Luciano Acosta
Luciano Acosta, conhecido carinhosamente como “Lucho”, é um dos meias mais habilidosos do futebol contemporâneo. Nascido em 31 de maio de 1994, em Buenos Aires, na Argentina, ele se destaca por sua estatura baixa – apenas 1,60 metro – que não o impediu de superar desafios semelhantes aos de Lionel Messi na infância. Desde cedo, Acosta enfrentou problemas de crescimento, mas sua determinação o levou a caminhos profissionais impressionantes. Após anos brilhando na Major League Soccer (MLS), nos Estados Unidos, ele chegou ao Fluminense, no Brasil, em agosto de 2025, trazendo sua visão de jogo afiada e capacidade de decidir partidas.
Início da Vida e Formação nas Categorias de Base
A trajetória de Acosta começou nas ruas de Buenos Aires, onde o futebol é mais do que um esporte – é uma paixão coletiva. Filho de uma família humilde, ele ingressou nas categorias de base do Club Comunicaciones ainda criança, demonstrando talento natural para o meio-campo ofensivo. Aos 14 anos, em 2007, foi para o Boca Juniors, um dos gigantes do futebol argentino, onde permaneceu até 2014. Lá, dividiu o espaço com promessas como Leandro Paredes, o que atrasou um pouco sua ascensão, mas também o moldou como jogador resiliente.
Nas divisões de base do Boca, Acosta aprendeu os fundamentos do futebol sul-americano: dribles curtos, passes precisos e uma inteligência tática acima da média. Ele treinava incansavelmente, compensando sua baixa estatura com agilidade e visão periférica. Um médico chegou a prever que ele não cresceria mais, mas Lucho transformou isso em motivação. Sua estreia profissional veio em 2014, marcando o início de uma carreira que o levaria a continentes diferentes.
Primeiros Passos no Futebol Profissional Argentino
No Boca Juniors, Acosta disputou 25 partidas na liga argentina entre 2014 e 2015, marcando dois gols. Sua estreia na Primera División foi na temporada 2013-14, onde jogou 17 jogos, alternando entre titular e reserva. Um momento memorável foi seu primeiro gol na elite, contra o Belgrano de Córdoba. Ele também assistiu Emmanuel Gigliotti em uma vitória sobre o Argentinos Juniors e marcou o gol da vitória contra o Gimnasia y Esgrima de La Plata. Na Copa Sul-Americana de 2014, fez três aparições, mostrando versatilidade.
Em 2015, foi emprestado ao Estudiantes de La Plata, onde atuou em 27 jogos na liga (um gol), quatro na copa nacional e sete na Copa Libertadores (outro gol). Foram 38 partidas e dois gols no total, uma experiência que o ajudou a amadurecer em competições continentais. Esses anos na Argentina forjaram seu caráter competitivo, preparando-o para desafios maiores no exterior.
A Chegada à Major League Soccer e o Tempo no D.C. United
Em 2016, Acosta cruzou o oceano para os Estados Unidos, assinando empréstimo com o D.C. United na MLS. Ele jogou 31 partidas na liga (três gols), uma na copa nacional, duas na Liga dos Campeões da CONCACAF e uma nos playoffs da MLS Cup, totalizando 35 jogos e três gols. O clube comprou seu passe por uma taxa recorde, sinalizando confiança em seu potencial.
Em 2017, foram 31 jogos na liga com cinco gols. O auge veio em 2018: 33 partidas na liga (10 gols), dois na copa (um gol) e um nos playoffs. Ele fez seu primeiro hat-trick profissional contra o Orlando City, em uma vitória por 3-2, e marcou com assistência na vitória por 3-1 sobre o New York City FC, garantindo vaga nos playoffs. Sua parceria com Wayne Rooney, apelidada de “Luchoroo”, foi lendária, com gols e assistências em profusão. Em 2019, 31 jogos na liga (seis gols), mais playoffs.
Ao todo, no D.C. United de 2016 a 2019, foram 126 jogos na liga (24 gols), seis na copa (um gol), dois na CONCACAF e três nos playoffs, somando 137 partidas e 25 gols. Quase foi para o Paris Saint-Germain em 2019, mas ficou na MLS, onde seu contrato expirou.
Experiência no México com o Atlas
De 2020 a 2021, Acosta rumou ao México para defender o Atlas, na Liga MX. Jogou 33 partidas na liga com três gols, incluindo o primeiro contra o Tijuana em janeiro de 2020. Essa passagem foi mais modesta, servindo como ponte entre a MLS e novas aventuras. Ele se adaptou ao futebol mexicano, conhecido por sua intensidade, mas sentiu saudades do estilo mais criativo.
Estrelato no FC Cincinnati
Em 2021, Acosta se juntou ao FC Cincinnati como jogador designado, em um contrato de três anos, adquirido do D.C. United por 250 mil dólares em alocação geral mais incentivos. Sua estreia foi contra o Nashville SC, marcando no oitavo minuto em um empate por 2-2. Naquele ano, 31 jogos na liga com sete gols.
Em 2022, 30 jogos na liga (10 gols), dois na copa e dois nos playoffs (um gol). Em 2023, explodiu: 32 jogos na liga com 17 gols (recorde pessoal), cinco na copa (um gol) e sete em outras competições (três gols, incluindo Leagues Cup e playoffs). Levou o time ao primeiro título do Supporters’ Shield. Em 2024, 32 jogos na liga (14 gols), quatro na CONCACAF Champions Cup (um gol) e cinco em outras.
No total no Cincinnati, de 2021 a 2024: 125 jogos na liga (48 gols), sete na copa (um gol), quatro na CONCACAF (um gol) e 14 em outras (quatro gols), somando 150 partidas e 54 gols. Ele se tornou capitão, ídolo local, e foi nomeado capitão do All-Star Game da MLS em 2024. Sua liderança e habilidade o transformaram em estrela, com o time invicto em jogos onde ele brilhava.
Mudanças em 2025: De FC Dallas ao Fluminense
O ano de 2025 trouxe reviravoltas. Em fevereiro, o Cincinnati o trocou pelo FC Dallas por 5 milhões de dólares mais 1 milhão em adicionais. Lá, jogou 21 partidas na liga (cinco gols) e duas na copa (dois gols), totalizando 23 jogos e sete gols. Em agosto, uma transferência surpreendente: por 4 milhões de dólares mais adicionais, foi para o Fluminense, no Campeonato Brasileiro Série A.
Sua estreia no Flu foi em 12 de agosto, como substituto em uma vitória por 2-1 na Copa Sul-Americana contra o América de Cali. O primeiro gol veio em uma derrota por 2-4 para o Red Bull Bragantino no Brasileirão. Até julho de 2025, ainda não havia estreado na liga pelo Flu, mas sua chegada injetou criatividade no meio-campo tricolor. Fãs brasileiros o veem como peça chave, com posts recentes destacando sua importância em partidas.
Estilo de Jogo e Características Técnicas
Acosta é um meia-atacante clássico, com dribles precisos, passes milimétricos e faro de gol. Sua baixa estatura o torna ágil, escapando de marcações com toques rápidos. Ele brilha em espaços curtos, criando chances para companheiros – como visto em suas assistências recordes na MLS. Defensivamente, contribui com pressão alta, mas seu forte é o ataque: visão de jogo, chutes de média distância e inteligência posicional. No Fluminense, sua adaptação ao futebol brasileiro, mais físico, tem sido gradual, mas promissora.
Conquistas e Prêmios Individuais
Suas conquistas incluem o Supporters’ Shield de 2023 com o Cincinnati. Individualmente: MVP da MLS em 2023 (17 gols), no Melhor XI da MLS em 2018, 2022, 2023 e 2024; All-Star em 2022 e 2023; Jogador do Mês da MLS em várias ocasiões (setembro de 2018 com D.C., junho de 2022, julho e setembro de 2023, maio de 2024 com Cincinnati); Gol do Ano da MLS em 2023; líder de assistências em 2022. Esses prêmios atestam sua consistência e impacto.
Carreira Internacional pela Argentina
Embora Acosta represente a Argentina, sua carreira pela seleção principal é limitada nas fontes disponíveis. Ele disputou categorias de base, como a Sub-20, mas não há registros proeminentes de convocações seniors recentes. Sua cidadania argentina e green card nos EUA o tornam elegível para seleções, mas o foco tem sido em clubes.
Atualizações Recentes e Perspectivas no Fluminense
Em outubro de 2025, Acosta segue como peça fundamental no Fluminense. Em uma recente partida contra o Mirassol, foi substituído aos 71 minutos por Lima e Santi Moreno, ao lado de Agustín Canobbio, em um jogo do Brasileirão. Fãs elogiam sua genialidade, com comentários como “Time do Fluminense é Luciano Acosta e +10”, destacando que ele deve permanecer em campo enquanto “vivo”. Críticas ao desempenho geral do time contrastam com sua qualidade, e há debates sobre escalações, como a necessidade de atacantes jovens de Xerém.
Sua transferência para o Brasil encerra uma era na MLS, onde foi ídolo, mas abre capítulo novo no futebol carioca. Com 410 jogos e 93 gols na carreira até agosto de 2025, Acosta busca títulos no Flu, como a Copa Sul-Americana ou Brasileirão. Sua adaptação ao ritmo brasileiro, com jogos intensos e torcidas apaixonadas, promete momentos de magia. Aos 31 anos, Lucho ainda tem lenha para queimar, inspirando jovens com sua superação.








