Cole Anthony
Cole Anthony é um dos nomes mais promissores no mundo do basquete profissional americano. Nascido em 15 de maio de 2000, em Portland, Oregon, esse armador de 1,88 metro de altura e cerca de 84 quilos tem se destacado pela velocidade, visão de jogo e habilidade em criar jogadas para si e para os companheiros. Filho de Greg Anthony, um ex-jogador da NBA que atuou por mais de uma década na liga, Cole cresceu imerso no universo do basquete, mas construiu seu próprio caminho com determinação e talento natural. Em outubro de 2025, aos 25 anos, ele vive um momento de transição empolgante em sua carreira, vestindo a camisa do Milwaukee Bucks e mostrando que está pronto para brilhar ainda mais. Esta artigo mergulha na vida, na jornada e nos feitos desse atleta que representa o futuro da posição de armador na NBA.
Infância e Formação: As Raízes de um Talento Inato
Os Primeiros Anos em Nova York
Cole Anthony chegou ao mundo em uma família apaixonada por esportes. Seu pai, Greg, não era apenas um ex-atleta, mas também um analista respeitado na televisão, o que proporcionou a Cole uma infância privilegiada, mas cheia de lições sobre disciplina. A família se mudou para Manhattan, em Nova York, quando ele era pequeno, e foi nessa selva urbana que Cole começou a moldar seu caráter. Morando em um apartamento de luxo no Upper East Side, ele poderia ter optado por uma vida fácil, mas Greg insistiu em valores como trabalho árduo e humildade. “Meu pai sempre me disse que o talento abre portas, mas o esforço as mantém abertas”, recordou Cole em uma entrevista recente.
Inicialmente, Cole se interessou mais pelo beisebol, inspirado pelo avô, mas aos 10 anos, no quinto ano do ensino fundamental, ele trocou o taco pela bola de basquete. Foi aí que tudo mudou. Sob a orientação de treinadores particulares e jogando em quadras de rua contra adversários bem mais velhos, Cole desenvolveu uma resiliência impressionante. Seu mentor inicial, Steve Harris, treinador de uma equipe de AAU (Amateur Athletic Union), notou logo de cara o potencial do garoto: “Ele tinha uma visão de quadra que não se ensina; era como se ele soubesse onde todos estavam antes mesmo de olhar”.
Os Desafios Familiares e o Apoio Incondicional
A vida não foi só glória. Em 2015, Greg Anthony enfrentou problemas pessoais graves, incluindo acusações que afetaram sua carreira na mídia. Cole, então com 15 anos, poderia ter se abalado, mas usou isso como combustível. “Foi um período difícil, mas me ensinou a focar no que eu controlo: meu jogo e meu esforço”, disse ele anos depois. O apoio da mãe, Crystal, e da irmã mais velha, também foram pilares. Essa base familiar sólida ajudou Cole a canalizar energias para o esporte, transformando adversidades em motivação.
O Ensino Médio: De Nova York para a Virgínia, Uma Ascensão Rápida
Os Anos no Archbishop Molloy High School
Cole começou sua jornada escolar no Archbishop Molloy High School, em Briarwood, Queens, Nova York. Como calouro, ele já era titular no time principal, algo raro para um novato de 15 anos. Liderou o Stanners à final do campeonato estadual da CHSAA (Catholic High School Athletic Association), mesmo com uma derrota apertada para o Cardinal Hayes. Sua ousadia em quadra chamava atenção: ele não hesitava em desafiar veteranos mais altos e fortes.
No segundo ano, Cole elevou o nível. Com médias de 20,7 pontos, 7,8 rebotes e 5,8 assistências por jogo, ele foi essencial para o título estadual. Nomeado para o primeiro time All-CHSAA, ele mostrou versatilidade, defendendo bem e distribuindo bolas com precisão. “Eu amava a pressão; era como um jogo de xadrez em movimento”, descreveu ele sobre essa fase.
O terceiro ano trouxe parcerias lendárias. Ao lado de Moses Brown, futuro jogador da NBA, Cole formou uma dupla devastadora. Suas médias subiram para 23,4 pontos, 7,8 rebotes e 4,1 assistências. Honrarias choveram: All-CHSAA, terceiro time All-USA pela USA Today e terceiro time MaxPreps Junior All-American. Mas não foi só números; Cole aprendeu a liderar, motivando companheiros em treinos exaustivos.
A Transferência para Oak Hill Academy: O Triplo-Duplos Históricos
Em 2018, buscando desafios maiores, Cole transferiu-se para a Oak Hill Academy, na Virgínia, uma das escolas mais tradicionais do basquete americano. O último ano foi marcado por uma lesão no tornozelo que o deixou em dúvida, mas ele voltou mais forte. Liderou o time a um recorde de 31 vitórias e 5 derrotas, registrando médias inéditas para a escola: 18,5 pontos, 10,2 rebotes e 10,2 assistências – o primeiro triplo-duplo médio na história de Oak Hill.
Premiações? Ele levou o Gatorade Player of the Year na Virgínia e brilhou em eventos nacionais. No McDonald’s All-American Game, anotou 14 pontos, 5 rebotes e 7 assistências, ganhando o MVP. No Jordan Brand Classic e no Nike Hoop Summit, repetiu o feito. Classificado como recruta de cinco estrelas, o melhor armador da classe de 2019 e top 5 geral por sites como ESPN e 247Sports, Cole estava pronto para o próximo nível. “Oak Hill me ensinou a jogar contra o melhor; lá, todo dia era uma batalha”, refletiu ele.
Universidade: Os Tar Heels e o Brilho Interrompido por Lesões
A Chegada à North Carolina: Recorde na Estreia
Em 2019, Cole escolheu a University of North Carolina (UNC), os Tar Heels, sobre opções como Georgetown e Oregon. Sob o comando do lendário Roy Williams, ele chegou com expectativas altas. Sua estreia foi épica: 34 pontos, 11 rebotes e 5 assistências contra Notre Dame, quebrando o recorde de pontos para calouros na história da UNC e da ACC (Atlantic Coast Conference). “Eu só queria mostrar que pertencia ali”, disse Cole.
Nas primeiras semanas, ele foi nomeado Jogador e Calouro da Semana da ACC, com médias de 27 pontos, 10,5 rebotes e 4 assistências em vitórias cruciais. Teve uma sequência de três jogos com mais de 20 pontos, algo inédito para um novato dos Tar Heels. Sua liderança em quadra inspirava, e ele rapidamente se tornou o coração do time.
Lesões e Resiliência: O Retorno Triunfal
Mas o basquete cobra seu preço. Em dezembro de 2019, uma lesão no menisco direito o sidelinou por 4 a 6 semanas. Cole voltou com fúria, marcando 26 pontos contra Boston College. Em fevereiro de 2020, um corte na sobrancelha de um cotovelo adversário não o parou; ele continuou jogando com curativo, mostrando garra.
Mais uma honraria: segunda nomeação como Calouro da Semana da ACC, com 22 pontos, 6 assistências e 3,5 rebotes em duas vitórias. Ao fim da temporada, médias de 18,5 pontos, 5,7 rebotes e 4 assistências em 22 jogos. Apesar do saldo negativo da equipe (14-19, primeira vez sob Williams), Cole ganhou terceiro time All-ACC e All-Freshman Team. Em abril de 2020, declarou-se para o Draft da NBA, sabendo que era hora de profissionalizar.
Carreira na NBA: Do Draft ao Bucks, Uma Jornada de Crescimento
Temporada de Calouro no Orlando Magic: Adaptação e Explosões
Selecionado pelo Orlando Magic na 15ª escolha do Draft de 2020, Cole assinou em novembro. A bolha da pandemia atrasou tudo, mas ele jogou 47 partidas na temporada 2020-21 (34 como titular), com 27,1 minutos médios, 12,9 pontos (39,7% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 33,7% nos de três, 83,2% nos lances livres), 4,7 rebotes, 4,1 assistências, 0,6 roubos e 0,4 tocos. Destaques? Quatro jogos com 20+ pontos, incluindo um pico de 37 contra o New York Knicks – quinto maior de um calouro na história do Magic. Arremessos decisivos contra Timberwolves e Grizzlies mostraram sua frieza.
Ascensão em 2021-22: Titular e Candidato a Melhora
Na 2021-22, titular em todos os 65 jogos, Cole explodiu: 31,7 minutos, 16,3 pontos (39,1% FG, 33,8% 3P, 85,4% FT), 5,4 rebotes, 5,7 assistências, 0,7 roubos e 0,3 tocos. Foi cotado ao prêmio de Jogador Mais Melhorado, provando ser o motor do Magic em reconstrução.
Altos e Baixos em 2022-23 e 2023-24: Lesões e Consistência
2022-23 trouxe 60 jogos (4 titulares): 25,9 minutos, 13,0 pontos (45,4% FG, 36,4% 3P, 89,4% FT), 4,8 rebotes, 3,9 assistências. Uma lesão no oblíquo em outubro e uma suspensão por altercação em dezembro testaram sua paciência, mas ele voltou forte.
Em 2023-24, 81 jogos sem titularidade: 22,4 minutos, 11,6 pontos (43,5% FG, 33,8% 3P, 82,6% FT), 3,8 rebotes, 2,9 assistências. Em abril de 2023, assinou extensão de três anos por US$ 39 milhões, um voto de confiança.
2024-25 no Magic: Playoffs e Troca Surpreendente
Na última temporada com o Magic, 67 jogos (22 titulares): 18,4 minutos, 9,4 pontos (42,4% FG, 35,3% 3P, 82,3% FT), 3,0 rebotes, 2,9 assistências. Em abril de 2025, brilhou com 26 pontos, 3 rebotes e 6 assistências na vitória por 120-95 sobre o Atlanta Hawks no play-in, garantindo playoffs. Nos playoffs, médias de 10,2 minutos e 2,2 pontos em 5 jogos.
Em junho de 2025, veio a virada: trocado para o Memphis Grizzlies por Desmond Bane e escolhas de draft. Mas, em julho, optou por buyout e assinou com o Milwaukee Bucks, buscando minutos e título. “Quero ganhar; Milwaukee é o lugar certo”, declarou.
Estilo de Jogo: O Maestro da Quadra
Cole Anthony é o protótipo moderno de armador: rápido como um raio, com dribles evasivos e uma visão periférica que lembra lendas como seu pai. Sua força está na criação de jogadas – ele vê passes onde outros não veem –, mas também arremessa bem de longa distância. Defensivamente, usa sua agilidade para roubos oportunos, embora precise melhorar o físico contra alas maiores.
O que o diferencia é a unselfishness: ele eleva o time. Em quadra, é como um maestro, ditando o ritmo e ajustando o tempo. Críticos elogiam sua ética de trabalho; ele passa horas analisando vídeos, refinando seu jogo. Fraquezas? Às vezes, força arremessos sob pressão, mas aos 25 anos, isso é parte do amadurecimento.
Comparado a pares como Jalen Brunson ou De’Aaron Fox, Cole tem mais versatilidade atlética, mas precisa de consistência em minutos altos. Seu QI de basquete, herdado do pai, o torna valioso em sistemas ofensivos complexos.
Conquistas e Momentos Marcantes: Prêmios que Falam por Si
Desde o ensino médio, os prêmios se acumulam. MVP do McDonald’s All-American, Jordan Brand Classic e Nike Hoop Summit; primeiro time All-USA pela USA Today; Gatorade na Virgínia. Na UNC, third-team All-ACC e All-Freshman.
Na NBA, extensão milionária e jogos icônicos, como os 37 pontos de calouro. Internacionalmente, ouro no FIBA Under-18 Americas de 2018, com 14,3 pontos e 4,2 assistências. Em 2025, sua performance no play-in do Magic foi épica, salvando a temporada da equipe.
Vida Pessoal: Família, Fé e Filantropia
Fora das quadras, Cole é reservado. Namora há anos com uma parceira de infância, priorizando privacidade. Sua fé católica, herdada da educação no Molloy, guia suas decisões. Ele é ativo em causas sociais, como programas de basquete para jovens em Nova York, inspirado pela própria jornada. “Quero dar de volta o que recebi”, diz.
Amigos descrevem-no como engraçado e leal, com um senso de humor que alivia tensões em treinos. Seu hobby? Ouvir hip-hop e jogar videogame, mas sempre com moderação – Greg ensinou equilíbrio.
Atualizações Recentes: A Nova Era nos Bucks em Outubro de 2025
Em julho de 2025, após o buyout do Grizzlies, Cole assinou com o Milwaukee Bucks, atraído por Giannis Antetokounmpo e a chance de título. “Isso alinha com meus objetivos: vencer e crescer”, afirmou em setembro, elogiando Giannis como “meu grande irmão”.
A temporada 2025-26 começou turbulenta. Em 25 de outubro, contra o Toronto Raptors, Cole explodiu com 23 pontos (9/14 FG, 2/5 3P), 4 rebotes, 7 assistências e 2 roubos em 27 minutos, ajudando na vitória por 122-116. Sua criação de jogadas foi crucial, especialmente no quarto período, com 9 pontos e passes decisivos.
Mas veio um revés: em 26 de outubro, doença o tirou do jogo contra o Cleveland Cavaliers. Voltou como provável em 28 de outubro contra o New York Knicks, e confirmado disponível. Com Kevin Porter Jr. lesionado no tornozelo, Cole assumiu mais responsabilidades, dividindo minutos com Ryan Rollins. Doc Rivers, técnico dos Bucks, elogiou: “Ele estabiliza nossa rotação de armadores”.
Em 6 de outubro, pré-temporada contra o Miami Heat, Cole controlou o jogo com dribles habilidosos. Até 31 de outubro de 2025, suas médias iniciais: cerca de 15 pontos, 5 assistências em jogos limitados, mostrando adaptação rápida. Com salário de US$ 12,9 milhões, ele é peça-chave na segunda unidade, e rumores apontam para mais minutos se mantiver o ritmo.
Analistas veem Cole como X-factor dos Bucks. “Ele backed up a ousadia de Giannis no offseason”, disse um repórter da FOX Sports. Sua unselfishness e finishing em infiltrações impressionam, embora um “defeito gritante” – turnovers sob pressão – precise de polimento.
Nos treinos, Cole se integra bem, treinando extra com Giannis. “Milwaukee sente como um passo adiante na carreira”, confidenciou em entrevista ao The Athletic em setembro. Com a temporada em pleno vapor, fãs esperam que ele lidere a reserva para playoffs profundos.
O Futuro de Cole Anthony: Um Legado em Construção
Aos 25 anos, Cole Anthony está no auge. Com experiência de cinco temporadas, ele tem bagagem para brilhar. Nos Bucks, ao lado de estrelas, pode elevar seu jogo a outro nível – imagine triplos-duplos regulares ou prêmios individuais. Seu sonho? Um anel de campeão e, quem sabe, All-Star.
Cole inspira jovens armadores: prove seu valor, independentemente de origens. Com família ao lado e fome de vitórias, ele caminha para um legado duradouro na NBA. Em outubro de 2025, enquanto os Bucks enfrentam o Golden State Warriors em 31 de outubro, Cole está pronto para mais capítulos épicos. O basquete agradece por talentos como ele – rápidos, espertos e inesquecíveis.