Dillon Brooks é um jogador de basquete profissional canadense que se destaca como ala pequeno na Liga Nacional de Basquete (NBA). Nascido em 22 de janeiro de 1996, em Mississauga, Ontário, Brooks tem uma carreira marcada por intensidade defensiva, habilidade em arremessos de longa distância e momentos controversos em quadra. Com 1,98 metro de altura e cerca de 102 quilos, ele joga como ala ou armador ala, combinando força física com agilidade. Sua jornada no basquete começou cedo no Canadá e o levou a universidades americanas, times da NBA e a seleção nacional. Em 2025, Brooks vive um novo capítulo ao se juntar ao Phoenix Suns, após trocas que abalaram a liga.
Início da Vida e Formação Inicial
Dillon Brooks cresceu em uma família apaixonada por esportes em Mississauga, uma cidade nos arredores de Toronto. Desde criança, ele mostrou talento para o basquete, influenciado pelo ambiente multicultural do Canadá, onde o esporte ganha popularidade graças a ídolos como Steve Nash. Brooks frequentou a Father Henry Carr Catholic Secondary School, em Toronto, onde começou a se destacar em competições locais. Sua dedicação o levou a mudar para os Estados Unidos, matriculando-se no prestigiado Findlay Prep, em Henderson, Nevada. Lá, ele aprimorou suas habilidades em um ambiente competitivo, enfrentando adversários de alto nível e ganhando visibilidade para o recrutamento universitário.
Durante o ensino médio, Brooks desenvolveu um estilo agressivo, focado em defesa e ataques rápidos. Ele era conhecido por sua ética de trabalho incansável, treinando horas extras para melhorar o arremesso e a resistência física. Essa fase foi crucial para moldar sua personalidade em quadra: um competidor feroz, disposto a desafiar qualquer oponente. Amigos e treinadores da época descrevem Brooks como alguém que não recuava de contato, o que se tornaria uma marca registrada em sua carreira profissional. Sua transição para o basquete organizado nos EUA o preparou para os desafios da NCAA, onde ele finalmente explodiu em talento.
Carreira Universitária na Universidade de Oregon
Em 2014, Brooks ingressou na Universidade de Oregon para jogar pelos Ducks, sob o comando do técnico Dana Altman. Como calouro na temporada 2014-15, ele já impressionou, jogando em média 28,3 minutos por partida e registrando 11,5 pontos, 4,9 rebotes e 1,8 assistências. Sua performance lhe valeu uma vaga no time de calouros do Pac-12, conferência da qual Oregon fazia parte. Brooks se adaptou rapidamente ao ritmo universitário, mostrando versatilidade em ambos os lados da quadra.
Na segunda temporada, 2015-16, Brooks elevou seu jogo a outro nível. Com médias de 16,7 pontos, 5,4 rebotes e 3,1 assistências em 32,8 minutos, ele liderou Oregon ao título regular da Pac-12 e a uma classificação no top 10 nacional. Foi eleito para o primeiro time All-Pac-12 e terceiro time All-Americano pela Sporting News. Sua liderança em quadra era evidente, inspirando companheiros com jogadas decisivas e defesa tenaz. Em 2016-17, como júnior, ele manteve o alto nível com 16,1 pontos, 3,2 rebotes e 2,7 assistências em 25,3 minutos, ganhando o prêmio de Jogador do Ano da Pac-12 e consenso segundo time All-Americano.
Ao longo de três anos em Oregon, Brooks disputou 109 jogos, com médias gerais de 14,8 pontos, 4,6 rebotes e 2,6 assistências em 28,9 minutos. Sua evolução o convenceu a se declarar para o Draft da NBA em 2017, deixando a universidade como uma das maiores promessas canadenses. Experiências como o torneio da NCAA, incluindo aparições em Sweet 16, forjaram sua mentalidade de playoffs, preparando-o para o profissionalismo.
Carreira na NBA: Dos Grizzlies aos Rockets
Brooks foi selecionado na 45ª posição do Draft de 2017 pelo Houston Rockets, mas trocado imediatamente para o Memphis Grizzlies. Ele assinou um contrato de novato e estreou na NBA em outubro de 2017, marcando 19 pontos contra o New York Knicks – um recorde para um canadense em sua primeira partida. Nos Grizzlies, de 2017 a 2023, Brooks se estabeleceu como peça chave. Em sua temporada de novato, jogou 82 partidas com 11,0 pontos por jogo. Evoluiu para médias de 16,2 em 2019-20 e 17,2 em 2020-21, assinando uma extensão de três anos por 35 milhões de dólares em 2020.
Seus anos em Memphis foram cheios de destaques: 37 pontos como máximo na carreira contra o Portland Trail Blazers em 2021, e uma média de 25,8 pontos nos playoffs de 2021 contra o Utah Jazz, com 31 pontos no jogo 1. No entanto, controvérsias surgiram, como a ejeção por falta flagrante que fraturou o cotovelo de Gary Payton II em 2022, resultando em suspensão. Em 2023, ele ganhou o prêmio de Segundo Time All-Defensive da NBA, reconhecendo sua defesa elite. Apesar de médias de 14,3 pontos em 2022-23, incidentes como soco em Donovan Mitchell e críticas a LeBron James o tornaram um “vilão” da liga.
Em julho de 2023, Brooks foi para o Houston Rockets via sign-and-trade. Lá, jogou duas temporadas: 12,7 pontos em 2023-24 e 14,0 em 2024-25, com 40% de acerto em três pontos na última, um recorde de 10 arremessos convertidos contra o Boston Celtics. Nos playoffs de 2025, contribuiu com 12,3 pontos em sete jogos. Sua defesa e liderança ajudaram os Rockets, mas em junho de 2025, ele foi trocado para o Phoenix Suns em uma mega-negociação de sete times que enviou Kevin Durant para Houston, junto com Jalen Green.
Novo Capítulo no Phoenix Suns
A troca para os Suns em julho de 2025 marcou um recomeço para Brooks. O time de Phoenix, buscando um “vilão júnior” para complementar Devin Booker e a mentalidade agressiva, viu em Brooks o encaixe perfeito. Ele contatou Booker imediatamente após a negociação, sinalizando empolgação. No media day de setembro de 2025, Brooks expressou desejo por mais arremessos de três pontos e impacto defensivo, abraçando o papel de antagonista que os Suns querem para a temporada 2025-26.
Em jogos de pré-temporada, Brooks já mostrou sua essência: jogadas intensas, defesa feroz e momentos de trash talk, como visto em highlights recentes onde ele provoca adversários. Analistas preveem que ele transformará o Suns, adicionando liderança e eficiência em arremessos. Com médias de carreira de 14,2 pontos em 492 jogos regulares (41,9% de quadra, 35,5% de três), Brooks pode elevar o time nos playoffs. Sua adaptação rápida, incluindo investimentos pessoais como em uma startup de lavagem de carros em Houston, sugere maturidade fora de quadra, apesar de dramas pessoais.
Estilo de Jogo e Habilidades Principais
Brooks é um ala versátil, conhecido por defesa agressiva – responsável por roubos e bloqueios – e ofensivamente por arremessos de média e longa distância. Sua porcentagem de 80,4% em lances livres reflete precisão sob pressão. Em playoffs, ele brilha: 15,1 pontos em 29 jogos, com 39,6% de quadra. Fisicamente forte, ele usa o corpo para criar espaço, mas sua intensidade leva a faltas flagrantes e suspensões, como em incidentes com Payton e James.
Defensivamente, ele marca alas estrelas, ganhando All-Defensive em 2023. Ofensivamente, explora transições rápidas e pick-and-rolls. Sua mentalidade “vilã” motiva rivais, mas o torna imprevisível. Em 2024-25, seu True Shooting de 55,5% mostrou eficiência, superando companheiros como Jalen Green.
Carreira Internacional pela Seleção Canadense
Representando o Canadá, Brooks ganhou prata nos Jogos Pan-Americanos de 2015. Em 2022, assinou um acordo de três anos com a seleção sênior. No Mundial de Basquete FIBA de 2023, ajudou o Canadá a conquistar bronze – primeira medalha global desde 1936 – com 39 pontos no jogo pelo bronze contra os EUA, recorde canadense em Mundiais. Nomeado Melhor Jogador Defensivo do torneio, ele foi essencial. Em 2024, participou das Olimpíadas de Paris, reforçando o orgulho nacional.
Atualizações Recentes e Vida Pessoal
Em 2025, além da troca para os Suns, Brooks enfrentou desafios pessoais. Em junho, pediu ordem de restrição contra sua ex-namorada Heather Andrews, alegando ameaças a ele e à mãe, após ela ter feito o mesmo um ano antes. O casal, que se conheceu em 2018, tem dois filhos. Fora de quadra, ele investiu em Panda Hub, uma empresa de serviços móveis de detailing de carros, após usá-la em Houston.
Na pré-temporada 2025-26, Brooks estreou bem pelos Suns, com destaques em defesa e arremessos. Vídeos de media day e jogos mostram sua confiança, com Booker elogiando sua energia. Analistas veem o Suns como contenders, com Brooks como peça chave para rivalidades, como contra o Minnesota Timberwolves. Sua consistência em iniciar 70+ jogos nos Rockets é valorizada, e ele espera mais minutos em Phoenix.
Conclusão: Legado em Construção
Dillon Brooks continua a evoluir como um dos alas mais impactantes da NBA, misturando talento, controvérsia e patriotismo canadense. De Oregon aos Suns, sua jornada inspira jovens atletas. Com a temporada 2025-26 à frente, Brooks promete mais momentos memoráveis, defendendo com ferocidade e pontuando decisivamente. Seu futuro na liga e na seleção sugere um legado duradouro no basquete global.
