Marcos Rocha: O Lateral-Direito que Marcou Época no Futebol Brasileiro
Introdução
Marcos Luís Rocha Aquino, conhecido simplesmente como Marcos Rocha, é um dos laterais-direitos mais experientes e consistentes do futebol brasileiro. Nascido em 11 de dezembro de 1988, em Sete Lagoas, Minas Gerais, ele construiu uma carreira sólida, com passagens por clubes importantes como Atlético Mineiro e Palmeiras, e recentemente transferiu-se para o Grêmio. Com mais de 15 anos como profissional, Marcos Rocha acumulou títulos continentais, nacionais e estaduais, tornando-se uma referência na posição. Sua trajetória é marcada por dedicação, liderança e contribuições decisivas em campo, tanto em defesas sólidas quanto em assistências precisas. Aos 36 anos, em agosto de 2025, ele continua ativo, agora defendendo as cores do Tricolor Gaúcho, onde assinou contrato até o final de 2026, com opção de extensão até 2027.
Início da Vida e Formação
Marcos Rocha nasceu no bairro do Carmo, em Sete Lagoas, uma cidade mineira conhecida por sua paixão pelo futebol. Desde pequeno, o esporte fez parte de sua rotina, influenciado pelo pai, que jogava em campos de várzea no Campo Serrinha, praticamente ao lado de casa. Ele cresceu vendo o pai em ação nos fins de semana, o que despertou seu interesse pelo jogo. “Eu nasci praticamente dentro do campo”, contou Marcos em uma carta aberta publicada em 2023, destacando como aquelas partidas amadoras moldaram sua paixão.
Aos 17 anos, em 2005, Marcos ingressou nas categorias de base do Bela Vista-MG, um clube local onde começou a aprimorar suas habilidades. Sua habilidade como lateral-direito logo chamou atenção, e em julho de 2006, ele foi contratado pelo Atlético Mineiro, um dos grandes clubes de Minas Gerais. No Galo, ele passou por um período de formação intensa, treinando com jovens talentos e aprendendo os fundamentos do futebol profissional. Essa fase inicial foi crucial para desenvolver sua resistência física e técnica, características que o acompanhariam ao longo da carreira. Marcos sempre enfatizou a importância da disciplina e do trabalho duro, valores que aprendeu em casa e nos treinos diários.
Carreira nos Clubes
A carreira profissional de Marcos Rocha é extensa e repleta de momentos memoráveis. Ele debutou em 2008, mas ganhou destaque a partir de 2009, consolidando-se como um jogador versátil e confiável.
Início no Atlético Mineiro
Promovido ao time principal do Atlético Mineiro em 2008 pelo técnico Geninho, Marcos Rocha enfrentou um começo desafiador. Inicialmente, foi emprestado para ganhar experiência, mas retornou em 2009. Sua estreia oficial ocorreu em uma vitória por 3 a 0 contra o Social, substituindo o lesionado Sheslon. Logo em seguida, marcou seu primeiro gol profissional em uma goleada por 5 a 0 sobre a Itabaiana, em Sergipe. Entre 2008 e 2018, ele disputou 306 partidas pelo Galo, marcando 13 gols.
A partir de 2012, sob o comando de Cuca, Marcos se firmou como titular absoluto. Naquele ano, ajudou o time a conquistar o Campeonato Mineiro de forma invicta, com atuações destacadas em cruzamentos e desarmes. Em 2013, foi peça fundamental na campanha da Copa Libertadores, jogando 57 partidas na temporada e marcando 5 gols. Ele participou ativamente da final contra o Olimpia, onde o Atlético venceu nos pênaltis. Nos anos seguintes, contribuiu para títulos como a Recopa Sul-Americana de 2014 e a Copa do Brasil do mesmo ano. Em 2017, completou 300 jogos pelo clube em uma vitória por 3 a 1 contra o Cruzeiro, um marco emocional para o jogador.
Período de Empréstimos
Para ganhar rodagem, Marcos Rocha foi emprestado várias vezes no início da carreira. Em 2008, defendeu o Uberlândia em 9 jogos, sem gols, e o CRB em 27 partidas, onde marcou 3 vezes. Em 2010, atuou pela Ponte Preta em 12 jogos, ajudando na campanha da Série B. No mesmo ano, transferiu-se para o América Mineiro, onde brilhou: disputou 70 jogos até 2012, marcando 5 gols e sendo essencial no acesso à Série A em 2010. Pelo Coelho, recebeu o Troféu Guará como melhor lateral-direito em 2010 e 2011, reconhecimento que impulsionou sua volta ao Atlético.
Esses empréstimos foram fundamentais para seu amadurecimento. Marcos aprendeu a lidar com pressão em diferentes ambientes, aprimorando sua capacidade de adaptação e liderança em campo.
Consolidação no Atlético e Mais Títulos
De volta ao Atlético em 2012, Marcos Rocha viveu seu auge no clube. Em 2015, marcou 2 gols em 35 jogos, contribuindo para outro Campeonato Mineiro. Em 2016 e 2017, manteve a regularidade, com 39 e 49 partidas respectivamente. Sua saída em 2018 marcou o fim de uma era, com 301 jogos oficiais e uma legião de fãs que o apelidavam de “Mark Rock” pela solidez defensiva.
Passagem pelo Palmeiras
Em dezembro de 2017, Marcos Rocha chegou ao Palmeiras por empréstimo, em uma troca envolvendo Róger Guedes. Tornou-se definitivo em janeiro de 2019, com contrato inicial até 2023, renovado para 2024 e depois para 2025. Pelo Verdão, ele disputou 298 jogos até agosto de 2025, marcando 8 gols e distribuindo dezenas de assistências.
Sua estreia foi impactante: em 2018, ajudou na conquista do Campeonato Brasileiro, com 42 jogos e 1 gol. Em 2019, liderou o Brasileirão em desarmes (103) e deu 7 assistências. Em 2020, foi chave nas vitórias da Copa Libertadores e do Campeonato Paulista, jogando 51 partidas e marcando 2 gols. Em 2021, repetiu o feito na Libertadores, com 37 jogos e 1 gol. Nos anos seguintes, manteve o alto nível: 54 jogos em 2022, 43 em 2023 (2 gols), 51 em 2024 e 16 em 2025.
Marcos Rocha se tornou um líder no vestiário, completando 300 jogos pelo Palmeiras em 2024, em uma vitória por 5 a 0 contra o Liverpool-URU. Sua contribuição vai além dos números: ele mentorou jovens laterais e foi exemplo de profissionalismo.
Temporada 2025 e Transferência para o Grêmio
A temporada de 2025 marcou o fim de sua era no Palmeiras. Com apenas 16 jogos e perda de espaço para Giay e Khellven, Marcos Rocha não renovou o contrato que terminava em dezembro. Em agosto, ele pediu liberação e acertou com o Grêmio, assinando até 2026, com opção até 2027. A negociação foi rápida, e o lateral foi recebido com expectativa em Porto Alegre. Sua saída do Palmeiras foi amigável, reconhecida por fãs e companheiros como o fim de um ciclo vitorioso.
Carreira Internacional
Embora focado em clubes, Marcos Rocha teve breves passagens pela Seleção Brasileira. Convocado para o Superclássico das Américas em 2012, ficou no banco na vitória sobre a Argentina. Em 2017, jogou um amistoso contra a Colômbia, totalizando 2 partidas sem gols. Apesar de convocações esporádicas, ele sempre expressou orgulho em representar o país, mesmo que sua carreira internacional não tenha sido extensa.
Estilo de Jogo
Marcos Rocha é um lateral-direito clássico, mas versátil. Destaca-se pela regularidade, com desarmes precisos – liderou o Brasileirão em 2019 com 103 – e assistências, como as 8 em 2018 pelo Palmeiras. Sua força física, com 1,78m e destreza no pé direito, permite subidas ao ataque sem comprometer a defesa. Apelidado de “Severino” e “MR2”, ele é conhecido por cruzamentos certeiros e liderança em campo. Em 2020, foi líder em assistências, cruzamentos e desarmes no Paulista, mostrando equilíbrio entre defesa e ataque. Aos 36 anos, sua experiência compensa a velocidade perdida, tornando-o um jogador tático e inteligente.
Conquistas
Marcos Rocha coleciona troféus impressionantes. Pelo Atlético Mineiro: Campeonatos Mineiros (2012, 2013, 2015, 2017), Copa Libertadores (2013), Recopa Sul-Americana (2014) e Copa do Brasil (2014). Pelo Palmeiras: Campeonato Brasileiro (2018), Copas Libertadores (2020, 2021). Com a Seleção: Superclássico das Américas (2012, como reserva). Esses títulos somam mais de 10 conquistas majors, solidificando seu legado como vencedor.
Vida Pessoal
Fora dos campos, Marcos Rocha leva uma vida discreta. Casado e pai de família, ele valoriza o tempo com entes queridos, influenciado pela infância humilde em Sete Lagoas. Em entrevistas, menciona o apoio da família como pilar de sua carreira. Ele é ativo em causas sociais, participando de ações comunitárias em Minas Gerais. Seu apelido “Mark Rock” reflete uma personalidade firme, mas amigável. Em 2023, em uma carta, ele revelou detalhes pessoais, como a admiração pelo pai e a gratidão pelo futebol que mudou sua vida. Aos 36 anos, Marcos equilibra a carreira com hobbies como música e viagens, mantendo-se como exemplo de humildade.
Legado e Conclusão
Marcos Rocha deixa um legado de dedicação e conquistas no futebol brasileiro. De Sete Lagoas ao topo da América, ele superou desafios para se tornar ídolo em Atlético e Palmeiras, e agora busca novos horizontes no Grêmio. Com mais de 700 jogos profissionais, 31 gols e inúmeras assistências, ele inspira jovens atletas pela persistência. Sua transferência em 2025 marca uma nova fase, mas sua história já está eternizada. Marcos Rocha não é só um jogador; é um símbolo de superação e paixão pelo esporte.