Introdução
Gustavo Adolfo Costas Makeira, conhecido simplesmente como Gustavo Costas, é uma figura icônica no futebol argentino. Nascido em 28 de fevereiro de 1963, em Buenos Aires, ele construiu uma carreira impressionante tanto como jogador quanto como treinador. Com mais de 60 anos de idade em 2025, Costas continua a demonstrar paixão e dedicação ao esporte que ama. Sua trajetória está profundamente ligada ao Racing Club, onde começou como menino e agora, em sua terceira passagem como técnico, busca novos capítulos de glória. Este artigo explora a vida, os desafios e as conquistas de um homem que personifica a essência do futebol sul-americano, com ênfase nas atualizações mais recentes de sua carreira até outubro de 2025.
Costas não é apenas um nome no mundo do futebol; ele representa resiliência, lealdade e uma visão tática afiada. De zagueiro central robusto a comandante estratégico, sua jornada passou por clubes de diversos países, acumulando títulos e experiências que o tornam um dos treinadores mais respeitados da América do Sul. Em um ano marcado por intensas competições continentais, como a Copa Libertadores, Costas e seu Racing Club estão no centro das atenções.
Início da Vida e Formação
Infância em Buenos Aires
Gustavo Costas cresceu nas ruas de Buenos Aires, uma cidade onde o futebol é mais do que um esporte – é uma forma de vida. Filho de uma família modesta, ele descobriu sua paixão pelo jogo ainda criança, jogando nas escolinhas de bairro. Aos 10 anos, ingressou nas categorias de base do Racing Club, o time de coração de sua família. “O Racing era tudo para mim desde pequeno”, recordou Costas em uma entrevista recente. Essa conexão precoce moldou seu caráter competitivo e sua compreensão profunda do que significa vestir a camisa de um grande clube.
Sua infância não foi isenta de obstáculos. Uma fratura no braço aos 3 anos de idade, revelada publicamente em outubro de 2025 durante uma partida contra o Flamengo, pela Copa Libertadores, chamou atenção pela forma como ele gesticulava com vigor apesar da sequela. Essa lesão precoce, que afetou o crescimento de seu braço direito, serviu como lição de superação. Costas aprendeu cedo a lidar com a dor física e emocional, valores que carregaria para o campo.
Primeiros Passos no Futebol Organizado
Aos 15 anos, Costas já se destacava nas divisões inferiores do Racing. Seu físico imponente – 1,84 metro de altura – e sua leitura de jogo o tornaram um zagueiro promissor. Treinadores da base notavam sua liderança natural, sempre incentivando companheiros mais jovens. Em 1981, aos 18 anos, ele estreou no time profissional do Racing, em um clássico contra o Independiente. Aquela partida, embora terminasse em derrota, marcou o início de uma era para o jovem defensor.
Durante os anos iniciais, Costas equilibrou estudos e futebol, cursando o ensino médio em uma escola pública de Avellaneda. Ele sempre enfatizou a importância da educação, aconselhando jovens jogadores a não negligenciarem os livros. Essa base sólida o preparou não só para os gramados, mas para a vida além deles.
Carreira como Jogador
Estreia e Ascensão no Racing Club
A carreira de Costas como jogador foi dominada pelo Racing Club, onde passou 12 temporadas em dois períodos. De 1981 a 1989, ele se consolidou como titular absoluto. Em 1985, após uma grave lesão no joelho que o afastou durante a controversa rebaixamento do clube à Segunda Divisão, Costas retornou como capitão e líder na campanha de promoção de volta à elite. Sua garra inspirou o time, que subiu invicto.
O auge veio em 1988, com a conquista da Supercopa Libertadores, o primeiro título internacional do Racing em 21 anos. Costas, com sua marcação implacável, foi fundamental na final contra o Peñarol, do Uruguai. No ano seguinte, veio a Supercopa Interamericana, batendo o Nacional, do Uruguai. Em 337 jogos pelo Racing nesse período, ele marcou nove gols, tornando-se o jogador com mais partidas na era profissional do clube.
Experiências no Exterior e Retorno
Em 1989, buscando novos desafios, Costas rumou à Suíça para defender o FC Locarno. Lá, jogou 45 partidas e anotou três gols entre 1989 e 1992, adaptando-se ao futebol europeu mais disciplinado. A experiência o amadureceu taticamente, mas o chamado do Racing era irresistível. Ele voltou em 1992, permanecendo até 1996, ajudando o time a se manter competitivo na Primera División.
Sua última etapa como jogador foi no Gimnasia y Esgrima de Jujuy, em 1996 e 1997, onde disputou 34 jogos e marcou um gol. Aos 34 anos, pendurou as chuteiras, deixando um legado de 416 partidas na elite argentina e uma reputação de zagueiro leal e combativo. Costas nunca representou a seleção argentina principal, mas sua ausência se deveu mais a escolhas táticas dos técnicos da época do que a falta de qualidade.
Transição para o Treinador
Primeiros Passos nas Categorias de Base
Aposentado em 1997, Costas não demorou a voltar ao futebol. Em 1998, assumiu as categorias de base do Racing Club, onde formou talentos como o futuro ídolo Diego Milito. Sua abordagem era holística: além da técnica, enfatizava disciplina e psicologia de grupo. “O futebol é 90% mental”, costuma dizer. Essa fase o preparou para o salto ao profissional.
Em dezembro de 1998, ele foi nomeado co-técnico do time principal ao lado de Humberto Maschio, uma lenda do futebol argentino. Juntos, gerenciaram 50 jogos até maio de 2000, com 14 vitórias. Apesar do desligamento após uma derrota para o Lanús, a experiência solidificou sua vocação.
Desafios Iniciais e Lições Aprendidas
Os primeiros anos como treinador solo trouxeram altos e baixos. Em 2001, assumiu o Club Guaraní, no Paraguai, onde comandou 62 partidas e conquistou 25 vitórias. Renunciou em 2003 após desentendimentos com a diretoria, mas levou consigo lições sobre gestão de egos em vestiários multiculturais.
Esses tropeços iniciais forjaram o Costas resiliente. Ele aprendeu a equilibrar paixão com pragmatismo, uma marca que o acompanharia em carreiras longas em países como Peru, Paraguai e Colômbia.
Carreira como Treinador: Uma Jornada Global
Sucessos no Peru e Paraguai
A virada veio em 2003, no Alianza Lima, do Peru. Em sua primeira temporada, venceu o Clausura e a final da Primera División contra o Sporting Cristal. Em 2004, levou o Apertura e outra taça nacional. Gerenciou 94 jogos no primeiro ciclo, com 54 vitórias. Retornou de 2008 a 2011, chegando à final do Torneo Descentralizado em 2009.
No Paraguai, brilhou no Cerro Porteño de 2004 a 2007. Conquistou os Apertura e Clausura de 2005, tornando o clube campeão nacional. Em 117 jogos, obteve 67 triunfos, renunciando após atritos com o presidente. Em 2007-2008, no Olimpia, gerenciou 29 partidas com nove vitórias, saindo após uma goleada.
Aventuras no Oriente Médio e Equador
Em 2011, Costas experimentou o futebol árabe no Al Nassr, da Arábia Saudita, com 10 jogos e quatro vitórias. A passagem foi curta, mas enriquecedora culturalmente. No Equador, de 2012 a 2013, no Barcelona SC, alcançou o auge: título da Serie A em 2012, com classificação para a Copa Libertadores. Em 76 jogos, 33 vitórias, mas saiu após maus resultados.
Conquistas na Colômbia e México
Na Colômbia, pelo Independiente Santa Fe, de 2014 a 2015 e 2016 a 2017, ganhou a Finalización de 2014, a Suruga Bank de 2016, outra Finalización e a Superliga de 2017. Total: 135 jogos, 66 vitórias. No México, no Atlas de 2015-2016, foram 21 partidas e quatro triunfos, uma fase de aprendizado.
De volta ao Paraguai em 2019-2021, no Guaraní, comandou 100 jogos com 49 vitórias. No Chile, pelo Palestino em 2021-2022, 32 jogos e 13 sucessos.
Seleção Boliviana e Retorno ao Racing
Em 2022-2023, assumiu a seleção boliviana, mas saiu após 10 jogos e uma vitória, em meio às eliminatórias para a Copa do Mundo. Em dezembro de 2023, voltou ao Racing Club pela terceira vez. Desde então, revolucionou o time: em 103 jogos até outubro de 2025, 58 vitórias, taxa de 56%.
Atualizações Recentes: Temporada 2025
A Conquista da Recopa Sudamericana
O ano de 2025 começou com glória para Costas e o Racing. Em fevereiro, na Recopa Sudamericana, enfrentaram o Botafogo, campeão da Libertadores 2024. Após empate na ida, venceram por 2-1 na volta, no Cilindro de Avellaneda, com gols de Adrián Martínez e Roger Martínez. Foi o primeiro título da Recopa para o Racing, consolidando Costas como herói.
Desafios na Liga Argentina e Copa Libertadores
Na Liga Argentina, o Racing oscilou, terminando o Apertura em quarto lugar, com Costas admitindo frustrações em entrevistas. “Precisamos de consistência”, disse após uma derrota para o River Plate em setembro. No entanto, a equipe se recuperou, somando vitórias chave contra Boca Juniors e Independiente.
O ponto alto de outubro de 2025 foi a semifinal da Copa Libertadores contra o Flamengo. Na ida, em 22 de outubro, no Maracanã, o Racing perdeu por 1-0, gol de Pedro. Costas, com o braço direito enfaixado – revelando a fratura de infância –, gesticulava intensamente, chamando atenção da imprensa. Na volta, em 29 de outubro, no Cilindro lotado com 60 mil torcedores, o Racing empatou em 1-1 (gol de Martínez), mas caiu nos pênaltis por 4-3. Costas elogiou a garra de seus jogadores: “Demos tudo, e isso nos fortalece para o futuro”.
Impacto no Clube e Perspectivas
Sob Costas, o Racing se tornou “La Academia” revivida, com foco em jovens como Juan Nardoni e veteranos como Gabriel Rojas. Em uma coletiva em 28 de outubro de 2025, ele anunciou reforços para 2026, incluindo rumores de interesse em jogadores brasileiros. Sua taxa de vitórias subiu para 58% em 2025, e o clube planeja uma estátua em sua homenagem.
Estilo de Treinamento e Legado
Filosofia Tática
Costas prefere o 4-3-3 ofensivo, com ênfase em transições rápidas e pressão alta. “O futebol é equilíbrio entre defesa sólida e ataque letal”, explica. Seus times são conhecidos pela intensidade, inspirada em sua época de zagueiro. Ele integra análise de vídeo e psicologia, criando laços fortes com atletas.
Conquistas e Honrarias
Como jogador: Supercopa Libertadores (1988) e Interamericana (1989). Como treinador: Títulos no Peru (2003, 2004), Paraguai (2005), Equador (2012), Colômbia (2014, 2016, 2017), e com o Racing: Copa Sudamericana (2024) e Recopa (2025). São 475 vitórias em 1.006 jogos, uma marca de 47%.
Influência no Futebol Sul-Americano
Costas influenciou gerações, formando treinadores em suas bases. Sua lealdade ao Racing – jogador, técnico em três passagens – o torna símbolo de identidade clubística. Em 2025, foi indicado ao Hall da Fama da Conmebol por sua contribuição continental.
Vida Pessoal
Família e Interesses
Casado com sua esposa argentina há 35 anos, Costas tem dois filhos, um deles auxiliar técnico em clubes menores. Fora do campo, adora ler biografias de líderes e praticar golfe. Ele é fluente em espanhol, inglês e português básico, facilitando passagens por Brasil e Paraguai.
Em outubro de 2025, revelou em uma entrevista ao jornal Olé sua luta contra o estresse pós-jogos, praticando meditação. “O futebol me deu tudo, mas exaure. A família é meu refúgio”.
Contribuições Sociais
Costas apoia fundações para crianças carentes em Avellaneda, usando sua imagem para arrecadar fundos. Em 2024, organizou um jogo beneficente que angariou recursos para escolas de futebol em bairros pobres.
Conclusão
Gustavo Costas é mais do que um treinador; é a personificação da perseverança no futebol. De menino em Buenos Aires a comandante do Racing na busca por glórias continentais, sua jornada inspira. Em 2025, apesar da eliminação na Libertadores, sua Recopa e a revitalização do clube garantem um legado eterno. Com o futuro promissor, Costas continua a escrever história, provando que, no futebol, a paixão nunca envelhece.