belga, Lukaku estreou em 2010, aos 16 anos, contra a Croácia. Desde então, é o maior artilheiro da história, com 85 gols em 114 jogos (até setembro de 2025). Ele liderou a “Geração de Ouro” – com De Bruyne, Hazard e Courtois – à semifinal da Copa de 2018 (terceiro lugar) e quartas da Euro 2020. Na Copa de 2022, marcou quatro gols, mas a Bélgica caiu nas oitavas.

Em 2024, sob Domenico Tedesco, Lukaku continua essencial. Nas eliminatórias para a Copa de 2026, ele marcou oito gols. No entanto, em setembro de 2025, uma lesão na coxa, sofrida em um amistoso contra a Itália em agosto, o tirou das partidas contra Liechtenstein e Cazaquistão. Médicos estimam três a quatro meses de recuperação, sem necessidade de cirurgia. Apesar disso, ele deve voltar em dezembro, pronto para os playoffs.

Vida Pessoal e Legado

Fora das quatro linhas, Lukaku é pai de três filhos: Romelu Jr., Yassin e uma filha recente. Ele mantém uma relação discreta com a modelo Jordan Huyse, mãe de seus filhos. Sua fundação, Lukaku Foundation, apoia educação e esporte em comunidades africanas e belgas. Ele é embaixador da ONU para fome zero e critica o racismo no futebol.

Em setembro de 2025, Lukaku enfrentou uma tragédia pessoal: a morte de seu pai, Roger, aos 58 anos, após uma doença breve. Em um post emocional no Instagram (depois removido), ele escreveu: “A vida nunca será a mesma. Meu herói se foi”. A notícia abalou fãs e companheiros, que enviaram mensagens de apoio. Napoli concedeu folga para o luto, e a Bélgica planeja uma homenagem em seu próximo jogo.

O legado de Lukaku é de resiliência. De garoto pobre a estrela multimilionária, ele superou críticas, lesões e saídas frustradas. Com mais de 350 gols na carreira (clubes e seleção), ele inspira pela determinação. Aos 32 anos, ainda tem fôlego para mais troféus – quem sabe a Liga dos Campeões ou uma Copa do Mundo?

Atualizações Recentes: Lesão e Luto

Em agosto de 2025, durante a pré-temporada do Napoli, Lukaku sofreu uma ruptura no músculo da coxa contra o Barcelona em um amistoso. Exames confirmaram ausência de três meses, impactando o início da Serie A. Ele assistiu aos jogos da arquibancada, motivando companheiros. “Vou voltar mais forte”, declarou em coletiva.

A perda do pai, em 29 de setembro, foi o golpe mais duro. Roger, que o incentivou desde criança, faleceu em Kinshasa, Congo. Lukaku viajou para o funeral e pausou as redes sociais, limpando posts antigos. Companheiros como Kvaratskhelia e De Bruyne postaram mensagens: “Força, irmão”. O Napoli, sensível, adiou sua volta aos treinos.

Apesar dos desafios, Lukaku planeja retornar em dezembro, mirando o título da Serie A e as eliminatórias belgas. Sua história continua a motivar: um gigante que cai, mas sempre se levanta.

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