Josh Giddey
Josh Giddey é um nome que ecoa forte no mundo do basquete, especialmente entre os fãs que acompanham de perto a liga australiana e a NBA. Nascido em 10 de outubro de 2002, em Melbourne, esse armador de 2,01 metros de altura tem se destacado por sua visão de quadra afiada, passes precisos e uma presença física que desafia as expectativas para um jogador da sua posição. Aos 23 anos, Giddey já é considerado um dos talentos mais promissores da geração atual, misturando habilidade técnica com uma maturidade que o faz parecer anos à frente. Sua jornada, repleta de conquistas precoces e adaptações em um cenário competitivo como a NBA, inspira jovens atletas ao redor do mundo. Neste artigo, exploramos a trajetória de Giddey, desde suas raízes na Austrália até os holofotes de Chicago, com foco nas atualizações mais recentes da temporada 2025-26.
Os Primeiros Passos no Basquete
A paixão de Josh pelo basquete veio cedo, influenciada pelo pai, Warrick Giddey, um ex-jogador profissional que o introduziu ao esporte ainda na infância. Crescer em uma família ligada ao basquete não foi mero acaso; Warrick, que atuou em ligas australianas, via no filho um potencial natural. Aos 12 anos, Josh já treinava intensamente, participando de academias locais em Melbourne. Sua altura incomum para a idade chamou atenção, mas era a inteligência em quadra que realmente impressionava treinadores.
No ensino médio, Giddey frequentou o Southern Mallee Giants, onde rapidamente se tornou o líder da equipe. Em 2018, ele se transferiu para os Brisbane Bullets da National Basketball League (NBL), a principal liga australiana, em um movimento ousado para um adolescente. Essa decisão precoce marcou o início de sua profissionalização. “Eu queria testar limites”, diria mais tarde em uma entrevista, refletindo sobre o salto que o levou a competir contra adultos. Nesses anos iniciais, ele aprendeu a lidar com a pressão, desenvolvendo um estilo de jogo que priorizava o coletivo sobre o individual, algo que se tornaria sua assinatura.
Domínio na NBL
A NBL provou ser o caldeirão perfeito para forjar o talento de Giddey. Em sua temporada de estreia, aos 16 anos, ele já registrava médias de 9,1 pontos, 4,6 assistências e 3,8 rebotes por jogo, números impressionantes para um novato. Mas foi na temporada 2020-21 que ele explodiu: médias de 18,1 pontos, 7,1 rebotes e 6,8 assistências, levando os Bullets a uma campanha sólida. Sua capacidade de ler o jogo, distribuir bolas e contribuir em múltiplas frentes o rendeu o prêmio de Jogador Revelação e uma vaga no Quinteto Ideal da liga.
Esses feitos não passaram despercebidos. Giddey se tornou o primeiro jogador nascido nos anos 2000 a ser nomeado MVP das Finais da NBL, embora os Bullets não tenham conquistado o título. Sua performance incluiu um triple-double nas semifinais, um feito raro que o colocou no radar global. Analistas australianos o comparavam a lendas locais como Andrew Gaze, mas com um toque moderno de versatilidade. Foi nessa fase que ele poliu seu arremesso de longa distância, uma fraqueza inicial que ele transformou em arma secundária, focando principalmente em sua maestria no pick-and-roll e na transição rápida.
O Sonho Americano: Draft de 2021
O ano de 2021 foi pivotal. Com apenas 18 anos, Giddey foi selecionado como a sexta escolha geral pelo Oklahoma City Thunder no Draft da NBA. Scouts elogiaram sua “visão de elite” e potencial como facilitador, comparando-o a Jason Kidd em ascensão. A escolha gerou debates – sua falta de explosão atlética preocupava alguns –, mas o Thunder, em reconstrução, viu nele um pilar para o futuro. “Josh é um construtor de jogo nato”, comentou o GM Sam Presti na época.
Sua chegada a Oklahoma City foi suave. Na Summer League, ele brilhou com médias de 17 pontos e 9 assistências, confirmando o hype. O contrato de calouro, avaliado em cerca de 30 milhões de dólares por quatro anos, selou seu compromisso com a liga.
Anos de Aprendizado no Oklahoma City Thunder
As três temporadas no Thunder foram de crescimento constante. Em 2021-22, como titular imediato, Giddey postou 12,5 pontos, 7,9 rebotes e 6,4 assistências em 54 jogos, tornando-se o terceiro mais jovem da história da NBA a registrar um triple-double. Lesões o limitaram, mas ele mostrou resiliência, ajudando o time a uma vaga nos playoffs em 2023.
Na temporada seguinte, 2022-23, ele elevou o nível: 16,6 pontos, 7,9 rebotes e 8,2 assistências, com 10 triple-doubles. O Thunder, sob Shai Gilgeous-Alexander, emergiu como contender no Oeste, e Giddey se encaixou perfeitamente como o segundo armador. Em 2023-24, suas médias caíram ligeiramente para 12,3 pontos devido a ajustes táticos, mas sua eficiência em assistências (6,4) permaneceu alta. O time chegou às semifinais de conferência, onde Giddey contribuiu com 20 pontos e 10 assistências no Jogo 7 contra o Minnesota Timberwolves.
Esses anos forjaram não só suas habilidades, mas também sua mentalidade. Ele aprendeu a lidar com críticas sobre seu arremesso de três pontos (30% de aproveitamento carreira até então) e a se adaptar a treinadores como Mark Daigneault, que o incentivou a expandir seu repertório defensivo.
Nova Fase: Chegada ao Chicago Bulls
Em junho de 2024, uma troca surpreendente o levou ao Chicago Bulls em troca de Alex Caruso e uma escolha de primeira rodada. Os Bulls, buscando rejuvenescimento após anos de estagnação, viram em Giddey o facilitador ideal para Zach LaVine e DeMar DeRozan (antes de sua saída). “É uma oportunidade de liderar”, disse Giddey ao assinar extensão de contrato. A mudança para o Windy City trouxe novos desafios: uma torcida exigente e um sistema ofensivo mais rápido.
Na temporada 2024-25, ele se adaptou bem, registrando médias de 14,6 pontos, 8,1 rebotes e 7,2 assistências em 70 jogos. Seu triple-double contra os Knicks, com 21 pontos, 15 rebotes e 11 assistências, foi um highlight. Os Bulls terminaram com 41 vitórias, parando no play-in.
Temporada 2025-26: Um Ano de Consolidação
A atual campanha, 2025-26, tem sido a mais impressionante de Giddey até agora. Com médias de 21,9 pontos, 9,8 rebotes e 9,7 assistências por jogo, ele se estabeleceu como um dos armadores mais completos da liga, ranqueado entre os top 30 em pontuação e top 10 em rebotes para sua posição. Seu aproveitamento de quadra subiu para 45,9%, graças a melhorias no mid-range e na defesa, onde acumula 1,2 roubos por jogo.
Os Bulls, com 6-6 até novembro, mostram sinais de progresso, com Giddey orquestrando o ataque ao lado de Coby White e Nikola Vučević. Sua química com White, de volta de lesão, tem sido chave em vitórias apertadas.
O Retorno Triunfal Após Lesão
Em novembro de 2025, Giddey enfrentou um revés: uma entorse no tornozelo direito o sidelinou por duas partidas. A ausência coincidiu com derrotas frustrantes para os Bulls, aumentando a pressão pela volta. No dia 16 de novembro, contra o Utah Jazz, ele retornou em grande estilo. Em uma partida épica que foi para duplo prorrogação, Giddey anotou 26 pontos, 12 rebotes e 13 assistências, seu 21º triple-double na carreira. Apesar da derrota por 150-147, sua performance igualou um marco histórico: o mesmo número de triple-doubles de Kobe Bryant e Kareem Abdul-Jabbar, ambos com 21.
“Sentir a quadra de novo foi libertador”, comentou ele pós-jogo, destacando dois bloqueios e roubos que energizaram a torcida. Essa exibição não só impulsionou os Bulls, mas reforçou sua reputação como jogador clutch em momentos decisivos.
Estilo de Jogo e Estatísticas Impressionantes
O que torna Giddey único é sua versatilidade. Com uma envergadura de 2,08 metros, ele domina o garrafão como poucos armadores, pegando rebotes ofensivos (3,2 por jogo esta temporada) e iniciando contra-ataques. Seus passes – 9,7 por jogo – são cirúrgicos, com taxa de assistências para erros em 2,8:1. Defensivamente, ele evoluiu, usando sua estatura para contestar arremessos e trocar marcações.
Estatisticamente, sua temporada atual o coloca no top 3 em assistências na liga. Carreira: 14,3 pontos, 7,6 rebotes e 7,4 assistências em 220 jogos. Críticos notam que, aos 23, ele ainda pode refinar o chute de três (32% carreira), mas sua eficiência geral compensa.
Representando a Austrália
Giddey carrega a bandeira australiana com orgulho. Desde a seleção sub-17, ele ajudou os Boomers a medalhas em mundiais. Em Tóquio 2020, aos 18, contribuiu com 6 pontos e 4 assistências na prata olímpica. Nas Olimpíadas de Paris 2024, suas médias de 12,4 pontos e 7,8 assistências foram cruciais na campanha que levou à quarta posição. Para o Mundial de 2027, ele é visto como o futuro líder ao lado de Dyson Daniels.
Desafios e Superações
Nem tudo foram flores. Acusações infundadas em 2023 testaram sua resiliência, mas Giddey emergiu mais forte, focando no basquete. Lesões, como a recente no tornozelo, e a pressão de trocas o moldaram. “Cada obstáculo é uma lição”, reflete ele, citando mentores como Patty Mills.
O Futuro de Giddey na Liga
Com extensão até 2029, Giddey mira playoffs profundos com os Bulls. Analistas preveem All-Star em breve, talvez na próxima temporada. Sua evolução em arremessos e liderança pode elevá-lo a estrela. Fora da quadra, ele investe em filantropia na Austrália, promovendo basquete juvenil.
Conclusão
Josh Giddey não é só um armador; é um visionário que redefine papéis na NBA. De Melbourne às arenas americanas, sua trajetória inspira persistência e inovação. Com o retorno recente e números estelares, 2025-26 pode ser o ano em que ele se consolida como elite. Os fãs australianos, e o mundo, aguardam ansiosos pelo próximo capítulo dessa história em ascensão.