Introdução – Manchester City x Bayer Leverkusen
O duelo entre Manchester City x Bayer Leverkusen, disputado em 25 de novembro de 2025 no Etihad Stadium, tinha tudo para ser mais um capítulo previsível da caminhada dos Citizens na Champions League. O City carregava uma invencibilidade impressionante de sete anos jogando em casa na fase de grupos, além do favoritismo natural por atuar diante da sua torcida e por possuir um dos elencos mais fortes da Europa. A atmosfera era de confiança, expectativa e até um certo ar de tranquilidade entre os torcedores que lotaram o estádio.
Mas o que parecia uma noite comum se transformou em um choque. O Leverkusen entrou em campo sem peso, consciente da dificuldade, mas preparado para explorar cada detalhe. A equipe alemã não vive sua melhor temporada doméstica, mas trouxe para a Inglaterra um plano claro: disciplina defensiva, transições rápidas e máximo aproveitamento das oportunidades. E foi exatamente isso que entregou.
O Manchester City, por outro lado, chegou ao jogo com uma das decisões mais ousadas de Pep Guardiola na Champions League. Foram 10 mudanças no time titular, deixando no banco nomes como Haaland, Doku e Foden. A intenção era preservar jogadores após uma sequência dura de jogos na Premier League, mas a estratégia cobrou um preço alto. O time entrou em campo com menor ritmo, menos entrosamento e precisou correr atrás da organização tática que o Leverkusen exibiu desde os primeiros minutos.
O clima no estádio mudou com o gol de Grimaldo. Cresceu a tensão, aumentou a cobrança e a torcida esperou uma resposta imediata. Mas ela não veio. A cada minuto, o Leverkusen ganhava confiança e o City, normalmente dominante, parecia desconectado. A frieza de Schick no segundo gol e as defesas de Flekken completaram uma noite que ficará marcada tanto como um feito histórico para os alemães quanto como um golpe inesperado para os ingleses.
Esse resultado não foi apenas um tropeço. Ele mexe com o grupo, mexe com o planejamento e principalmente com a confiança do City, que agora precisa lidar com pressão real pela liderança e por uma vaga tranquila nas oitavas. Já para o Leverkusen, o triunfo é mais do que três pontos: é combustível emocional, é afirmação e é a prova de que, com estratégia clara, é possível derrubar gigantes.
Pré-jogo – Expectativas, rotações e riscos para o City
As escolhas de Guardiola e os riscos da rotação
Pep Guardiola entrou em campo com uma surpresa: realizou 10 mudanças na escalação em comparação ao time que havia atuado contra o Newcastle no fim de semana. Entre os poupados estavam nomes de peso como Erling Haaland, Phil Foden e Jeremy Doku.
A explicação girava em torno de descanso e gestão de elenco para a maratona de jogos. Mas escalar um time tão modificado em uma Champions League, e ainda dentro de casa, representou um grande risco. O risco não era apenas físico, mas de entrosamento, ritmo e intensidade.
Em contrapartida, o Bayer Leverkusen encarava o jogo como uma chance de afirmação. Apesar de não estar vivendo seus melhores dias na Bundesliga, o clube vinha com moral renovada e apostava na eficiência defensiva e nas transições rápidas. A equipe sabia que o City poderia “dar espaços” — e planejou explorar cada um deles.
Taticamente, o Leverkusen era claro: compactar, fechar linhas, evitar pressão alta dos Citizens e apostar nos contra-ataques e nas arrancadas com velocidade. Com esse cenário, estava tudo pronto para uma possível surpresa — se conseguissem suportar a pressão.
A partida – Dinâmica em campo, gols e reações Manchester City x Leverkusen
Primeiro tempo – Controle do City sem efetividade, Leverkusen letal
Nos minutos iniciais, o Manchester City buscou impor seu estilo. A bola circulava, a posse era majoritária, e a expectativa era de ataques constantes. Mesmo assim, a primeira chance clara nasceu de um erro defensivo: aos 23 minutos, Christian Kofane fez o lançamento da direita para a área, e Álex Grimaldo bateu de pé esquerdo para abrir o placar para o Leverkusen.
A surpresa no estádio foi grande. O City, apesar de dominar, sentiu o golpe. O Leverkusen recuou e passou a explorar os contra-ataques. Com marcação compacta e transições rápidas, a equipe alemã conseguiu frear o ímpeto ofensivo dos Citizens.
No fim do primeiro tempo, o City ainda teve uma oportunidade com Tijjani Reijnders — bom chute, mas defesa segura de Mark Flekken. Mesmo com 55% de posse e várias finalizações, o time não conseguiu igualar antes do intervalo.
Foi um primeiro tempo com claro domínio territorial do City, mas quase nenhum dano real. Do outro lado, o Leverkusen foi eficiente e mortal.
Segundo tempo – Reações tardias, mas Leverkusen mata na efetividade
No intervalo, Guardiola tentou reagir. Entraram Phil Foden, Jérémy Doku e Nico O’Reilly para dar mais criatividade e velocidade. Mas aos 54 minutos, o Leverkusen matou o jogo: Ibrahim Maza cruzou na medida, e Patrik Schick testou firme para o gol — 2–0.
A partir dali, o City se lançou à frente, com a entrada de Erling Haaland aos 65 minutos junto a Rayan Cherki. A pressão aumentou, mas as chances reais não vieram. Flekken fez defesas importantes e manteve a sua meta intacta.
O Leverkusen seguiu com disciplina: não recuou completamente, mas soube administrar a vantagem, marcando forte e reposicionando-se a cada investida adversária. A organização defensiva e a frieza nas saídas foram decisivas.
Quando o apito final soou, o Etihad calou. O 0–2 era mais do que um placar — era um recado.
Estatísticas do confronto – Manchester City x Leverkusen
| Estatística | Manchester City | Bayer Leverkusen |
|---|---|---|
| Posse de bola | 55 % | 45 % |
| Finalizações totais | 19 | 7 |
| Finalizações no alvo | 7 | 2 |
| Escanteios | 9 | 3 |
| Defesas do goleiro adversário | — | 9 (Mark Flekken) |
| Expected Goals (xG) estimado | 1.84 (para o City) | – |
| Gols | 0 | 2 (Grimaldo 23′, Schick 54′) |
| Público | 50.592 torcedores |
Esses números mostram bem o contraste: o City teve domínio, volume e chances, mas não conseguiu convertê-las. O Leverkusen, com bem menos, foi eficiente — e contou com um goleiro em noite inspirada.
O que pesou para a vitória do Leverkusen — e a queda do City
Organização tática e transições bem executadas
O Leverkusen soube aproveitar os espaços deixados pela rotação do City. A compactação defensiva, as linhas próximas e a saída rápida em transições foram determinantes para o primeiro gol. Após abrir o placar, o time se fechou de forma inteligente e buscou espaços — o que resultou no segundo gol.
Eles não se intimidaram. A postura foi de quem acreditava no plano: não arriscar tudo, mas esperar pacientemente pela brecha. Quando ela surgiu, mataram o jogo com frieza.
Goleiro em destaque: Mark Flekken e a muralha Leverkusen
Mark Flekken foi um dos heróis da partida. Com nove defesas, ele impediu a reação do City e garantiu o clean sheet. Mesmo diante de muitas finalizações, ordens ofensivas e pressão intensa, ele se manteve firme, concentrado e fez a diferença.
A confiança defensiva aliada a uma saída eficiente nos contra-ataques deu ao Leverkusen a sobriedade necessária para controlar o duelo.
O erro estratégico do City: a rotação como fraqueza
A decisão de Guardiola de rodar praticamente todo o time foi um risco que se pagou caro. A falta de entrosamento, ritmo e presença ofensiva fez com que o City parecesse uma equipe “quase”.
Quando o gol não saiu cedo, a ansiedade tomou conta. As entradas de Foden, Doku e Haaland não foram suficientes. A equipe perdeu coesão. A pressão alta, característica habitual do City, falhou. Isso expôs a fragilidade do modelo quando não se tem a base do time principal.
A derrota não foi apenas um tropeço — foi um aviso.
Consequências para a Champions e o futuro das equipes – Manchester City x Leverkusen
-
Com a derrota, o Manchester City chega a 10 pontos em cinco jogos, complicando sua liderança no grupo.
-
Para o Leverkusen, a vitória representa um respiro e um impulso moral. O clube alemão demonstra que pode competir — e vencer — mesmo fora de temporada de glória, desde que mantenha o foco e a disciplina.
-
Para o City, a lição é clara: na Champions League, não há espaço para subestimações, rodízios arriscados ou improvisos. Cada jogo exige intensidade, coesão e respeito ao adversário.
-
Nos próximos jogos, o City precisará recalibrar a estratégia, possivelmente retornando à base principal. A margem de erro diminuiu.
Vídeo recomendado – Manchester City x Leverkusen
Manchester City x Leverkusen 0–2 – melhores momentos e gols
Conclusão – Manchester City x Leverkusen
A derrota por 0–2 do Manchester City para o Bayer Leverkusen no Etihad Stadium é mais que um resultado inesperado. É um aviso. Mostrou que talento e posse de bola, por si só, não garantem sucesso — especialmente quando a estrutura de jogo, entrosamento e estratégia falham.
O City pareceu desconectado, lento e sem inspiração. A rotação, ao invés de renovar, enfraqueceu. A falha não foi de mentalidade ou de esforço — foi de planejamento.
Para o Leverkusen, o triunfo representa esperança e confiança. Mostra que, com trabalho duro, organização tática e eficácia, é possível competir com gigantes.
Para os torcedores, a mensagem é clara: na Champions, não existe moleza. Favores não são dados — são conquistados. E o City acaba de pagar o preço por subestimar um adversário que fez o dever de casa.
Se você curte análises profundas da Champions, fique ligado. O que aconteceu esta semana pode definir muito do que virá pela frente.
Quer acompanhar mais análises, resultados e notícias do futebol europeu e mundial?
Confira nossa seção completa de Futebol Internacional e fique por dentro das principais ligas e competições.
FAQs – Perguntas Frequentes sobre Manchester City x Leverkusen
-
Qual foi o resultado final do jogo?
O Bayer Leverkusen venceu o Manchester City por 2–0 no Etihad Stadium. -
Quem marcou os gols do Leverkusen?
Álex Grimaldo marcou aos 23 minutos, e Patrik Schick ampliou aos 54 minutos. -
Quantas alterações o Guardiola fez no time titular?
O técnico fez 10 mudanças em relação à última escalação, poupando vários titulares como Haaland, Foden e Doku. -
Por que o Leverkusen conseguiu vencer mesmo com menos posse e finalizações?
Porque foi eficiente, paciente e contou com transições rápidas. Além disso, Mark Flekken fez defesas decisivas e protegeu a vantagem. -
Quantas finalizações o City teve? E quantas no alvo?
O City finalizou 19 vezes, sendo 7 no alvo. Mesmo assim, não balançou as redes. -
Como a derrota afeta a situação do City no grupo?
A derrota deixa o City com 10 pontos em cinco jogos, o que complica sua liderança e torna as próximas partidas decisivas. -
Quem se destacou no Leverkusen?
O goleiro Mark Flekken foi eleito o melhor da partida, com diversas defesas importantes. Também se destacaram Grimaldo, Maza e Schick. -
Esse resultado coloca o City fora da Champions?
Não necessariamente. Mas a margem de erro diminuiu. O time precisará mostrar seriedade e foco nas próximas rodadas. -
O que a derrota revela sobre a gestão de elenco do City?
Que rotação em excesso pode fragilizar o time — especialmente em competições onde entrosamento e ritmo são determinantes. -
O Leverkusen pode usar essa vitória como impulso para a sequência da Champions?
Sim. A vitória dá moral, reforça confiança e mostra que o time pode competir — mesmo longe de uma grande fase. -
Quais lições o City deve tirar deste jogo?
Que cada partida na Champions exige compromisso máximo. Relaxamento, rodízios arriscados ou subestimação de adversários podem custar caro. -
A defesa do Leverkusen foi o grande diferencial?
Sim. A organização defensiva, disciplina e frieza nas transições foram cruciais. E contar com um goleiro inspirado fez toda a diferença.