Rayssa Leal: A Fadinha do Skate Brasileiro

Introdução

Rayssa Leal é uma das maiores estrelas do skate no mundo todo. Aos 17 anos, essa jovem de Imperatriz, no Maranhão, já conquistou corações e pódios com seu talento incrível e sua alegria contagiante. Conhecida como “Fadinha do Skate”, Rayssa começou a brilhar bem cedo e hoje é um símbolo de superação e diversão no esporte. Nascida em 4 de janeiro de 2008, ela representa o melhor do Brasil nas pistas, misturando manobras ousadas com um sorriso que ilumina tudo. Nesta reportagem, vamos contar a história dela, desde os primeiros rolês até os desafios mais recentes, passando por vitórias que marcaram época. Com o ano de 2025 cheio de emoções, Rayssa continua inspirando uma geração inteira a pegar o skate e voar alto.

Início da Vida e Descoberta do Skate

Uma Infância no Norte do Brasil

Rayssa Mendes Leal nasceu em Imperatriz, a segunda maior cidade do Maranhão, uma região cheia de calor e energia. Seus pais, Haraldo Oliveira Leal e Lilian Mendes, sempre apoiaram os sonhos da filha. Ela tem um irmão mais novo, Arthur, que é um de seus maiores fãs. A família Leal é simples, mas unida, e foi nesse ambiente que Rayssa encontrou o skate como uma paixão verdadeira.

Aos seis anos, Rayssa ganhou seu primeiro skate de presente de um amigo da família. Não demorou muito para ela se apaixonar pelo rolê. Imperatriz não tinha pistas profissionais na época, mas as ruas da cidade viraram o playground perfeito. Rayssa pedalava o skate por aí, aprendendo sozinha, caindo e levantando com a determinação de uma criança que sabe que a diversão vem junto com o esforço. Seus pais contam que, desde pequena, ela era teimosa: se caía dez vezes, tentava a décima primeira sem chorar.

O Vídeo que Mudou Tudo

Tudo ganhou um tom mágico em 2015, quando Rayssa tinha só sete anos. Vestida de fada, com uma saia de tule rosa e asas nas costas, ela fez um heelflip perfeito descendo uma escadaria alta. A mãe, Lilian, filmou o momento e postou nas redes sociais. O vídeo explodiu na internet, viralizando em poucos dias. Milhões de visualizações e mensagens de apoio de todo o mundo. Até o lendário skatista americano Tony Hawk viu e compartilhou, chamando-a de “pequena fada brasileira”. Foi assim que Rayssa ganhou o apelido “Fadinha do Skate”, que carrega com orgulho até hoje.

Aquele vídeo não foi só fofura; ele mostrou o talento puro de Rayssa. Aos olhos de todos, ali estava uma criança que dominava manobras difíceis com leveza, como se estivesse dançando. A partir dali, a família soube que o destino da menina era grande. Eles mudaram para Brasília em busca de melhores treinos, e Rayssa começou a competir de verdade. Mas o Norte nunca saiu do coração dela: Imperatriz continua sendo o lar, e Rayssa sempre volta para inspirar as crianças locais.

Ascensão no Mundo do Skate

Primeiras Competições e Conquistas Nacionais

Com nove anos, Rayssa já entrava em campeonatos. Em 2018, aos dez, ela competiu pela primeira vez em eventos maiores e chocou todo mundo com seus pódios. No Brasil, o skate street estava crescendo, e Rayssa era uma das promessas. Ela ganhou várias etapas do STU, o circuito nacional, e chamou atenção pela ousadia. Manobras como kickflip, heelflip e grinds em corrimãos altos viraram sua marca registrada. Treinadores viam nela uma mistura rara: técnica precisa e uma alegria que motivava os outros.

Em 2019, Rayssa estreou nos X Games, o maior festival de esportes radicais. Ficou em quarto lugar tanto em Minneapolis quanto em Oslo. Aos 11 anos, ela era a mais jovem na final feminina da Street League Skateboarding (SLS), superando nomes como Pamela Rosa. Foi o começo de uma era de vitórias. Rayssa viajava o mundo, representando o Brasil com bandeiras no peito e sorrisos no rosto. Seus pais e o irmão a acompanhavam sempre, formando uma equipe imbatível.

O Brilho Internacional e os Primeiros Títulos Mundiais

A ascensão de Rayssa foi meteórica. Em 2021, ela venceu a primeira etapa da SLS em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Precisava de 8,3 pontos para passar a japonesa Funa Nakayama e cravou 8,5 na última tentativa. A torcida gritava, e Rayssa pulava de felicidade. Naquele ano, ela varreu a liga, vencendo o Super Crown no Rio de Janeiro, em frente a uma multidão brasileira enlouquecida.

Os anos seguintes foram de domínio. Rayssa se tornou tricampeã do Super Crown em 2022, 2023 e 2024. Ela acumulou 13 vitórias em etapas da SLS, mais do que qualquer outra na categoria feminina. Nos X Games, ganhou ouro em Chiba (2022) e no Japão (2023). Sua coleção de troféus é impressionante: pratas, bronzes e ouros de todo canto. Aos 17 anos, Rayssa já é um ícone, com patrocinadores como Nike SB, Monster Energy e April Skateboards. Mas o que mais encanta é sua humildade: ela sempre diz que o skate é diversão, não só competição.

Momentos Olímpicos: Prata e Bronze Inesquecíveis

Tóquio 2020: A Prata que Conquistou o Mundo

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021 por causa da pandemia, foram o palco perfeito para Rayssa brilhar. Aos 13 anos, ela era a mais jovem da delegação brasileira. No skate street feminino, a pista era um desafio: corrimões, gaps e rails que testavam o limite. Rayssa caiu na primeira volta, mas se recuperou com manobras limpas. Terminou com prata, atrás da japonesa Momiji Nishiya. O mundo parou para ver: a fadinha brasileira, com lágrimas nos olhos, erguendo a medalha. Foi a mais jovem medalhista olímpica do Brasil na história, e o país inteiro festejou. Rayssa voltou como heroína, com desfiles em Imperatriz e Brasília.

Aquela prata mudou tudo. Rayssa ganhou visibilidade global, mas também pressão. Ela aprendeu cedo a lidar com expectativas, com ajuda de uma psicóloga esportiva. “O skate me ensinou a cair e levantar”, disse ela na época. A família comemorou com uma vaquinha online para ajudar na volta a Imperatriz, mostrando o quanto o apoio popular é importante.

Paris 2024: O Bronze que Fez Chorar de Alegria

Três anos depois, em Paris 2024, Rayssa voltou mais madura. Aos 16, ela defendia a prata e sonhava com ouro. A final foi tensa: concorrentes fortes como a australiana Chloe Covell e a japonesa Aoi Uemura. Rayssa acertou um kickflip fs boardslide e um bs smith grind, somando pontos altos. Mas uma queda na última manobra a deixou com bronze. Ainda assim, foi emoção pura: ela chorou abraçando os pais, e o Brasil vibrou novamente. Duas medalhas olímpicas antes dos 17 anos – um feito raro.

O bronze de Paris reforçou o legado de Rayssa. Ela posou com a medalha em frente à Torre Eiffel, inspirando meninas no mundo todo. “É para mostrar que sonhar grande vale a pena”, comentou. Os Jogos também destacaram o crescimento do skate como esporte olímpico, graças a atletas como ela.

Conquistas em 2025: Um Ano de Altos e Baixos

Vitórias que Marcaram o Calendário

O ano de 2025 começou forte para Rayssa. Em março, ela foi confirmada no novo jogo Tony Hawk’s Pro Skater 3+4, como uma das jogáveis ao lado de lendas como Tony Hawk e Bob Burnquist. O trailer mostrou ela em ação, com trilha sonora de Marcelo D2, e o lançamento em julho agitou os fãs. “É um sonho de criança virar personagem de jogo”, disse Rayssa.

Na pista, a SLS Miami em maio foi dela. Rayssa dominou a final com 32,1 pontos, acertando três manobras seguidas (7,6; 8,4 e 8,6), deixando Chloe Covell para trás. Foi sua 13ª vitória na liga, a quarta abertura de temporada nas últimas cinco. Em julho, ela brilhou na SLS Brasília, vencendo em casa com kickflip fs boardslide (6,8) e bs smith grind (7,0). A torcida brasileira enlouqueceu, e Rayssa dedicou o troféu ao irmão Arthur.

No STU Pro Tour de Porto Alegre, em março, Rayssa escolheu o Brasil para abrir o ano “mais leve”. “Não vamos focar só em competições, vamos evoluir e nos divertir”, declarou. Ela avançou às semis e finais, incentivando o skate nacional. Em julho, postou foto da coleção de troféus, impressionando a web: ouros do STU, SLS e X Games lotavam a prateleira.

Desafios Recentes e Superação

Nem tudo foi fácil em 2025. Em junho, na Copa do Mundo de Roma, Rayssa ficou fora da final, enfrentando críticas online. Ela rebateu com classe: “Vai tu e faz”. Mas o momento mais recente foi em outubro, na SLS Paris, em Roland Garros. Pela primeira vez, a liga invadiu o complexo de tênis, transformando saibro em pista street. Rayssa começou bem, com 7,9 na volta, liderando o grupo. Mas nas manobras, quatro quedas no corrimão de 5 metros a eliminaram na classificatória. Terminou em quarto, vendo Aoi Uemura vencer.

A eliminação doeu, mas Rayssa reagiu com maturidade. Em live no Instagram no dia 12, disse: “Dei o meu melhor. Nossa estratégia foi essa, andamos pelo skate, não só por títulos”. Ela ignorou haters: “Faço terapia para não me sentir mal com críticas irrelevantes”. Aos 17, Rayssa prioriza saúde mental, família e diversão. O próximo é Las Vegas, onde ela planeja ajustes nos treinos.

Vida Pessoal e Impacto Social

Família, Amigos e Rotina Diária

Fora da pista, Rayssa é uma adolescente normal. Mora em Brasília com os pais e o irmão, treina todo dia, mas adora um churrasco em família ou um rolê com amigos skatistas como Filipe Mota e Gabryel Aguilar. Ela estuda online para equilibrar escola e viagens. Patrocinadores como Nike e Monster ajudam, mas Rayssa valoriza o apoio dos fãs. Em Imperatriz, ela construiu uma pista comunitária, ensinando meninas a skatar de graça.

Rayssa é evangélica e atribui sucessos a Deus. “Tudo é bênção”, diz. Sua rede social é cheia de mensagens positivas, com mais de 5 milhões de seguidores no Instagram. Ela usa a fama para falar de bullying – já sofreu por ser mulher no skate – e incentiva: “Caiu? Levanta e tenta de novo”.

Legado e Inspiração para as Meninas

Rayssa mudou o skate no Brasil. Antes dela, poucas meninas competiam; hoje, há times inteiros. Ela é embaixadora da World Skate e inspira com sua história: de vídeo viral a medalhista dupla. Em 2025, sua coleção de troféus – postada em julho – mostra 19 pódios em 21 etapas da SLS. Mas o maior legado é a alegria: Rayssa prova que esporte é diversão, não pressão.

Futuro e Sonhos

Planos para o Resto de 2025 e Além

Com o Super Crown em setembro, em Washington D.C., Rayssa mira o quarto título mundial. “Vai ser louco”, brinca. Ela quer mais ouros na SLS e nos X Games. Fora das pistas, sonha em expandir a pista em Imperatriz e talvez estudar educação física. Aos 17, o futuro é promissor: Los Angeles 2028 já chama.

Rayssa planeja 2026 mais equilibrado, com foco em evolução pessoal. “Quero novas manobras na base e mais diversão”, diz. Com terapia e família, ela lida com altos e baixos como ninguém.

Conclusão

Rayssa Leal é mais que uma skatista: é um furacão de positividade. De Imperatriz ao mundo, ela voou alto, caindo e levantando com graça. Em 2025, vitórias em Miami e Brasília contrastam com tropeços em Roma e Paris, mas mostram sua força. A Fadinha continua encantando, provando que o skate é para todos. Que venham mais rolês, mais medalhas e mais sorrisos. Rayssa, o Brasil te ama!