Introdução
Giuliano Simeone Baldini é um nome que vem ganhando cada vez mais destaque no universo do futebol. Nascido em 18 de dezembro de 2002, em Roma, na Itália, o jovem atacante argentino carrega no sangue a paixão pelo esporte, herdada de uma família lendária. Filho do icônico técnico Diego Simeone, atual comandante do Atlético de Madrid, Giuliano representa a nova geração de talentos que misturam garra, técnica e determinação. Com apenas 22 anos, ele já acumula experiências em clubes europeus de peso e convocações para a seleção argentina, mostrando que o apelido “Cholito” – diminutivo carinhoso dado por seu pai – esconde um guerreiro em campo.
Este artigo mergulha na trajetória de Giuliano Simeone, desde seus primeiros chutes na bola até os momentos mais recentes de brilho no gramado. Vamos explorar sua infância, os passos iniciais nas categorias de base, as conquistas profissionais e os desafios superados. Com uma altura de 1,73 metro e jogando preferencialmente como ponta direita ou centroavante, Giuliano combina velocidade, precisão nos chutes e uma inteligência tática impressionante. Sua jornada não é só de vitórias, mas de superação, como a lesão grave que enfrentou em 2023. Até outubro de 2025, ele já soma mais de 160 jogos e 40 gols em sua carreira, provando que o legado familiar é apenas o ponto de partida para uma história própria.
Infância e Família: As Raízes de um Talento
A vida de Giuliano Simeone começou em um cenário improvável para um futuro craque argentino: Roma, Itália. Seu pai, Diego Simeone, estava no auge da carreira como jogador da Lazio na época, e foi lá que, em dezembro de 2002, nasceu o caçula da família. Mas o destino logo o levou de volta às raízes sul-americanas. Aos quatro anos, Giuliano retornou à Argentina com a mãe, Carolina Baldini, e os irmãos mais velhos, Giovanni e Gianluca, também jogadores profissionais. Essa mudança marcou o início de uma infância dividida entre o amor pelo futebol e a ausência ocasional do pai, que seguia sua carreira na Europa.
Na Argentina, Giuliano cresceu em um ambiente familiar onde o futebol era mais que um esporte: era uma tradição. Diego, mesmo distante, incentivava os filhos a treinar incansavelmente. “Meu pai sempre me disse que o futebol é 90% esforço e 10% talento”, contou Giuliano em uma entrevista anos depois. A família Simeone é unida pelo esporte – Giovanni joga na Fiorentina, Gianluca no Pisa, e até o irmão mais velho, Mauro, tem laços com o mundo da bola. Mas Giuliano, o mais novo, sempre se destacou pela determinação. Ele frequentava as peladas de rua em Buenos Aires e sonhava em seguir os passos do pai, mas com seu próprio estilo.
Aos oito anos, já chamava atenção nos treinos amadores. Sua mãe, uma presença constante, equilibrava a rigidez do pai com carinho, garantindo que Giuliano tivesse uma infância normal além dos campos. Essa base familiar forte foi crucial para lidar com a pressão de carregar o sobrenome Simeone. Em casa, as conversas giravam em torno de táticas, gols e lições de vida. Diego, mesmo ocupado com o Atlético de Madrid, viajava para ver os jogos dos filhos e enviava vídeos de análise. Essa conexão profunda moldou o caráter de Giuliano, transformando-o em um jogador resiliente, pronto para os desafios do futebol profissional.
Início da Carreira nas Categorias de Base: Dos Sonhos ao River Plate
O primeiro passo formal de Giuliano no futebol veio no River Plate, um dos gigantes argentinos. Aos quatro anos, logo após voltar da Itália, ele entrou nas escolinhas do clube de Núñez. O River, com sua academia famosa por revelar talentos como Di María e Enzo Fernández, foi o berço perfeito. Giuliano jogava como atacante, marcando gols com uma facilidade que impressionava os olheiros. “Ele tinha uma fome de bola que eu nunca vi em uma criança tão pequena”, lembrou um ex-treinador das bases.
Nos anos iniciais, Giuliano se destacou nas categorias sub-10 e sub-12, onde sua velocidade e faro de gol o tornavam indispensável. Ele participava de torneios regionais, como a Copa Rivalesca, e já era comparado ao pai pela intensidade em campo. Mas a vida mudou em 2019, aos 16 anos. Uma oportunidade surgiu no Atlético de Madrid, o clube onde Diego era técnico. O River tentou retê-lo, mas como não havia contrato profissional assinado, a FIFA aprovou a transferência. Foi um momento agridoce: deixar a Argentina para se juntar ao time juvenil colchonero significava trocar o sol de Buenos Aires pelo rigor da capital espanhola.
Em Madri, Giuliano se adaptou rapidamente. Ele ingressou no time Juvenil A, a principal categoria de base do Atlético, e começou a brilhar. Na temporada 2019-2020, marcou 15 gols em 25 jogos, ajudando o time a chegar às semifinais do campeonato nacional juvenil. Sua técnica refinada, herdada dos treinos com o pai, misturava dribles curtos e finalizações precisas. Companheiros o descreviam como “um líder silencioso”, sempre motivando o grupo. Esses anos de formação foram fundamentais: ele aprendeu o estilo “cholista” – intenso, coletivo e incansável – que define o Atlético de Diego Simeone.
Estreia Profissional: O Salto para o Mundo Adulto
A transição para o profissional veio em 2021, com a estreia pelo Atlético de Madrid B, o time reserva que disputava a Segunda Divisão B espanhola. Em 17 de janeiro daquele ano, contra o UD Poblense, Giuliano entrou em campo e marcou o gol de abertura em um empate por 1 a 1. Foi um marco: aos 18 anos, ele mostrava que estava pronto para o nível sênior. Naquela temporada, anotou quatro gols em 15 partidas, apesar do rebaixamento do time.
O ano de 2021 foi de consolidação. Após a pré-temporada com o elenco principal – onde treinou ao lado de estrelas como Griezmann e Suárez –, ele voltou ao B, agora na Tercera División RFEF. Lá, explodiu: entre novembro e dezembro, marcou oito gols em 11 jogos. No total, pelo time reserva, Giuliano disputou 51 partidas e balançou as redes 29 vezes. Sua performance chamou atenção do pai, que o incluiu em treinos do time de cima. “Ele tem o fogo que precisamos”, disse Diego em uma coletiva.
A estreia absoluta pelo Atlético principal veio em 20 de abril de 2022, em um empate sem gols contra o Granada, na La Liga. Entrando aos 91 minutos, Giuliano mal tocou na bola, mas o momento foi simbólico: filho e pai, juntos no mesmo clube. Aos 19 anos, ele se tornava parte do elenco que brigava pelo título espanhol. Esses primeiros passos foram de aprendizado, com minutos escassos, mas cheios de expectativa.
Carreira no Hellas Verona: O Primeiro Empréstimo e a Adaptação Italiana
Para ganhar rodagem, em julho de 2022, Giuliano foi emprestado ao Hellas Verona, da Serie A italiana. Foi uma escolha natural: o clube de Verona buscava jovens promessas, e a Itália, onde ele nasceu, oferecia um futebol tático que combinava com seu estilo. Sua estreia foi em agosto, contra o Inter de Milão, em uma derrota por 2 a 1. Apesar do revés, ele mostrou potencial, correndo o campo inteiro.
A temporada 2022-2023 no Verona foi de altos e baixos. Giuliano disputou 28 jogos na Serie A, marcando três gols e dando duas assistências. Seu primeiro gol na elite italiana veio em outubro, contra o Monza, um belo chute de fora da área que levantou a torcida. Ele se adaptou bem à pressão da liga, enfrentando defesas duras como a da Juventus e da Roma. Fora de campo, aproveitou para reconectar com suas raízes italianas, visitando Roma e aprendendo mais sobre a cultura local.
O empréstimo foi valioso para seu amadurecimento. “Verona me ensinou a ser paciente e a lutar por cada bola”, refletiu ele depois. Apesar de o time lutar contra o rebaixamento – terminando em 17º –, Giuliano ganhou confiança e voltou ao Atlético mais preparado. Sua velocidade em contra-ataques e capacidade de finalização o tornaram um substituto ideal para os atacantes colchoneros.
Empréstimo ao Alavés: Superação Após a Lesão
Em julho de 2023, Giuliano renovou seu contrato com o Atlético até 2028 e foi emprestado ao Deportivo Alavés, da La Liga, para a temporada 2023-2024. O Alavés, um time médio que brigava pela permanência, via nele a peça para fortalecer o ataque. A pré-temporada começou promissora, mas um drama mudou tudo: em 6 de agosto, durante um amistoso contra o Burgos CF, uma entrada dura de José Joaquín Matos resultou em fratura na fíbula e lesão no tornozelo. Giuliano ficou fora por meses, uma provação que testou sua resiliência.
A recuperação foi árdua. Ele passou por cirurgias e fisioterapia intensa em Madri, com o pai ao lado. “Lesões assim te fazem valorizar cada dia em campo”, disse ele em uma rede social. Retornou em dezembro, jogando 14 partidas na liga e marcando um gol – contra o Cádiz, em um cabeceio preciso. Pelo Alavés, foram 16 jogos no total, com o time garantindo a salvação. Apesar do tempo perdido, o empréstimo o ajudou a ganhar experiência na elite espanhola, lidando com a pressão de jogos decisivos.
Retorno ao Atlético de Madrid: O Brilho na Temporada 2024-2025
De volta ao Atlético para a temporada 2024-2025, Giuliano finalmente assumiu um papel maior no time do pai. Sua estreia como titular veio em setembro, contra o Rayo Vallecano, onde deu uma assistência. O primeiro gol pelo principal veio em 3 de novembro de 2024, na vitória por 2 a 0 sobre o Las Palmas – um chute colocado que selou o placar. Foi um momento emocionante: Diego o abraçou no banco, e a torcida do Wanda Metropolitano cantou seu nome.
A campanha na Liga dos Campeões foi outro destaque. Em 29 de janeiro de 2025, contra o RB Salzburg, Giuliano marcou seu primeiro gol na competição e deu uma assistência na goleada por 4 a 1. Sua velocidade desmontou a defesa austríaca, mostrando maturidade em alto nível. Na La Liga, ele contribuiu com gols e assistências, ajudando o Atlético a brigar pelo título. Em junho de 2025, participou do Mundial de Clubes da FIFA, onde o time chegou às semifinais, e Giuliano entrou em jogos chave, marcando um gol contra o Al-Hilal.
Até outubro de 2025, suas estatísticas no Atlético principal impressionam: 63 jogos, 7 gols em todas as competições. Ele usa a camisa 20 e se tornou um rotacionista confiável, entrando para mudar partidas com sua energia.
Estilo de Jogo: Velocidade, Garra e Inteligência
Giuliano Simeone joga com o DNA do pai: intensidade e coletividade. Como ponta direita, ele é letal em contra-ataques, usando sua velocidade para desequilibrar defesas. Seu pé esquerdo, surpreendentemente preciso, é arma em chutes de média distância e cruzamentos. Medindo 1,73 metro, compensa a falta de altura com agilidade e posicionamento.
Analistas o comparam a um “atacante moderno”: pressiona alto, recupera bolas e finaliza com frieza. Sua taxa de conversão de chances é alta – cerca de 15% na La Liga –, e ele contribui defensivamente, com média de 2 desarmes por jogo. “Ele tem o instinto assassino do pai, mas com mais técnica”, elogiou um ex-companheiro. Fora isso, sua visão de jogo o torna bom em assistências, como visto em 2025.
Carreira Internacional: Representando a Albiceleste
A seleção argentina é o sonho realizado. Giuliano representou as categorias de base desde os sub-15, mas o salto veio em 2024. Pelas sub-23, marcou dois gols em dois jogos, e nos Jogos Olímpicos de Paris, anotou um na campanha que levou à medalha de prata. Sua estreia pela principal foi em 19 de novembro de 2024, contra o Peru, nas eliminatórias da Copa de 2026 – tornando-se o segundo filho de Diego a vestir a azul e branca, após Giovanni.
O primeiro gol veio em 25 de março de 2025, na vitória por 4 a 1 sobre o Brasil, um chute de fora da área que silenciou o Maracanã. Até outubro de 2025, ele tem nove jogos e um gol pela Albiceleste, sob o comando de Lionel Scaloni. “Jogar pela Argentina é o que me motiva todos os dias”, disse ele. Sua inclusão reforça a renovação da seleção, ao lado de nomes como Garnacho e Soule.
Vida Pessoal: Equilíbrio Fora das Quatro Linhas
Fora do campo, Giuliano é discreto. Mora em Madri com a namorada, uma estudante de design, e adora cozinhar pratos argentinos como empanadas. Ele é ativo nas redes sociais, compartilhando treinos e momentos familiares. A relação com o pai é de admiração mútua: Diego o treina com rigor, mas fora do clube, são cúmplices. Em 2025, celebrou o nascimento de um sobrinho dedicando um gol a ele.
Giuliano também se envolve em causas sociais, como projetos de futebol para crianças em Buenos Aires. Ele fala italiano, espanhol e inglês fluente, facilitando sua adaptação. Sua filosofia? “O futebol é vida, mas a família é tudo.”
Atualizações Recentes: Até Outubro de 2025
Outubro de 2025 tem sido mágico para Giuliano. Em 27 de outubro, no Estádio Benito Villamarín, ele foi decisivo na vitória por 2 a 0 do Atlético sobre o Real Betis, estendendo a invencibilidade na La Liga para oito jogos. Aos poucos minutos, uma bola solta na entrada da área caiu em seus pés: com o pé esquerdo, ele girou e voleou no canto, abrindo o placar. Foi um gol de pura classe, eleito o mais bonito da rodada.
Eleito Homem do Jogo, Giuliano somava, até então, dois gols e três assistências em 10 partidas na temporada. Diego Simeone, em coletiva, elogiou: “Ele fez um grande trabalho. Tenho certeza de que ficou feliz com o nascimento do sobrinho e dedicou o gol a ele. É um guerreiro.” Essa atuação veio após a goleada sofrida para o Arsenal na Champions, mostrando resiliência do time – e de Giuliano, que entrou como substituto e mudou o ritmo.
Na Champions, ele já tem dois gols na fase de grupos, incluindo um contra o Bayern. Rumores de interesse do Manchester United circulam, mas Giuliano afirma: “Meu foco é o Atlético.” Com o Mundial de Clubes em mente para dezembro, 2025 promete mais glórias.
Conclusão
Giuliano Simeone é mais que o filho de um ídolo: é um talento consolidado, pronto para voar alto. De Roma ao Wanda, de lesões a gols decisivos, sua jornada inspira. Com 22 anos, ele já deixou sua marca na Europa e na Argentina. O futuro? Títulos com o Atlético, convocações regulares e, quem sabe, a Copa de 2026. O “Cholito” cresceu – e o futebol agradece.