A recente exclusão do Club León do Mundial de Clubes de 2025 pela FIFA devido a violações das regras de propriedade múltipla de clubes gerou preocupações para clubes brasileiros, como Botafogo e Bahia. Ambos possuem investidores que controlam outras equipes, o que pode colocá-los em risco de desclassificação em futuras edições do torneio.
Entenda o Caso do Club León e a Decisão da FIFA
O Club León, do México, foi retirado do Mundial de Clubes de 2025 porque pertence ao mesmo grupo proprietário do Pachuca, o Grupo Pachuca. Isso fere as regras da FIFA, que proíbem a participação de times com o mesmo dono no mesmo torneio para evitar conflitos de interesse.
A queixa contra o León foi feita pelo Alajuelense, da Costa Rica, alegando que a situação dos clubes mexicanos não cumpria os critérios exigidos pela FIFA. Após análise da Comissão de Apelação, a FIFA confirmou que o León estava inelegível e o excluiu da competição.
O Pachuca, no entanto, continuará no torneio por ter conseguido a vaga por méritos esportivos. O Club León expressou sua discordância com a decisão e pode levar o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Fonte: El País
Como Essa Decisão Pode Afetar Clubes Brasileiros?
A exclusão do León levanta um alerta para clubes brasileiros que fazem parte do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e têm investidores estrangeiros que controlam múltiplas equipes. Os principais clubes nessa situação são:
Botafogo e a Eagle Football Holdings
O Botafogo é controlado pela Eagle Football Holdings, do empresário americano John Textor. O grupo também tem participações no Lyon (França), Crystal Palace (Inglaterra) e RWD Molenbeek (Bélgica). Se algum desses clubes também se classificar para o Mundial, a FIFA pode analisar possíveis conflitos de interesse e vetar um dos times.
Bahia e o Grupo City
O Bahia faz parte do City Football Group (CFG), o mesmo conglomerado que administra o Manchester City, além de outros times como Girona (Espanha), Palermo (Itália) e Montevideo City Torque (Uruguai). Caso o Manchester City e o Bahia consigam vaga para o Mundial de Clubes na mesma edição, a FIFA pode aplicar regras semelhantes às do caso León.
Palmeiras e Flamengo Estão Seguros?
Clubes como Palmeiras e Flamengo, que não pertencem a conglomerados, não correm esse risco e seguem com caminho livre para a competição caso se classifiquem por meio da Libertadores ou outros critérios da FIFA.
Curiosidade: O Grupo City já enfrentou problemas semelhantes na UEFA, quando o Girona precisou comprovar independência do Manchester City para disputar competições europeias.
Assista ao Vídeo Relacionado
Para entender melhor o impacto do novo Mundial de Clubes e as mudanças impostas pela FIFA, confira o vídeo abaixo:
Novo Formato do Mundial de Clubes 2025
A FIFA reformulou o Mundial de Clubes para um formato maior e mais competitivo. Aqui estão as principais mudanças:
- Número de times: A competição agora terá 32 clubes, em vez do tradicional formato com sete equipes.
- Datas: O torneio será disputado de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos.
- Critérios de Classificação: Os campeões da Libertadores, Liga dos Campeões e demais torneios continentais nos últimos quatro anos garantem vaga.
- Clubes já classificados: Times como Real Madrid, Manchester City, Palmeiras e Flamengo já têm vaga confirmada.
Fonte: TalkSport
FIFA Vai Endurecer as Regras de Propriedade?
Com o crescimento do modelo SAF e dos grupos de investimento controlando múltiplos clubes, a FIFA pode adotar novas diretrizes para evitar conflitos no Mundial de Clubes e em outras competições.
Algumas possibilidades incluem:
- Regras mais rígidas de governança para comprovar independência entre os clubes do mesmo grupo.
- Mudanças no regulamento da competição para impedir que times do mesmo dono disputem o torneio.
- Adoção de medidas similares às da UEFA, que já exigiu comprovação de autonomia entre clubes do mesmo grupo.
Conclusão: O Que Isso Significa para o Futebol Brasileiro?
A decisão contra o Club León serve como um alerta para Botafogo, Bahia e outros clubes sob controle de grandes conglomerados. Caso se classifiquem para futuras edições do Mundial de Clubes, precisarão garantir que cumprem as exigências da FIFA para evitar desclassificações inesperadas.
Com o crescimento dos investimentos estrangeiros no futebol brasileiro, fica a expectativa para ver como a FIFA tratará casos semelhantes no futuro.
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