Lautaro Martínez: O Atacante Argentino que Conquista o Mundo do Futebol

Lautaro Martínez: O Atacante Argentino que Conquista o Mundo do Futebol

Lautaro Martínez

Lautaro Martínez é um dos nomes mais brilhantes do futebol atual. Nascido na Argentina, ele se transformou em um dos atacantes mais letais da Europa, vestindo a camisa da Inter de Milão e da seleção argentina. Com uma mistura de garra, técnica e faro de gol, Lautaro não é apenas um jogador, mas um símbolo de determinação para milhões de fãs. Sua jornada começou nas ruas poeirentas de Bahía Blanca e o levou aos gramados da Champions League e das Copas do Mundo. Nesta reportagem, exploramos a vida, a carreira e os momentos que definem esse craque de 28 anos, com atualizações até outubro de 2025.

Infância e Início da Carreira

Nascimento e Família

Lautaro Javier Martínez veio ao mundo em 22 de agosto de 1997, na cidade de Bahía Blanca, no sudoeste da província de Buenos Aires, Argentina. Essa região costeira, conhecida por suas praias e pelo vento forte que sopra do Atlântico, moldou os primeiros anos de sua vida. Filho de Mario Martínez, um ex-jogador de futsal que trabalhava como caminhoneiro, e Mirtha Noemí, uma dona de casa dedicada, Lautaro cresceu em um ambiente humilde, mas repleto de amor pelo esporte.

Desde pequeno, o futebol era o centro de tudo. Seu pai, Mario, era fã do Boca Juniors e incentivava o filho a chutar bola nas ruas do bairro. Lautaro, com seus cabelos castanhos e olhos determinados, passava horas jogando descalço no campinho improvisado perto de casa. “Ele era magrinho, mas tinha uma fome de bola que ninguém segurava”, recorda Mario em entrevistas antigas. A família Martínez não era rica – o pai mal conseguia pagar as contas –, mas o sonho do menino era maior que qualquer obstáculo. Aos 7 anos, Lautaro já treinava com afinco, sonhando em ser como seus ídolos: Gabriel Batistuta e Carlos Tévez, ícones argentinos que ele via na televisão.

Primeiros Passos no Futebol

Os primeiros chutes organizados de Lautaro foram no Club Atlético Liniers, um time local de Bahía Blanca. Lá, ele jogava como meia-atacante, mostrando uma visão de jogo que impressionava os treinadores. Mas foi no Unión Social Madariaga, outro clube da região, que ele começou a se destacar como centroavante. Aos 10 anos, Lautaro já marcava gols em torneios juvenis, chamando a atenção de olheiros. Sua velocidade, mesmo sendo baixo para a idade, e a capacidade de finalizar com precisão eram traços que o diferenciavam.

Em 2008, uma oportunidade mudou tudo. Um olheiro do Racing Club, um dos gigantes de Avellaneda, viajou até Bahía Blanca para um torneio e viu Lautaro em ação. “Ele driblava como se fosse maior que os adversários”, contou o olheiro anos depois. A família, apesar das dificuldades financeiras – uma viagem de 700 quilômetros de carro –, decidiu apostar no talento do filho. Mario vendeu um carro velho para custear a mudança. Assim, aos 11 anos, Lautaro desembarcou em Buenos Aires, deixando para trás o mar de Bahía Blanca e mergulhando no sonho.

Formação nas Categorias de Base

No Liniers e Unión Bahía Blanca

Antes da grande mudança, os anos em Bahía Blanca foram de aprendizado intenso. No Liniers, Lautaro aprendeu os fundamentos: passes curtos, controle de bola e posicionamento. Seu treinador, um homem chamado Jorge, notava a disciplina do garoto: “Ele chegava cedo e saía por último”. No Unión Social Madariaga, ele evoluiu para o ataque, onde sua explosão física começou a se manifestar. Em jogos locais, Lautaro era o artilheiro, com dezenas de gols por temporada. Esses clubes pequenos, sem estruturas de elite, ensinaram-lhe o valor da resiliência – treinos sob chuva, campos irregulares e rivais mais velhos.

Esses anos moldaram seu caráter. Lautaro aprendeu a lidar com derrotas, como quando seu time perdeu uma final regional por 3 a 0, e ele chorou por horas. Mas também celebrou vitórias simples, como um hat-trick em um amistoso. Foi ali que ele desenvolveu o instinto assassino no terço final do campo, sempre farejando o gol.

Chegada ao Racing Club

A chegada ao Racing em 2008 foi um divisor de águas. No Centro de Formação de Juvenis da Academia, Lautauro integrou-se rapidamente à equipe sub-12. Os treinadores notavam sua inteligência tática: ele lia o jogo como um veterano. Aos 14 anos, já treinava com os sub-17, marcando gols decisivos em torneios sul-americanos. “Lautaro era quieto, mas no campo virava um leão”, descreve um ex-companheiro.

Ele subiu degrau a degrau: sub-15, sub-17, sub-20. Em 2013, aos 16 anos, estreou no time principal em um amistoso, mas o verdadeiro marco veio em 2015, quando assinou seu primeiro contrato profissional. Durante a formação, Lautaro estudava paralelamente – a família insistia na educação –, mas o futebol era sua paixão. Ele dividia quarto com outros jovens no alojamento do clube, sonhando com a Bombonera ou o Monumental.

Estreia Profissional no Racing Club

Temporadas Iniciais

A estreia oficial de Lautaro no profissional aconteceu em 10 de junho de 2015, contra o Colo-Colo, pela Copa Sul-Americana. Entrando no segundo tempo, ele quase marcou, mas o jogo terminou 0 a 0. Aos 17 anos, era o mais jovem em campo. Na Liga Argentina, sua primeira partida foi contra o Guarani, onde deu uma assistência. Esses minutos iniciais foram de adaptação: o ritmo profissional era brutal comparado às bases.

Na temporada 2015-16, Lautaro jogou 11 partidas, marcando seu primeiro gol contra o Sarmiento. Foi um chute de fora da área, seco e colocado, que silenciou o Cilindro de Avellaneda. Ele terminou o ano com 4 gols em 20 jogos, números modestos, mas promissores. O técnico Facundo Sava o elogiava: “Ele tem o DNA do Racing: raça e talento”.

Destaques e Gols

O auge no Racing veio em 2017. Sob o comando de Eduardo Coudet, Lautaro explodiu. Na temporada 2016-17, ele marcou 14 gols em 36 jogos, incluindo um doblete contra o Boca Juniors na Superliga. Seu gol contra o River Plate, de cabeça após cruzamento perfeito, é lembrado como um dos mais icônicos de sua passagem pelo clube. Ele ajudou o Racing a chegar às semifinais da Sul-Americana e a brigar pelo título nacional.

Em 2018, antes da transferência, Lautaro já tinha 22 gols em 47 partidas. Sua parceria com Lisandro López era letal: o veterano o ensinava a ler defesas, enquanto Lautaro trazia velocidade. No total, pelo Racing, ele disputou 58 jogos e marcou 28 gols, tornando-se ídolo aos 20 anos. Fãs cantavam “Lautaro, el Toro”, apelido que grudou para sempre por sua força no duelo físico.

Transferência para a Europa: Inter de Milão

Adaptação e Primeira Temporada

O salto para a Europa veio em janeiro de 2018, quando a Inter de Milão pagou 25 milhões de euros – recorde para um jogador argentino na época. Aos 20 anos, Lautaro trocou o calor de Avellaneda pelo frio de Milão. A adaptação foi dura: idioma, cultura e pressão. Na pré-temporada, ele treinava extra com Mauro Icardi, o então capitão.

Sua estreia foi contra o Sassuolo, entrando no segundo tempo e quase marcando. Na temporada 2017-18, ele jogou 12 partidas e fez 2 gols, números tímidos. Mas 2018-19 foi o turning point: sob Spalletti, Lautaro marcou 9 gols em 35 jogos, incluindo o primeiro na Champions contra o PSV. Sua parceria com Icardi floresceu, e ele aprendeu o calcio italiano – tático e defensivo.

Conquistas com a Inter

A era Conte, a partir de 2019, elevou Lautaro ao estrelato. Na temporada 2019-20, ele foi artilheiro da Serie A com 16 gols, ajudando a Inter a vencer a Liga Europa (final contra o Sevilla, onde deu assistência). Em 2020-21, apesar da lesão de Lukaku, ele carregou o time com 19 gols, terminando vice-campeão da Serie A.

O Scudetto veio em 2021, com Lautaro como capitão moral: 14 gols e liderança em campo. Na final da Coppa Italia 2021, ele marcou contra a Juventus. A tríplice coroa quase se concretizou em 2023: vice na Champions (derrota para o City), mas título na Coppa e Supercopa. Em 2023-24, mais um Scudetto, com 24 gols – seu melhor ano.

Até 2025, Lautaro tem mais de 130 gols pela Inter em 250 jogos. Ele renovou contrato até 2029, tornando-se o camisa 10 após a saída de Lukaku. Sua versatilidade – joga como pivô ou segundo atacante – o torna indispensável.

Carreira Internacional pela Argentina

Estreia na Seleção

Lautaro vestiu a camisa da Albiceleste pela primeira vez em 2018, em um amistoso contra a Itália. Aos 20 anos, ele entrou no segundo tempo e sentiu o peso: o hino, a torcida. Na Copa América 2019, ele foi reserva de Agüero, mas marcou contra o Paraguai. Sua consolidação veio na Nations League 2022, com gols decisivos.

Copa América e Mundial

A glória máxima: Copa América 2021, onde Lautaro foi titular e marcou na final contra o Brasil (vitória 1-0). No Mundial de 2022, no Catar, ele sofreu com seca de gols nas fases iniciais, mas explodiu na final: pênalti contra a França, selando o título. “Foi o momento que sonhei a vida toda”, disse ele, chorando com a taça.

Em 2024, defendeu o bicampeonato na Copa América nos EUA, marcando 5 gols e sendo eleito melhor jogador. Sua parceria com Messi e Di María é poesia em campo.

Últimos Jogos e Atualizações

Até outubro de 2025, Lautaro segue como artilheiro da seleção, com 30 gols em 60 jogos. No amistoso recente contra a Venezuela, em 10 de outubro, ele brilhou ao lado de Julián Álvarez: deu passe para o gol de Lo Celso em uma jogada de contra-ataque, contribuindo para a vitória argentina por 2-0 em Miami. Scaloni o elogiou: “Lautaro é o motor da equipe”. Com Messi se aposentando das Eliminatórias, ele assume mais responsabilidade para as futuras Copas.

Estilo de Jogo e Habilidades

Lautaro é o protótipo do atacante moderno: 1,74m de pura explosão. Sua força física permite duelos aéreos improváveis, enquanto os pés rápidos desmontam defesas. Ele finaliza com ambas as pernas, cobra faltas e tem visão para assistências – 40 na Serie A. Defensivamente, pressiona alto, como ensinou Conte.

Comparado a Batistuta pela garra, ele é mais técnico que Tévez. Lesões o atormentaram em 2022, mas o regime de fitness com Cristian Chivu na Inter o transformou: em 2025, ele corre mais de 11 km por jogo, recorde no time.

Vida Pessoal

Fora de campo, Lautaro é reservado. Casado com Agustina Gandolfo desde 2023, eles têm uma filha, Nina, nascida em 2022. O casal se conheceu na Argentina, e ela o acompanha em Milão. Lautaro é filantropo: fundou a Fundação Lautaro Martínez em Bahía Blanca, ajudando crianças carentes com escolinhas de futebol.

Ele adora churrasco argentino, tango e viagens à praia. Em entrevistas, fala de fé católica e gratidão à família. “O futebol me deu tudo, mas a família me mantém no chão”, diz.

Legado e Futuro

Aos 28 anos, Lautaro já é lenda: tricampeão italiano, bicampeão mundial. Seu impacto na Inter é comparado a Ronaldo, o Fenômeno. Para o futuro, ele sonha com a Bola de Ouro – ficou em 7º em 2022 – e mais Copas. Com a Inter mirando a Champions em 2025-26, e a Argentina nas Eliminatórias, Lautaro segue escrevendo história.

Atualizações Recentes

Em outubro de 2025, Lautaro vive um momento de pico. Na Inter, ele marcou o gol da vitória precoce contra o Slavia Praga na Champions, em 1º de outubro, e lidera a Serie A com 8 gols em 7 jogos. O técnico Inzaghi o chama de “irremplazável”. Fisicamente renovado pelo trabalho com Chivu e Rapetti, ele registrou o maior número de corridas explosivas na história recente do clube.

Pela seleção, o amistoso contra Venezuela destacou sua química com Álvarez: o “duo dinâmico” gerou chances e assistências. No entanto, a Inter preocupa-se com seu retorno tardio para o jogo contra a Roma, em 16 de outubro – ele só chega na quarta-feira, após o voo de Miami. Rumores de interesse do Real Madrid circulam, mas Lautaro reafirma lealdade: “Milão é minha casa”.

Após a eliminação precoce no Mundial de Clubes em julho de 2025, ele criticou o time internamente: “Lutem ou saiam”, motivando uma reação. Hoje, com 12 gols na temporada, ele é favorito ao prêmio de artilheiro da Serie A. Fãs argentinos o veem como o herdeiro de Messi na liderança da Albiceleste.

Em resumo, Lautaro Martínez não para. De Bahía Blanca aos holofotes globais, sua história inspira. Com garra inabalável, ele continua marcando não só gols, mas caminhos para o sucesso.