Sebastián Villa: O Colombiano Veloz que Desafia os Gigantes do Futebol Sul-Americano

Sebastián Villa

Sebastián Villa é um daqueles nomes que ecoam nos gramados com uma mistura irresistível de talento puro e polêmicas que marcam época. Nascido em Bello, na Colômbia, em 19 de maio de 1996, o atacante de 29 anos se destaca pela velocidade impressionante, dribles afiados e uma capacidade de decidir jogos que o tornaram ídolo em um dos clubes mais tradicionais da América do Sul: o Boca Juniors. Com 1,79 metro de altura e o pé direito como arma principal, Villa joga preferencialmente pela esquerda, cortando para dentro e surpreendendo goleiros com chutes precisos. Sua trajetória, repleta de títulos e reviravoltas, reflete o futebol sul-americano em sua essência: paixão, glória e controvérsias inevitáveis.

Mas quem é, afinal, esse colombiano que, em 2025, volta a ser alvo de especulações em mercados como o argentino, o brasileiro e até o saudita? Nesta reportagem, mergulhamos na carreira de Villa, desde as raízes humildes até as negociações quentes que podem definir seu futuro. Com atualizações frescas de novembro e dezembro de 2025, exploramos não só os números, mas o impacto humano de um jogador que sonha com a Copa do Mundo de 2026.

As Raízes Colombianas: De Envigado a Tolima

A história de Sebastián Villa começa nas ruas de Bello, uma cidade industrial no departamento de Antioquia, onde o futebol é mais que esporte – é escape e identidade. Filho de uma família modesta, Villa cresceu chutando bola em campos improvisados, inspirado por ídolos como James Rodríguez e Falcao García. Aos 15 anos, ingressou nas categorias de base do Envigado FC, um clube formador de talentos colombianos que já revelou nomes como o próprio James.

Sua estreia profissional veio em 2015, mas foi no Deportes Tolima, para onde se transferiu em 2016, que Villa começou a brilhar de verdade. Com apenas 20 anos, o jovem atacante disputou 47 partidas, marcando oito gols e dando assistências que chamaram atenção de olheiros internacionais. Seu ponto alto na Colômbia foi a conquista da Copa Colômbia em 2014 – sim, ele chegou a tempo de participar da campanha vitoriosa, mesmo sendo um novato no elenco. “Tolima me deu a confiança para sonhar grande”, diria Villa anos depois em uma entrevista ao jornal El Colombiano.

Naquele período, Villa não era só velocidade; ele era visão de jogo. Seus dribles em alta velocidade e cruzamentos precisos o comparavam a um “flecha colombiana”, apelido que grudou nele. Em 2017, com 21 anos, já valia cerca de 2 milhões de euros no mercado, atraindo olhares da Europa e da Argentina. Foi o Boca Juniors, porém, que apostou alto: 4,7 milhões de dólares para tirá-lo de Tolima. Uma jogada que mudaria o destino de ambos.

A Era Dourada no Boca Juniors: Títulos e Ídolo Instantâneo

Chegar ao Boca é como entrar em um caldeirão fervente. Villa desembarcou em Buenos Aires em janeiro de 2018 e, sob o comando de Guillermo Barros Schelotto, demorou pouco para se entrosar. Sua estreia oficial veio contra o River Plate no Superclásico – ironia do destino, seu possível futuro rival. Mas foi na Libertadores de 2018 que ele explodiu: gols decisivos contra Libertad e Palmeiras o transformaram em herói xeneize.

Entre 2018 e 2023, Villa acumulou um currículo invejável: dois títulos argentinos (2019-20 e 2020), duas Copas da Argentina (2019 e 2021), duas Copas da Liga Profissional (2020 e 2022) e uma Supercopa Argentina (2018). Em 138 jogos pelo Boca, marcou 25 gols e deu 18 assistências. Sua velocidade era letal nos contra-ataques, e ele se tornou parceiro ideal de atacantes como Benedetto e Ábila. “Sebastián é um raio pela ponta”, elogiava o técnico Russo em 2019.

Internacionalmente, Villa estreou pela seleção colombiana em setembro de 2018, contra a Venezuela, marcando um gol na vitória por 2-1. Disputou a Copa América de 2019 e 2021, mas lesões e polêmicas o afastaram do ciclo para a Copa de 2022. Ainda assim, com 12 jogos e três gols pela Tricolor, ele sonha com o Mundial de 2026 nos EUA, México e Canadá – um objetivo que guia suas escolhas atuais.

No Boca, Villa não era só números; era paixão. Torcedores cantavam seu nome na Bombonera, e ele retribuía com jogadas de gala. Mas o paraíso temido durou pouco.

Controvérsias: O Fim Turbulento no Boca e a Busca por Justiça

O que eleva astros também os derruba. Em 2021, Villa se envolveu em uma denúncia de violência de gênero por parte de sua ex-namorada, Daniela Cortés. O caso ganhou repercussão mundial, dividindo opiniões na Argentina e Colômbia. Em 2023, a justiça argentina o condenou a dois anos e um mês de prisão em suspenso, por lesão leve e ameaças. Villa sempre negou as acusações mais graves, alegando manipulação, e apelou da decisão.

A polêmica azedou sua relação com o Boca. Em 2023, ele foi afastado do elenco principal, treinando separado enquanto negociava uma saída. Acusando o clube de “demissão indireta”, Villa processou o Boca em julho de 2025, pedindo mais de 236 milhões de pesos argentinos e 2 milhões de dólares em indenizações. “Eles me marginalizaram sem motivo”, declarou em entrevista ao TyC Sports. O litígio ainda tramita, mas marcou o fim de uma era: Villa deixou o Boca sem voltar a jogar.

Buscando recomeço, ele assinou com o Beroe, da Bulgária, em agosto de 2023 – uma passagem curta e discreta, com apenas cinco jogos. Voltou à Argentina em julho de 2024, pelo Independiente Rivadavia, da Primera División, por empréstimo com opção de compra. Ali, longe dos holofotes, Villa reconstruiu sua imagem.

Renascimento no Independiente Rivadavia: Gols, Assistências e Gratidão

O Independiente Rivadavia, de Mendoza, é um clube modesto comparado ao Boca, mas Villa transformou o “Leproso” em uma surpresa do futebol argentino. Chegando em julho de 2024, ele jogou 60 partidas até novembro de 2025, marcando 10 gols e distribuindo 16 assistências. Sua velocidade ajudou o time a evitar o rebaixamento e até sonhar com copas. Destaque para a vitória na Copa Argentina de 2025, onde Villa foi decisivo nas oitavas de final contra o Talleres.

“Eu dei tudo por esses colores”, disse ele ao se despedir do presidente Daniel Vila em novembro de 2025. Apesar do contrato até junho de 2026, Villa confirmou sua saída em 26 de novembro, priorizando um salto maior. O clube pede entre 5 e 15 milhões de dólares por seu passe, valor que reflete sua forma atual: 29 anos, experiente e faminto.

Em campo, Villa mostrou maturidade. Seus dribles continuam afiados – média de 2,5 por jogo, segundo o Opta – e ele se adaptou a um futebol mais coletivo. Fora dele, investiu em filantropia na Colômbia, visitando comunidades em Bello para incentivar jovens atletas. “O futebol me tirou da rua; agora, eu devolvo”, contou ao El Espectador.

Atualizações de 2025: Saída Confirmada e o Furor das Transferências

Dezembro de 2025 traz Villa de volta aos holofotes. Após confirmar a saída do Rivadavia em 26 de novembro, o colombiano viajou para Medellín, onde avalia propostas. Seu agente, Go Pro Sport, gerencia um leque variado: Flamengo e Grêmio, do Brasil, lideram a corrida, atraídos por sua visão de jogo para a Libertadores. “O futebol brasileiro me abre portas para a seleção”, admitiu Villa em entrevista à Rádio Nihuil, citando o Mundial de 2026 como motivação.

Rumores de River Plate agitaram Buenos Aires em novembro – Marcelo Gallardo, técnico do Millonario, teria pedido informações, com o clube de Mendoza cobrando 8 milhões de dólares. Mas fontes próximas desmentiram: “Nada com River; foco no Brasil”, vazou um assessor. Outros interesses vêm da Arábia Saudita, prometendo fortunas, e de Atlético Nacional e Millonarios, na Colômbia, para um retorno às raízes.

No X (antigo Twitter), o burburinho é intenso. Postagens de novembro falam de “Flamengo de olho no colombiano culpado por violência de gênero”, ecoando a condenação de 2023. Mas Villa rebate: “Erros passados me fortaleceram; hoje, sou só futebol”. Sua meta? Voltar à Tricolor de Néstor Lorenzo, que o convocou esporadicamente em 2025. Com a Copa América de 2024 nas costas, ele sabe que precisa brilhar em um grande clube.

Legado e o Horizonte: De Polêmico a Exemplo de Resiliência

Sebastián Villa divide opiniões: para uns, um talento desperdiçado por escândalos; para outros, um guerreiro que renasce das cinzas. Seu legado no Boca é inegável – gols na Bombonera que ainda emocionam. No Rivadavia, provou versatilidade, ajudando um azarão a competir com gigantes.

Olhando adiante, 2026 pode ser o ano da redenção. Um acerto com Flamengo ou Grêmio o colocaria na vitrine da Conmebol, pavimentando o caminho para a Colômbia na Copa. Aos 29, Villa tem gás para mais uma década. “Quero ser lembrado como o cara que nunca desistiu”, confidenciou recentemente.

Em um futebol onde heróis caem e se erguem, Sebastián Villa é o lembrete vivo de que velocidade não é só nos pés – é na vida. Seu próximo capítulo? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: onde quer que vá, levará sua fome de bola e de superação. O sul-americano agradece.

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