Aryna Sabalenka
Aryna Sabalenka é uma das figuras mais impressionantes do tênis feminino atual. Nascida em Minsk, na Bielorrússia, em 5 de maio de 1998, essa jogadora de 1,82 metro de altura transformou sua paixão pelo esporte em uma carreira repleta de troféus e recordes. Com um saque potente e um forehand devastador, Sabalenka não só conquistou quatro títulos de Grand Slam em simples, mas também se estabeleceu como a número 1 do mundo pela segunda temporada consecutiva em 2025. Sua jornada, marcada por superação e intensidade, inspira milhões de fãs ao redor do globo. De uma menina que começou a bater na bola aos seis anos a uma estrela que quebra barreiras financeiras e esportivas, Sabalenka representa o auge da determinação no circuito da WTA.
Em um esporte onde a consistência é rei, ela se destaca pela agressividade calculada e pela capacidade de virar jogos impossíveis. Em 2025, por exemplo, ela acumulou 63 vitórias em 75 partidas, um saldo impressionante que a levou a ultrapassar os 15 milhões de dólares em premiações anuais – um marco histórico no tênis feminino. Mas além dos números, há uma história humana: a de uma atleta que lida com pressões políticas, lesões e controvérsias, sempre com um sorriso genuíno e uma energia contagiante. Neste artigo, exploramos sua trajetória, conquistas e o que vem por aí, incluindo os eventos mais recentes que mantêm seu nome em destaque.
Os Primeiros Passos nas Quadras de Minsk
A história de Aryna começa em uma Bielorrússia pós-soviética, onde o tênis não era exatamente o esporte mais acessível. Aos seis anos, incentivada pelo pai, Sergey, um ex-hóquei no gelo que viu potencial na filha, ela pegou na raquete pela primeira vez. Minsk, com seus invernos rigorosos, não oferecia muitas opções, mas os ginásios indoor se tornaram seu playground. “Eu amava a sensação de bater na bola com força”, recordou ela em uma entrevista anos depois. Aos 13, já treinava com coaches profissionais, e em 2012, estreou no circuito ITF, os torneios de base do tênis.
Seus primeiros anos foram de aprendizado árduo. Em 2015, aos 17, venceu três títulos ITF em simples e um em duplas, chamando atenção de olheiros. Mas o salto para o profissional veio em 2017, quando alcançou a final do WTA de Tianjin, na China, perdendo para Maria Sharapova – uma de suas ídolos, ao lado de Serena Williams. No mesmo ano, conquistou seu primeiro título WTA no Mumbai Open, na Índia, batendo Anastasija Sevastova na final. Foi o estopim: de uma desconhecida no ranking 373, saltou para o top 80. Representando a Bielorrússia na Fed Cup (hoje Billie Jean King Cup), ela surpreendeu ao vencer Sloane Stephens, top 20 na época, ajudando o time a chegar à final.
Esses anos iniciais moldaram seu caráter. Sabalenka enfrentou instabilidades financeiras – a família vendia doces para custear viagens – e a pressão de ser “a próxima grande coisa” de um país pequeno. Mas sua resiliência brilhou. Em 2018, explodiu com títulos em New Haven e Wuhan, alcançando as oitavas do US Open, onde caiu para Naomi Osaka. Terminou o ano como número 11 do mundo e novata do ano pela WTA. Era o início de uma era.
A Ascensão: De Duplas a Rainha das Quadras Duras
A virada de página veio nas duplas. Parceira de Elise Mertens, belga talentosa, Sabalenka conquistou o US Open de 2019 e o Australian Open de 2021, além do “Sunshine Double” em Indian Wells e Miami em 2019 – feito raro no circuito. Alcançou o número 1 em duplas em 2022, mas foi no simples que sua lenda se consolidou. Em 2020, apesar da pandemia, venceu Doha, Ostrava e Linz, chegando a 200 vitórias na carreira.
2021 trouxe mais glória: títulos em Abu Dhabi e Madri, semifinais em Wimbledon e US Open. Mas 2022 foi um teste de fogo. Problemas no saque – os famosos “yips” – a fizeram duvidar de si mesma. Caiu no ranking, mas usou o tempo para reconstruir. Em 2023, tudo mudou: venceu o Australian Open, seu primeiro Grand Slam em simples, derrotando Elena Rybakina na final em sets diretos. Foi o ápice emocional – chorou na quadra, dedicando à família. Terminou o ano como número 1, com títulos em Adelaide e Madri.
2024 reforçou seu domínio: defendeu o Australian Open e conquistou o US Open, batendo Jessica Pegula na final de Nova York. Agora, com 21 títulos em simples, ela é sinônimo de consistência em superfícies duras. Seus forehands ultrapassam 100 km/h, e seu saque médio beira os 170 km/h. Rivalidades com Iga Swiatek, Coco Gauff e Rybakina definem a era, com duelos épicos que elevam o esporte.
Estilo de Jogo: Força Bruta e Inteligência Tática
O que torna Sabalenka única? Seu jogo é uma mistura de potência e precisão. Destro, ela ataca com um forehand que parece um míssil, forçando erros adversárias. Seu saque, embora tenha tido altos e baixos, é uma arma letal: em 2025, liderou o circuito em aces. Não é só força; há tática. Ela lê o jogo como poucas, subindo à rede quando necessário e variando ritmos para desestabilizar.
Críticos apontam sua impulsividade – erros não forçados em momentos chave –, mas é isso que a humaniza. “Eu jogo com o coração na mão”, diz ela. Treina com o ex-jogador Dmitry Tursunov, que a ajudou a domar os yips com visualizações mentais. Fora da quadra, adora videogames e fast food, equilibrando a rigidez do treino com leveza. Seu impacto vai além: inspira jovens bielorrussas em um país onde o tênis feminino luta por visibilidade.
Vida Pessoal: Orgulho Bielorrusso e Amor pelo Brasil
Fora das quadras, Sabalenka é reservada, mas autêntica. Orgulhosa de suas raízes, recusa mudar de nacionalidade, mesmo com sanções à Bielorrússia pós-invasão à Ucrânia em 2022, que a impedem de usar a bandeira nacional em torneios. “Seria uma traição ao meu país”, afirmou recentemente em entrevista a Piers Morgan. Representa a nação como neutra, mas carrega Minsk no peito.
Seu romance com Georgios Frangulis, empresário brasileiro, adiciona um toque tropical. Conheceram-se em 2023; ele a apoia em viagens, e ela brinca sobre aprender português. “O Brasil me ensinou a relaxar”, disse. Filantropa, apoia academias de tênis em Minsk para crianças carentes. Em 2025, lidou com luto familiar, mas canalizou em vitórias.
Temporada 2025: Um Ano de Recordes e Polêmicas
2025 foi o ano de Sabalenka. Começou com título em Brisbane, seguiu com Miami e Madri – dois WTA 1000 –, e defendeu o US Open contra Amanda Anisimova em sets diretos. Nas Finais da WTA, em Riad, chegou à final, perdendo para Rybakina em um thriller de três sets. Com 63 vitórias, nove finais e premiações recordes, terminou como número 1.
Atualizações recentes agitam o calendário. Em dezembro, defendeu um exibição “Batalha dos Sexos” contra Nick Kyrgios, em Dubai, no dia 28. “Não danificará o tênis feminino; vai elevá-lo”, declarou à BBC. Polêmicas surgiram: criticou a inclusão de atletas trans no feminino, chamando de “injusto enfrentar homens biológicos”, e rebateu comentários sobre testosterona de Marta Kostyuk como “desculpas”. Apesar disso, foca no futuro: prepara-se para 2026 mirando mais Slams.
Legado em Construção: Por Que Sabalenka Inspira
Aryna Sabalenka não é só uma campeã; é um fenômeno. De Minsk às quadras de Flushing Meadows, sua jornada prova que talento, trabalho e coração vencem barreiras. Com quatro Slams, 21 títulos e um estilo que redefine o poder feminino no tênis, ela pavimenta o caminho para a próxima geração. Em um mundo volátil, sua lealdade à Bielorrússia e otimismo contagiam. O que 2026 reserva? Mais troféus, sem dúvida. Para fãs, é simples: assistir Sabalenka jogar é ver o tênis em sua forma mais pura e explosiva.