Reilly Opelka: O Gigante Americano do Tênis

Reilly Opelka: O Gigante Americano do Tênis

Introdução

Reilly Opelka é um nome que ecoa com força no mundo do tênis, especialmente entre os fãs que admiram jogadores altos e potentes. Nascido em 28 de agosto de 1997, em St. Joseph, Michigan, esse americano de 2,11 metros de altura se destaca não só pela estatura impressionante – que o coloca empatado com Ivo Karlović como o mais alto a ser ranqueado no circuito da ATP –, mas também por um saque que pode ultrapassar os 225 km/h. Sua jornada no esporte começou de forma modesta, influenciada pela família e por mentores inesperados, e evoluiu para momentos de glória, interrupções dolorosas por lesões e um retorno triunfal em 2025.

Opelka representa o espírito resiliente do tênis americano contemporâneo. Com quatro títulos no circuito principal e vitórias marcantes contra os melhores do mundo, ele se tornou uma referência para jovens jogadores que sonham em dominar a quadra com potência bruta. Em 2025, aos 28 anos, ele continua a surpreender, alcançando finais e semifinais em torneios importantes, e participando de eventos como a Laver Cup, onde é treinado por lendas como Andre Agassi. Esta biografia mergulha na vida e na carreira desse atleta único, explorando desde suas raízes até os eventos mais recentes, como sua atuação na Laver Cup de 2025, disputada em San Francisco.

Seu impacto vai além das estatísticas: Opelka é amigo próximo de rivais como Taylor Fritz e carrega uma paixão por esportes americanos e pelo futebol italiano. Com um ranking que chegou ao 17º lugar em 2022 e uma volta ao top 70 em junho de 2025, ele prova que persistência e talento podem superar adversidades. Vamos explorar essa trajetória passo a passo.

Início da Vida e Descoberta do Tênis

A história de Reilly Opelka começa em uma pequena cidade de Michigan, onde o inverno rigoroso poderia ter limitado suas atividades ao ar livre. No entanto, aos 4 anos, sua família se mudou para Palm Coast, na Flórida, um paraíso para esportes como o tênis. Filho de pais que valorizavam o esporte – seu pai era golfista amador –, Reilly cresceu em um ambiente que incentivava a atividade física. Foi só aos 12 anos, porém, que ele começou a treinar seriamente, ingressando no programa da USTA (United States Tennis Association) em Boca Raton.

O que o atraiu para o tênis não foi um momento dramático, mas uma conexão familiar. Seu pai conhecia Tom Gullikson, um lendário treinador americano que havia trabalhado com Pete Sampras. Gullikson, já aposentado na época, deu conselhos iniciais que moldaram o estilo de Opelka. “Ele me ensinou a usar minha altura a meu favor desde cedo”, recordou o jogador em entrevistas passadas. Aos 14 anos, Reilly já competia em torneios juniores regionais, impressionando pela capacidade de acertar bolas potentes mesmo com uma raquete que parecia pequena em suas mãos gigantes.

A Flórida, com seu clima quente e academias de elite, foi o caldeirão perfeito para seu desenvolvimento. Ele treinava ao lado de talentos emergentes, aprendendo não só técnica, mas também a mentalidade competitiva. Sua altura, que hoje é uma arma, era na infância uma fonte de insegurança – Reilly era sempre o mais alto da turma na escola. Mas no tênis, isso se transformou em vantagem. Aos 15 anos, ele já media 1,98 metro e começava a experimentar saques que faziam os adversários recuarem. Esses anos formativos foram cruciais: Opelka aprendeu a equilibrar estudos e treinos, frequentando uma escola preparatória em Palm Beach Gardens, onde se formou em 2015.

Durante esse período, ele também descobriu paixões fora da quadra. Fã fervoroso dos times de Chicago – Bulls no basquete, Bears no futebol americano e Blackhawks no hóquei –, Reilly viajava para jogos sempre que possível. Sua família o apoiava incondicionalmente, com o tio Mike Opelka, um apresentador de rádio em Chicago, servindo de inspiração para sua comunicação pública. Esses laços familiares ajudaram a moldar um jovem resiliente, pronto para os desafios do esporte profissional.

Ascensão nas Categorias Juvenis

O salto de Opelka para o cenário júnior foi meteórico. Em 2014, ele venceu seu primeiro torneio importante nos EUA, o Easter Bowl, e chamou atenção internacional ao chegar às quartas de final do US Open júnior. Mas foi em 2015 que ele brilhou de verdade: no Wimbledon júnior, o americano conquistou o título de simples, derrotando Mikael Ymer na final por 7-6(5), 6-4. No caminho, superou o compatriota Taylor Fritz nas semifinais, em um duelo que selou uma amizade duradoura.

Esse triunfo em Londres não foi isolado. Opelka também alcançou a final de duplas no mesmo torneio, ao lado do australiano Akira Santillan, perdendo apenas para a dupla húngara. Esses resultados o colocaram no topo do ranking júnior da ITF, com vitórias em eventos como o Orange Bowl e o Abierto Juvenil Mexicano. Sua altura já era lendária: aos 17 anos, ele media 2,08 metro e usava sua envergadura para dominar os pontos de saque e devolução.

Os treinos intensos na IMG Academy, na Flórida, refinaram sua técnica. Sob orientação de coaches como Nick Bollettieri, ele focou em melhorar a mobilidade – um desafio para alguém tão alto – e em fortalecer o core para suportar o impacto dos saques. “Eu era como um girassol tentando se mover rápido”, brincava Opelka sobre seus primeiros anos. Apesar de algumas derrotas precoces em torneios maiores, como o Australian Open júnior de 2015, onde caiu nas oitavas, ele acumulou experiência valiosa.

Essa fase júnior terminou com Opelka virando profissional em 2015, aos 18 anos. Ele recusou uma bolsa universitária para mergulhar no circuito de challengers, uma decisão arriscada mas ousada. Seus primeiros passos foram promissores: vitórias em qualificatórias e uma entrada no top 500 da ATP antes dos 19 anos. A ascensão juvenil pavimentou o caminho para uma carreira que misturaria explosões de sucesso com pausas forçadas.

Entrada no Circuito Profissional

Ao ingressar no circuito ATP em 2015, Opelka enfrentou a dura realidade dos torneios menores. Seus primeiros anos foram de aprendizado: ele jogava futures e challengers, acumulando vitórias modestas, como o título no Challenger de Winnetka em 2016. Sua altura atraía olhares, mas também críticas – alguns diziam que ele era “apenas um sacador”. No entanto, em 2017, veio o breakthrough: quartas de final no Memphis Open, onde derrotou jogadores experientes como Steve Johnson.

O ano de 2018 marcou sua consolidação. Opelka venceu seu primeiro título ATP em duplas no Citi Open, ao lado de Oliver Marach, e chegou às oitavas no US Open, sua melhor campanha em Grand Slam até então. Ele derrotou o qualifier grego Stefanos Tsitsipas em sets diretos, provando que podia competir com a nova geração. Seu ranking subiu para o top 100 pela primeira vez, em 115º lugar.

Em 2019, o americano explodiu. Venceu o New York Open, seu primeiro título de simples ATP, batendo Adrian Mannarino na final por 7-5, 6-1. Foi um torneio onde seu saque brilhou: 20 aces na final sozinhos. Ele também alcançou semifinais em Houston e Atlanta, terminando o ano no top 40. Esses resultados chamaram atenção de patrocinadores, e Opelka assinou com a Fila para roupas e a Wilson para raquetes.

A pandemia de 2020 não o parou: ele faturou o Delray Beach Open, derrotando Sebastian Korda na final, em meio a bolhas sanitárias. Seu jogo de devolução melhorava, permitindo vitórias em quadras rápidas. Em 2021, veio o vice-campeonato no Canadian Open, perdendo para Daniil Medvedev na final – sua primeira em Masters 1000. Ao lado de Jannik Sinner, venceu o Atlanta Open em duplas. Esses anos iniciais no profissionalismo transformaram Opelka de promessa em contender real.

Conquistas e Títulos Importantes

A carreira de Opelka é pontuada por conquistas que destacam sua potência e determinação. Seus quatro títulos de simples ATP são marcos: o de 2019 em Nova York, onde superou uma chave dura com vitórias sobre Jo-Wilfried Tsonga e John Isner; o de 2020 em Delray Beach, em um torneio reduzido pela pandemia, batendo Korda em sets corridos; e os de 2022, no Dallas Open (contra Taylor Fritz na final, um duelo amigável) e no U.S. Men’s Clay Court Championships em Houston, provando versatilidade em saibro.

Em duplas, o título de 2021 em Atlanta com Sinner foi especial – eles derrotaram a dupla de Rajeev Ram e Joe Salisbury na final. Opelka também tem nove vitórias sobre top 10, incluindo Stefanos Tsitsipas, Matteo Berrettini e, mais recentemente, Novak Djokovic em 2025. Seu melhor Grand Slam foi o US Open de 2019 e 2021, com oitavas de final, onde enfrentou gigantes como Dominic Thiem.

Em challengers, ele acumula mais de 10 títulos, como o de Cary em 2017 e Winnipeg em 2018, que o ajudaram a subir no ranking. Seu pico no top 17 veio em fevereiro de 2022, após uma sequência de semifinais em Delray, Indian Wells e Barcelona. Esses feitos não são só números: representam superação, como quando venceu Isner em um duelo de sacadores em 2019.

Opelka também brilhou em Copas Davis, ajudando os EUA em 2019 e 2022 com vitórias chave. Sua contribuição para o tênis americano é inegável, inspirando uma nova onda de jogadores altos e agressivos.

Estilo de Jogo e Forças

O que torna Opelka único é seu estilo baseado no saque. Com 2,11 metros, ele cria ângulos impossíveis, acertando bolas que raspam a linha com precisão. Seu primeiro saque, acima de 225 km/h, é uma arma letal – ele lidera a ATP em aces por jogo em várias temporadas. No segundo saque, ele varia slices e kicks para manter o adversário longe da linha de base.

Sua devolução é subestimada: apesar da altura, ele se abaixa bem para rebater saques potentes. No forehand, ele tem potência para winners de qualquer posição, mas o backhand é mais defensivo, usado para transições. Em quadras rápidas como grama e duro, ele domina; em saibro, foca em consistência, como visto em Houston 2022.

Mentalmente, Opelka é calmo sob pressão, usando humor para descontrair. Sua envergadura de 2,21 metros ajuda em voleios, tornando-o perigoso na rede. Fraquezas? Mobilidade lateral em rallies longos, mas ele compensa com fitness melhorado pós-lesões.

Desafios com Lesões

Lesões foram o maior obstáculo na carreira de Opelka. Em 2022, uma cirurgia no punho direito o tirou das quadras por 17 meses – de março de 2022 a agosto de 2023. Ele voltou em challengers, mas aposentou-se em uma partida logo após. Em 2024, problemas nas costas o limitaram, forçando outra pausa de oito meses.

O retorno em julho de 2024 foi heroico: semifinais no Hall of Fame Open como o mais baixo ranqueado da história a chegar lá. Em 2025, ele alcançou a final em Brisbane, mas se aposentou na decisão contra Jiří Lehečka por dores nas costas. No Australian Open, perdeu na segunda rodada em cinco sets. Essas interrupções testaram sua resiliência, mas ele usou o tempo para estudar o jogo e fortalecer o corpo.

Vida Pessoal e Interesses

Fora das quadras, Opelka é um cara descontraído. Mora em Delray Beach, Flórida, e é padrinho de casamento de Taylor Fritz. Seu tio Mike é uma figura midiática em Chicago, influenciando sua presença em redes sociais. Fã de Lazio na Serie A e times de Chicago, ele equilibra tênis com viagens e golfe. Casado e sem filhos ainda, ele valoriza a família acima de tudo.

Atualizações Recentes em 2025

2025 tem sido um ano de redenção para Opelka. Começou forte em Brisbane, onde venceu Djokovic nas quartas – sua oitava vitória top 10 – e Mpetshi Perricard nas semis, alcançando sua sétima final ATP e o 100º triunfo na carreira. Apesar da aposentadoria na final, subiu para o 171º no ranking. No Australian Open, venceu a estreia contra Gauthier Onclin, mas caiu para Tomáš Macháč em cinco sets épicos.

No Libéma Open, como lucky loser, ele chocou o mundo ao bater Daniil Medvedev nas quartas, após erros do russo no tiebreak. Chegou às semifinais, consolidando sua volta. Em junho, seu ranking era o 70º, com participações sólidas no US Open. Ele acumulou pontos em torneios como Houston e Dallas, mostrando consistência.

Participação na Laver Cup 2025

A Laver Cup de 2025, em San Francisco de 19 a 21 de setembro, marcou o retorno de Opelka ao evento após quatro anos. Representando o Time Mundo, treinado por Andre Agassi – novo capitão –, ele abriu o torneio contra Casper Ruud na sexta-feira, 19. Em uma partida tensa de 1h30, Ruud venceu por 6-4, 7-6(7-4), garantindo o primeiro ponto para a Europa. Opelka sacou bem, mas errou em momentos chave.

No sábado, 20, o Time Europa liderava 3-1 após duplas e singles. Opelka elogiou Agassi em coletiva: “Ouço sempre que ele é um gênio, e é verdade”. Sua presença, com victorias recentes como em Brisbane, injetou energia ao time. A Laver Cup destacou sua forma, com Agassi o orientando em match points.

Conclusão

Reilly Opelka é mais que um sacador alto: é um guerreiro que transforma desafios em combustível. De Wimbledon júnior a Laver Cup 2025, sua jornada inspira. Com 28 anos, o futuro promete mais glórias. Que venham os próximos saques bombásticos!

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