Valentín Castellanos: A Jornada de um Atacante Argentino na Elite do Futebol

Valentín Castellanos

Valentín Castellanos, mais conhecido como Taty, é um daqueles jogadores que carregam a paixão argentina no peito e transformam cada partida em uma oportunidade de brilhar. Nascido em 3 de outubro de 1998, em Mendoza, na Argentina, esse jovem de 27 anos se destaca como um centroavante habilidoso, com faro de gol apurado e uma capacidade impressionante de se adaptar a diferentes ligas. Sua carreira, marcada por conquistas no continente americano e desafios na Europa, reflete a determinação de um atleta que saiu cedo de casa para construir seu nome no mundo da bola. Hoje, vestindo a camisa da Lazio, na Série A italiana, Castellanos continua a evoluir, mesmo enfrentando lesões recentes e rumores de transferências que agitam o mercado.

Com uma altura de 1,79 metro e um físico ágil, Taty combina força física com inteligência tática. Seu apelido “Taty” vem da infância, um carinho familiar que o acompanha desde os primeiros chutes na terra batida de Mendoza. Filho de um pai chileno naturalizado, ele poderia ter optado pela seleção andina, mas escolheu defender a Albiceleste, o que diz muito sobre suas raízes. Sua história não é só de gols, mas de superação: de academias sul-americanas a estádios lotados na Itália, Castellanos prova que o talento, quando aliada à persistência, pode levar longe.

Os Primeiros Passos: Da Argentina ao Chile e Uruguai

A trajetória de Castellanos começou nas categorias de base de clubes locais em Mendoza, como o Villa Nueva e o Independiente Rivadavia. Aos 16 anos, em 2015, ele deu um salto ousado: mudou-se para Santiago, no Chile, para integrar a academia da Universidad de Chile. Foi ali que o menino de interior começou a se transformar em profissional. Em 2017, estreou pelo time principal na Copa Sul-Americana, entrando aos 14 minutos contra o Corinthians, em um jogo que marcou sua entrada no radar do futebol continental.

Mas o verdadeiro polimento veio no Uruguai. Cedido por empréstimo ao Club Atlético Torque, da segunda divisão uruguaia, Taty ajudou o time a conquistar o título e a promoção à elite. Em 11 jogos, marcou dois gols, mostrando versatilidade e faro aguçado. No ano seguinte, já fixado no Torque, disputou a Primera División, adaptando-se ao ritmo mais físico do futebol charrua. Esses anos iniciais foram fundamentais: aprenderam a lidar com a pressão de ser estrangeiro, a importância da consistência e o valor de contribuir para um coletivo em ascensão.

Em 2018, uma oportunidade dourada surgiu nos Estados Unidos. O New York City FC, do grupo City Football, o levou por empréstimo da MLS. Aos 19 anos, Castellanos pisou em Nova York, uma cidade que pulsa como nenhum outro lugar. Seus primeiros oito jogos renderam um gol, mas foi o suficiente para convencer os dirigentes a investir de vez. A partir de 2019, ele se tornou peça chave no esquema de Patrick Vieira, misturando juventude com maturidade precoce.

Explosão no MLS: O Rei dos Gols em Nova York

O período no New York City FC foi o trampolim que lançou Taty para a fama internacional. Entre 2019 e 2022, ele disputou 101 partidas na liga regular, anotando impressionantes 49 gols – uma média que o coloca entre os artilheiros mais letais da história recente da MLS. Sua temporada de 2021 foi lendária: 19 gols em 32 jogos, conquistando a Chuteira de Ouro da liga, desempatando no critério de assistências contra o compatriota Ola Kamara.

Castellanos não era só números; ele era espetáculo. Em agosto de 2021, foi eleito o melhor jogador do mês, com hat-tricks que enlouqueciam a torcida no Yankee Stadium. Naquele ano, ajudou o NYCFC a erguer a MLS Cup, vencida nos pênaltis contra o Portland Timbers – e Taty converteu o primeiro chute decisivo. Duas vezes eleito o melhor do mês pelo clube, ele se tornou ídolo em uma cidade que não perdoa mediocridade.

A pandemia de 2020 testou sua resiliência: com apenas 22 jogos, fez seis gols, mas usou o tempo para aprimorar sua forma física. Em 2022, mesmo com lesões, cravou 13 gols em 17 partidas. Sua saída para a Europa, em 2023, foi um adeus emocionante: vendido ao Girona por empréstimo, mas com o City Group de olho em seu potencial. Na La Liga, em 35 jogos, marcou 13 gols, provando que o salto para o Velho Continente não o intimidava. Seu estilo – movimentação constante, cabeceios precisos e finalizações frias – encaixou perfeitamente no futebol espanhol, onde ajudou o Girona a uma campanha surpreendente.

A Aventura na Itália: Desafios e Brilhos na Lazio

Em julho de 2023, Castellanos trocou a Catalunha pela Roma eterna. A Lazio pagou uma quantia não divulgada ao NYCFC para trazê-lo de volta à órbita do City Group, apostando em seu instinto goleador para reforçar o ataque de Maurizio Sarri. Nos primeiros anos, a adaptação foi gradual: 70 jogos e 16 gols até outubro de 2025, números sólidos, mas aquém do esperado em um time ambicioso como o biancoceleste.

A temporada 2024-25 foi de altos e baixos. Taty contribuiu com gols importantes na Coppa Italia e na Europa League, mas lesões recorrentes o tiraram de ritmo. Em 2025-26, porém, ele começou voando: até o início de novembro, acumulou 430 minutos em campo, com dois gols em seis partidas da Série A. Destaque para o jogo contra o Genoa, em setembro, onde “correu o show”, como disseram os jornais italianos, marcando e assistindo na vitória por 3 a 0.

Infelizmente, o mês de novembro trouxe uma sombra. No dia 9, uma lesão muscular no músculo posterior da coxa o deixou fora por até oito semanas, segundo o Sky Sport Italia. Isso significa ausência em jogos cruciais contra Roma e outros rivais, forçando a Lazio a repensar o ataque. Apesar disso, sua média de xG (gols esperados) de 1,64 em 12 chutes mostra que a eficiência está lá – só falta a saúde plena. Aos 27 anos, Castellanos ainda tem margem para crescer na Itália, onde o futebol exige mais do que só gols: exige presença constante.

A Camisa da Albiceleste: Sonhos Olímpicos e Estreia na Maior

Representar a Argentina é o orgulho de qualquer mendocino. Castellanos começou pela seleção olímpica em 2019, jogando oito partidas no Pré-Olímpico de 2020, que rendeu a vaga para Tóquio – embora a pandemia tenha alterado planos. Sem gols, mas com contribuições defensivas valiosas, ele ajudou a conquistar a medalha.

O salto para a seleção principal veio tarde, em agosto de 2024, convocado por Lionel Scaloni para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Estreou em setembro contra o Chile, entrando no segundo tempo de uma vitória por 3 a 0. Com dois jogos e nenhum gol até novembro de 2025, Taty ainda busca seu primeiro tento pela maior. Mas estar no elenco que carrega dois títulos mundiais é motivação extra. “É um sonho que se realiza a cada dia”, disse ele em entrevista recente, destacando a influência de Messi e companhia.

Rumores e o Horizonte: Onde Taty Pode Ir em 2026?

O mercado de transferências não para, e Castellanos está no centro das atenções. Em julho de 2025, o Flamengo avançou em negociações para levá-lo ao Brasil, atraído pelo estilo ofensivo do Mengão. Mas o negócio esfriou, e em agosto-setembro, Taty admitiu interesse em voltar à América do Sul. Em outubro, porém, a maré virou para a Premier League: Everton e West Ham sondaram, com a Lazio aberta a vender por 30-35 milhões de euros em janeiro de 2026, visando reforços.

A lesão recente pode frear propostas, mas analistas veem Taty como peça ideal para ligas mais físicas, como a inglesa. Seu valor de mercado, em torno de 25 milhões de euros, reflete um jogador versátil: pode ser titular ou opção de luxo. Girona, ex-clube, também manifestou interesse, mas a decisão cabe ao argentino. “Quero jogar onde possa crescer e ser feliz”, comentou ele, priorizando minutos em vez de glamour.

Legado em Construção: Por Que Castellanos Importa

Valentín Castellanos não é só estatísticas; é a história de um garoto de Mendoza que cruzou oceanos para provar seu valor. De torque em Montevidéu a luzes de Roma, ele incorpora o futebol sul-americano: criativo, resiliente e imprevisível. Seus 49 gols na MLS, 13 na La Liga e contribuições na Série A somam mais de 80 tentos na carreira profissional, sem contar troféus como a MLS Cup e a promoção uruguaia.

No contexto atual, com a lesão de novembro de 2025 o desafiando, Taty tem chance de voltar mais forte. Seja na Lazio, no Flamengo ou em Londres, sua jornada inspira jovens atacantes: o sucesso vem do suor, não do hype. Aos 27, ele está no auge para uma década brilhante. E quem sabe, em 2026, não o vemos erguendo a Copa do Mundo pela Argentina? Por enquanto, torcemos pela recuperação – porque futebol sem jogadores como Castellanos perde um pouco da magia.