barnabás varga

Barnabás Varga: O Atacante Húngaro que Conquista os Gramados

Introdução

Barnabás Varga é um dos nomes mais empolgantes do futebol húngaro contemporâneo. Nascido em 25 de outubro de 1994, em Szombathely, uma cidade pacata no oeste da Hungria, Varga emergiu como um centroavante implacável, conhecido por sua capacidade de marcar gols decisivos e sua presença imponente no campo. Com 1,85 metro de altura e o pé direito como arma principal, ele se tornou uma peça fundamental no Ferencváros, o maior clube da Hungria, e na seleção nacional magiar. Sua jornada no futebol é marcada por uma ascensão meteórica, de divisões inferiores na Áustria para os palcos europeus, passando por lesões superadas e momentos de glória em competições internacionais.

Aos 30 anos, em outubro de 2025, Varga continua a impressionar. Sua dedicação ao esporte, aliada a um faro de gol afiado, o transformou em ídolo para os torcedores húngaros. Este artigo mergulha na vida e na carreira desse atleta, explorando desde seus primeiros chutes na bola até as conquistas mais recentes, incluindo sua participação nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Sem dúvida, Barnabás Varga representa o renascimento do futebol húngaro, um país que outrora dominava o cenário europeu com lendas como Ferenc Puskás.

Início da Vida e Formação

A história de Barnabás Varga começa em Szombathely, uma região fronteiriça com a Áustria, onde o futebol é mais do que um esporte – é uma paixão coletiva. Filho de uma família modesta, Varga cresceu em meio a campos de terra batida e sonhos de glória. Desde cedo, demonstrou talento natural para o jogo, com uma velocidade impressionante e uma intuição para se posicionar na área adversária. Aos 15 anos, em 2009, ele ingressou na Illés Akadémia, uma das academias de base mais respeitadas da Hungria, fundada em homenagem ao lendário jogador Illés. Lá, Varga passou um ano aprimorando suas habilidades técnicas e táticas, aprendendo a importância da disciplina e do trabalho em equipe.

Em 2010, com apenas 16 anos, Varga deu o primeiro passo ousado em sua carreira: mudou-se para a Áustria para jogar pelo SV Eberau, um clube modesto na Burgenland. Essa decisão precoce reflete sua ambição. Na Áustria, o futebol é profissionalizado de forma mais estruturada, e Varga se adaptou rapidamente ao ritmo mais intenso. Entre 2010 e 2016, ele disputou partidas em ligas regionais, acumulando experiência valiosa. Foi um período de formação, onde aprendeu a lidar com a pressão de jogos fora de casa e a importância de manter a forma física em um país vizinho.

O salto qualitativo veio em 2016, quando se juntou ao SV Mattersburg II, o time reserva do clube da Bundesliga austríaca. Nesses três anos, Varga explodiu em termos de números: em 57 jogos, marcou impressionantes 51 gols. Sua eficiência como artilheiro chamou a atenção dos olheiros, e ele começou a ser escalado no time principal do Mattersburg. Em 16 aparições pela equipe de elite, entre 2016 e 2019, anotou um gol, provando que estava pronto para desafios maiores. Esses anos na Áustria moldaram seu caráter resiliente; ele aprendeu alemão, integrou-se à cultura local e desenvolveu uma mentalidade vencedora, essencial para um jogador que sonhava com a elite europeia.

Em 2019, Varga assinou com o SV Lafnitz, um clube da segunda divisão austríaca. Foi uma temporada de consolidação: 29 jogos e 11 gols, ajudando o time a brigar pelo acesso. Seus dribles curtos e chutes potentes começaram a ser comentados na imprensa local. No entanto, Varga sentia o chamado da pátria. Aos 25 anos, decidiu retornar à Hungria, buscando raízes e oportunidades em um campeonato que conhecia bem. Essa escolha marcou o início de sua era dourada no futebol magiar.

Carreira nos Clubes

Primeiros Passos na Áustria

A fase austríaca de Barnabás Varga foi fundamental para sua maturação como jogador. No SV Eberau, ele jogava em campos pequenos, enfrentando ventos frios da fronteira e adversários endurecidos pelo inverno rigoroso. Esses jogos, embora não glamorosos, ensinaram-lhe a improvisar e a lutar por cada bola. Transição para o Mattersburg II foi como entrar em uma academia profissional: treinos diários, análises de vídeo e competições mais ferozes. Seus 51 gols em 57 partidas não foram por acaso; Varga se destacava por sua capacidade de finalizar com ambos os pés, embora o direito fosse seu preferido, e por ler as jogadas com antecedência.

No time principal do Mattersburg, sua estreia foi tímida, mas reveladora. Em uma partida contra o Rapid Viena, em 2017, ele entrou no segundo tempo e quase marcou, forçando uma defesa milagrosa. Esse momento simbolizou sua paciência: não era o astro imediato, mas o trabalhador incansável. No Lafnitz, em 2019-20, Varga brilhou em uma liga competitiva. Um hat-trick contra o Austria Klagenfurt, em fevereiro de 2020, foi o ponto alto, garantindo uma vitória por 4-2 e atraindo olhares de clubes húngaros. Esses anos forjaram um atacante completo, pronto para o retorno à Hungria.

Retorno à Hungria e Ascensão

De volta à pátria em 2020, Varga assinou com o Gyirmót FC, um clube da segunda divisão húngara (NB II). Foi o recomeço perfeito: em duas temporadas, disputou 58 jogos e marcou 26 gols, liderando o time ao acesso para a NB I em 2021. Sua estreia na elite, contra o Honvéd, resultou em um gol de cabeça aos 72 minutos, selando uma vitória por 2-1. No Gyirmót, Varga mostrou versatilidade: não só finalizava, mas também pressionava os zagueiros e criava espaços para os companheiros.

Em 2022, transferiu-se para o Paksi FC, um time médio da NB I com aspirações europeias. Foi ali que Varga se consagrou. Na temporada 2022-23, em 31 partidas, anotou 26 gols, tornando-se o artilheiro do campeonato. Destaques incluem um poker de gols (quatro) contra o Zalaegerszeg, em maio de 2023, em uma goleada por 6-0 que praticamente garantiu o terceiro lugar na tabela. Seus chutes de fora da área e pivôs inteligentes viraram marca registrada. O Paksi, graças a ele, disputou a Liga Europa pela primeira vez em anos, embora tenha sido eliminado precocemente. Varga’s impacto foi tal que ele foi eleito o melhor jogador estrangeiro da liga – ironicamente, sendo húngaro.

Sucesso no Ferencváros

O grande salto veio em junho de 2023: Varga assinou com o Ferencváros, o gigante verde-e-branco de Budapeste, atual campeão húngaro. Com um contrato de três anos, ele chegou como reforço de peso para a campanha europeia. Sua adaptação foi instantânea. Em sua estreia na Liga Conferência Europa, contra o Shamrock Rovers, em 27 de julho de 2023, marcou seu primeiro gol europeu, garantindo o 2-0. Na NB I, explodiu com hat-tricks: um contra o ex-clube Paks, em 27 de agosto de 2023 (5-0), e outro contra o Zalaegerszeg, em 3 de setembro (4-0). Esses feitos o transformaram em herói instantâneo.

A temporada 2023-24 foi de altos e baixos. Em outubro de 2023, sofreu uma lesão grave contra o Diósgyőri VTK, fraturando o tornozelo e ficando fora por três meses. Retornou em janeiro de 2024 com fúria: quatro gols em uma só partida contra o MTK Budapest, em 6 de fevereiro (5-1), igualando um recorde do clube. O Ferencváros conquistou o título nacional em 20 de abril de 2024, com um empate sem gols contra o Kisvárda – Varga contribuiu com 18 gols na liga. Na Taça da Hungria, chegou à final, mas perdeu por 2-0 para o Paks em 15 de maio.

Na Europa, brilhou na Liga Europa 2024-25. Marcou dois gols contra o Dynamo Kyiv, em 7 de novembro de 2024 (vitória por 3-1), e contra o Malmö FF, chegando a cinco gols em cinco jogos da fase de grupos. Sua inclusão no time do dia na UEFA, em novembro de 2024, foi merecida. Em 2025, na pré-temporada da Liga dos Campeões, anotou dois gols contra o Ludogorets Razgrad, em 12 de agosto, em uma vitória por 3-0 na terceira fase qualificatória. Até agosto de 2025, acumula 58 jogos e 36 gols pelo Ferencváros, ajudando o time a dominar a NB I novamente. Sua consistência o torna indispensável, com médias de um gol a cada 1,6 partidas.

Carreira Internacional

A seleção húngara sempre foi o sonho de Varga. Sua estreia veio em 27 de março de 2023, como substituto em uma vitória por 2-0 sobre a Bulgária, pelas eliminatórias da Euro 2024. O primeiro gol internacional saiu em 20 de junho de 2023, contra a Lituânia (1-0), um belo chute de voleio que selou a classificação. Em setembro de 2023, marcou contra a Sérvia em duas ocasiões: um em 7 de setembro (2-1) e outro em 14 de outubro (2-1), gols cruciais para a vaga na Euro.

Convocado para a Euro 2024 em maio de 2024, Varga preparou-se com um amistoso contra Israel, em 8 de junho, onde fez dois gols em uma goleada por 4-1. Na estreia contra a Suíça, em 15 de junho, abriu o placar em um 3-1 de derrota, mostrando garra. O drama veio em 23 de junho, contra a Escócia: uma colisão com o zagueiro Anthony Ralston o deixou inconsciente, com fraturas múltiplas no rosto. Estabilizado no hospital, passou por cirurgia em Stuttgart e foi liberado em 27 de junho, retornando à Hungria para recuperação. Apesar do susto, a Hungria avançou, mas caiu nas oitavas.

Em 2025, nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, Varga voltou com tudo. Em 6 de setembro, marcou no 2-2 contra a Irlanda, no Aviva Stadium, um gol de pênalti aos 78 minutos. Três dias depois, em 9 de setembro, contra Portugal no Puskás Aréna, fez dois gols em uma derrota por 3-2, incluindo um de cabeça aos 21 minutos. No entanto, recebeu cartão amarelo e está suspenso para o jogo de 11 de outubro contra a Armênia. Com 25 jogos e 11 gols pela seleção até setembro de 2025, Varga é o vice-artilheiro da equipe nas eliminatórias, atrás apenas de lendas recentes. Sua ausência contra a Armênia, ao lado de Roland Sallai, é um golpe para o técnico Marco Rossi, mas Varga promete voltar mais forte.

Estilo de Jogo e Conquistas

Barnabás Varga é o protótipo do centroavante moderno: alto, forte no jogo aéreo, mas ágil nos pés. Seu estilo combina a força física com inteligência tática – ele se posiciona como um predador na área, antecipando cruzamentos e rebotes. Fora da caixa, seus chutes são potentes, como o de 30 metros contra o Dynamo Kyiv. Defensivamente, pressiona alto, forçando erros. Críticos o comparam a um jovem Christian Vieri, pela presença e finalização clínica.

Suas conquistas falam por si. Artilheiro da NB I em 2022-23 com 26 gols pelo Paksi. Pelo Ferencváros, dois títulos nacionais (2023-24 e 2024-25), além da final da Taça em 2024. Internacionalmente, sua contribuição para a Euro 2024 e as eliminatórias da Copa 2026 o colocam entre os melhores atacantes húngaros da década. Em 2024, foi eleito Jogador do Mês da NB I três vezes. Seus hat-tricks e pokers de gols são lendas no folclore do futebol húngaro, inspirando jovens das academias.

Vida Pessoal

Fora dos gramados, Varga é um homem simples. Reside em Szentpéterfa, uma vila tranquila perto da fronteira austríaca, onde planeja se aposentar. Em entrevista ao Nemzeti Sport, em 2024, disse: “Quero criar raízes aqui, longe do barulho de Budapeste. O futebol me deu tudo, mas a família é o que conta.” Casado e pai de um filho pequeno, ele equilibra a carreira com hobbies como caça e caminhadas nas colinas da Burgenland. Sua recuperação da lesão na Euro 2024 fortaleceu sua fé; ele creditou o apoio da esposa e da torcida húngara. Varga também apoia causas locais, como academias de base em Szombathely, doando equipamentos e tempo para treinos.

Atualizações Recentes (até Outubro de 2025)

Outubro de 2025 traz desafios para Varga. Após os dois gols contra Portugal em 9 de setembro, sua suspensão para o qualifier contra a Armênia, em 11 de outubro, preocupa a seleção. O técnico Rossi elogiou sua forma: “Barnabás é nosso leão na frente; sem ele, precisamos de criatividade extra.” No Ferencváros, ele marcou em uma vitória por 4-2 sobre o Honvéd, em 28 de setembro, mantendo a liderança na NB I. Rumores de interesse de clubes alemães, como o Union Berlin, circulam, mas Varga afirma lealdade ao Fradi.

Na Liga dos Campeões, após o Ludogorets, o Ferencváros enfrenta o Celtic em novembro; Varga treina intensamente para brilhar. Sua meta: 20 gols na temporada e classificar a Hungria à Copa. Com a lesão de 2024 superada, ele usa protetor facial em treinos, um lembrete de resiliência. Fãs lotam o Puskás Aréna em sua homenagem, cantando “Varga, Varga!” – um eco de glória húngara.

Conclusão

Barnabás Varga não é apenas um jogador; é um símbolo de perseverança e talento puro. De Szombathely aos estádios europeus, sua trajetória inspira gerações. Com 30 anos, o auge ainda está por vir – quem sabe uma Copa do Mundo em 2026? O futebol húngaro deve muito a ele. Que os gramados continuem a ser seu palco, e os gols, sua assinatura.

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