Introdução – Paysandu x Remo e o cenário antes da partida
O clássico Paysandu x Remo chegou carregado de tensão e expectativas. Para o Paysandu, era quase uma partida de “sobrevivência”: já figurando na lanterna da Série B, o time precisava de pontos para tentar uma arrancada ou ao menos manter alguma esperança.
Para o Remo, o momento era de embalar. Sob novo comando e com sequência de resultados favoráveis, o Leão Azul buscava vitória que consolidasse sua aproximação ao G-4. Entrar no clássico com motivação e confiança era fundamental para sustentar o projeto de acesso.
No plano emocional, a pressão recaiu mais sobre o Paysandu: time desacreditado, torcedores inquietos, ambiente interno instável. Já o Remo entrava com menos peso sobre os ombros, com a possibilidade de jogar com ousadia e buscar o placar, especialmente nos momentos finais.
Assim, o palco estava montado para um Re-Pa de altíssimo risco, imprevisível — uma partida capaz de definir rumos na tabela e no ânimo dos clubes para o restante da temporada.
Situação na tabela e consequências de Paysandu x Remo
Antes da partida
Antes desse clássico, o Paysandu já ocupava a posição mais vulnerável da Série B, com apenas 26 pontos em 32 partidas.
Já o Remo vinha com 48 pontos (ou próximo disso dependendo da fonte), na briga direta por uma vaga de acesso.
A matemática era cruel para o Papão: restando seis rodadas, apenas 18 pontos em disputa, o máximo que poderia alcançar era 44 pontos — insuficiente para garantir tranquilidade ou fugir da zona de queda com folga.
Após o resultado e impacto
Com a vitória por 3 a 2, o Remo chegou a 51 pontos, garantindo quatro vitórias consecutivas desde a chegada do técnico Guto Ferreira, que até aqui soma 100% de aproveitamento (4 em 4) no clube.
Esse contexto impulsionou o Remo para o 6º lugar na tabela da Série B. A apenas um ponto do Goiás, que abre o G-4, a equipe azulina viu o horizonte do acesso se aproximar.
Já para o Paysandu, a derrota escancarou o drama: o clube permanece na lanterna, com risco altíssimo de rebaixamento. As notícias apontam que o Papão tem 99% de risco de queda, dada a combinação de derrotas e número máximo que pode alcançar (44 pontos no ideal).
Além do impacto numérico, o revés no clássico tende a aumentar a pressão interna — sobre jogadores, comissão técnica e diretoria — e pode desencadear mudanças ou turbulências para as últimas rodadas.
Escalações e formação tática de Paysandu x Remo
Uma análise tática mais detalhada revela escolhas estratégicas e adaptações durante o jogo.
Paysandu (4-1-4-1)
No lado do Paysandu, a proposta inicial era tentar controlar o meio e buscar infiltrações pelas pontas. A formação 4-1-4-1 trazia um volante de contenção para dar liberdade aos meias e alas ofensivos.
Garcez foi um dos jogadores ofensivos de destaque, com liberdade para se movimentar e buscar empurrar o time ao ataque.
Entretanto, a fragilidade defensiva ficou evidente quando exigido, sobretudo nos momentos de transição rápida do adversário.
Remo (4-2-3-1)
O Remo entrou mais cauteloso, buscando compactação no meio e transições explosivas. A formação 4-2-3-1 permitiu equilíbrio entre defesa e ataque, com dois volantes apoiando e três meias com liberdade para articular.
Diego Hernández teve papel importante como articulador ofensivo, participando das bolas paradas e finalizações. A profundidade dos pontas e mobilidade dos meias ajudaram nas infiltrações nas costas da defesa adversária.
Substituições e ajustes táticos
Como é comum em clássicos intensos, ambos os técnicos mudaram peças no segundo tempo para reagir:
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O Paysandu buscou alternativas ofensivas para empurrar o jogo, trocando peças ofensivas e tentando maior intensidade.
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O Remo, após abrir vantagem, fez substituições defensivas e de contenção, buscando manter equilíbrio e sufocar a reação adversária.
A vantagem momentânea permitiu ao Leão Azul ajustar a estratégia conforme o desenrolar da partida.
Primeiro tempo de Paysandu x Remo – início controlado e vantagem azulina
O primeiro tempo começou com disputa de espaço no meio de campo. O Paysandu buscava dominar a posse, impor ritmo, mas encontrou resistência no time azulino. O Remo aguardava para explorar os contra-ataques com incisividade.
Aos 17 minutos, após cruzamento de Nicolás Ferreira, Caio Vinícius apareceu e cabeceou para abrir o placar: Remo 1×0.
Mesmo com domínio da bola (aproximadamente 54,8 % de posse para o Paysandu) o Papão teve dificuldade para converter essa vantagem territorial em chances claras de gol. O Remo, por sua vez, era eficiente nas poucas finalizações que teve.
Conforme o tempo passava, o Remo foi se fechando ainda mais, buscando resposta rápida nos espaços deixados pelo adversário. O Paysandu continuou pressionando, mas esbarrava numa marcação organizada e sólida.
No fechamento do primeiro tempo, o placar mínimo favorecia os visitantes, que seguiam atentos à estratégia de segurar vantagem e punir nos espaços.
Segundo tempo de Paysandu x Remo – reações, viradas e drama até o fim
O segundo tempo iniciou com o Remo ampliando logo no reinício: Pedro Castro, que havia entrado, concluiu cruzamento rasteiro e marcou o segundo gol aos 49′ (3′ do segundo tempo).
A desvantagem de dois gols acendeu o Paysandu. Aos 52′ (3′ do segundo tempo), Maurício Garcez recebeu cruzamento e cabeceou, descontando para o Papão (2×1).
Cinco minutos depois, no lance de grande confusão ofensiva, Wendel Júnior aproveitou o bate-rebat e chutou encobrindo o goleiro, empatando o clássico (2×2) aos 63′.
A partir daí, o jogo ficou aberto, explosivo. O Paysandu arriscava tudo, empurrava sua linha ofensiva, mas o Remo resistia. Em algumas ocasiões, o Leão Azul quase conseguiu retomar a vantagem com ataques rápidos.
Quando parecia que o empate seria o resultado final, nos acréscimos (90’ + 3), Diego Hernández cobrou uma falta magistral — bola no ângulo, indefensável — e decretou a vitória do Remo por 3 a 2.
Nos minutos finais, o Remo conseguiu segurar a pressão, retardar o jogo com substituições e contagens de tempo, evidenciando maturidade para administrar a vantagem até o apito final.
Análise tática aprofundada – Paysandu x Remo
Estratégia vencedora do Remo
A vitória do Remo se assentou em alguns pontos-chave:
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Transições rápidas e aproveitamento de espaços: o Paysandu expôs áreas ao subir no ataque, e o Remo soube atacar esses vazios.
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Eficiência ofensiva: embora tivesse menos posse e menos chutes, o Leão Azul converteu quando teve chance — um exemplo é o gol decisivo de Diego Hernández.
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Controle emocional nos momentos decisivos: resistir à pressão e acertar a cobrança de falta no fim mostram conformação tática e mental.
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Sequência sob novo comando: com Guto Ferreira, o Remo soma quatro vitórias consecutivas, mostrando equilíbrio entre ousadia e segurança.
Limitações do Paysandu
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Incapacidade de concretizar posse em chances claras: apesar de dominar territorialmente, faltou agressividade e profundidade para furar a defesa adversária.
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Vulnerabilidades defensivas em transições: nos momentos que cedeu espaços, a defesa bicolor foi punida com agilidade do adversário.
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Pressão psicológica ampliada: jogar um clássico decisivo sob risco de rebaixamento pesa. O time demonstrou fragilidade emocional nos momentos decisivos.
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Ausência de alternativas ofensivas efetivas: as substituições não surtiram o impacto desejado para inverter o destino da partida.
Estatísticas completas de Paysandu x Remo
Métrica | Paysandu | Remo |
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Placar final | 2 | 3 |
Gols | Garcez (52′), Wendel Júnior (63′) | Caio Vinícius (17′), Pedro Castro (49′), Diego Hernández (90’+3) |
Finalizações | 16 | 15 |
Finalizações no gol | 6 | 3 |
Posse de bola | ~ 54,8 % | ~ 45,2 % |
Escanteios | 5 | 3 |
Cartões amarelos | 4 | 2 |
Defesas do goleiro | 0 | 4 |
Esses dados reforçam que o Paysandu teve volume ofensivo, mas não conseguiu converter, enquanto o Remo foi cirúrgico. A eficiência fez a diferença.
Repercussão e bastidores de Paysandu x Remo
No vestiário, a emoção foi intensa. Para o Remo, abraços, sorrisos e alívio. Para o Paysandu, lamentações e tensão. O gol decisivo valorizou ainda mais o trabalho de Guto Ferreira:
“Esse é um grupo que joga com o coração. Sabíamos da importância de vencer contra o rival, aproveitamos os momentos e fomos felizes na hora decisiva.” — afirmou o treinador do Remo.
Para o Paysandu, que convive com críticas constantes, há sensação de urgência:
“Não conseguimos aguentar a pressão nos momentos finais. Precisamos rever postura, mentalidade e talvez ajustes profundos no elenco.” — palavras que ecoam nos corredores do clube.
Outro ponto comentado após o clássico: a goleira de Marcelo Rangel no momento de empate, e a precisão da cobrança de falta de Diego Hernández, que virou símbolo da virada dramática.
Além disso, a torcida remista celebrou de forma intensa no Mangueirão, com mosaicos e cânticos preparados para provocar o rival — mostrando que o clássico transcende o campo. Já o torcedor bicolor, abatido, repensa a campanha e exige reações urgentes.
Próximos confrontos após Paysandu x Remo
Para o Remo, a sequência é promissora:
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Enfrenta o Athletic em casa, pela 33ª rodada, buscando aproveitamento em casa.
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Depois, jogos fora ou em casa frente a adversários diretos no G-4, exigindo consistência.
Para o Paysandu, a missão será dura:
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Encara Ferroviária em confronto direto contra o rebaixamento.
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Depois, terá peleja contra Avaí, Atlético-GO, Coritiba, Amazonas e Athletic — todos com stakes elevados.
Cada jogo será encarado como “final” para o Papão. É hora de demonstrar resiliência e acreditar em improváveis reviravoltas.
Assista aos melhores momentos de Paysandu x Remo
Paysandu x Remo – Série B 2025 (Melhores Momentos)
Conclusão – Paysandu x Remo e o divisor de águas na Série B
O clássico Paysandu x Remo de 14 de outubro de 2025 ficará marcado como um embate dramático: dois a zero para o Remo, reação heróica do Paysandu e, nos acréscimos, um golaço decisivo que virou “partida de acesso”.
Para o Remo, o triunfo representa força, estabilidade e esperança concreta de acesso — quatro vitórias seguidas sob Guto Ferreira mostraram que a equipe sabe vencer quando importa.
Para o Paysandu, o revés evidencia crise tática, emocional e estrutural: o rebaixamento parece rota cada vez mais provável, a menos que haja reação.
Este clássico reafirmou que na Série B 2025 não há partidas pequenas — cada ponto vale, cada detalhe custa caro.
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Perguntas Frequentes (FAQ atualizadas)
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Qual foi o placar final de Paysandu x Remo?
Remo venceu por 3 a 2, com gol decisivo de Diego Hernández nos acréscimos. -
Quem marcou os gols em Paysandu x Remo?
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Remo: Caio Vinícius, Pedro Castro e Diego Hernández.
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Paysandu: Garcez e Wendel Júnior.
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Como fica o cenário do Remo após a vitória?
Com 51 pontos e quarta vitória consecutiva, o Remo entrou definitivamente na briga pelo acesso e está a apenas um ponto do G-4. -
Qual o drama do Paysandu após essa derrota?
O Paysandu segue na lanterna, com risco altíssimo de queda: mesmo com vitórias nas rodadas restantes, atinge no máximo 44 pontos — insuficientes para ter tranquilidade. -
Onde assistir ao clássico Re-Pa e aos melhores momentos?
As transmissões ocorrem via Disney+ / ESPN e, após o jogo, os melhores momentos são disponibilizados em canais de vídeo e portais esportivos. -
Por que o Re-Pa é tão importante no Pará?
O clássico Re-Pa (Paysandu x Remo) é o derby mais tradicional da Região Norte, considerado patrimônio cultural no Pará.