Introdução
Lionel Messi, o nome que ecoa em estádios ao redor do mundo, é mais do que um jogador de futebol; ele é um símbolo de genialidade e dedicação. Nascido na Argentina, esse craque transformou o esporte com sua habilidade única, tornando-se uma lenda viva. Com dribles impossíveis, passes precisos e gols que desafiam a lógica, Messi conquistou corações de torcedores de todas as idades e nacionalidades. Sua jornada começou em campos simples de Rosario e o levou aos píncaros do sucesso global. Em setembro de 2025, aos 38 anos, ele continua a brilhar, provando que o talento não tem data de validade. Este artigo mergulha na vida e na carreira desse ícone argentino, destacando suas conquistas, desafios e os capítulos mais recentes de uma história que ainda está sendo escrita.
Os Primeiros Anos: Raízes em Rosario
Uma Infância Marcada pelo Futebol
Lionel Andrés Messi Cuccittini nasceu em 24 de junho de 1987, em Rosario, uma cidade portuária no centro da Argentina. Desde pequeno, o futebol era sua paixão. Filho de Jorge Messi, um operário de fábrica, e Celia Cuccittini, que trabalhava em um hospital, Leo cresceu em um bairro humilde chamado La Bajada. Seus avós eram imigrantes italianos, o que lhe deu uma herança cultural rica, mas foi o esporte que moldou sua identidade.
Aos quatro anos, Messi já chutava uma bola nas ruas poeirentas de Rosario. Seu pai o levou para o Grandoli, um clube local onde crianças jogavam por diversão. Ali, o pequeno Leo impressionava com sua agilidade e visão de jogo. Treinador da equipe sub-6, o técnico notou algo especial: o menino driblava adversários maiores sem esforço. Em casa, a família se reunia para assistir jogos do Newell’s Old Boys, time local que idolatrava. Messi jogou no Newell’s de 1994 a 2000, marcando mais de 500 gols em categorias de base – um recorde que ainda ecoa nos relatos de ex-companheiros.
O Desafio da Doença e a Mudança para Barcelona
Porém, a infância de Messi não foi só de glórias. Aos 10 anos, diagnosticado com deficiência de hormônio de crescimento, ele enfrentou um problema que poderia ter encerrado seu sonho. O tratamento custava caro, cerca de 900 dólares por mês, algo impossível para a família operária. Jorge Messi trabalhava turnos extras, mas a situação era desesperadora. Foi então que o FC Barcelona, gigante espanhol, ofereceu ajuda. Em 2000, com apenas 13 anos, Leo e sua família se mudaram para a Catalunha. O clube arcou com os custos médicos, e Messi ingressou na prestigiada academia La Masia.
A adaptação foi dura. Longe da família – inicialmente, só o pai o acompanhou –, o garoto lidava com saudades e o idioma. Mas o futebol o salvou. Em La Masia, treinava incansavelmente, aprendendo a disciplina que o tornaria profissional. Seus primeiros jogos no Barcelona B foram promissores, e logo ele subia para o time principal. Aqueles anos iniciais forjaram não só um jogador, mas um homem resiliente, pronto para conquistar o mundo.
Ascensão no Barcelona: A Era de Ouro
Estreia e Primeiras Conquistas
Messi estreou pelo time principal do Barcelona em 16 de outubro de 2004, contra o Espanyol, em um jogo da Copa do Rei. Aos 17 anos, entrou no segundo tempo e, embora o time perdesse, sua velocidade e controle de bola chamaram atenção. Foi o início de uma era. Sob o comando de Frank Rijkaard, ele se tornou titular em 2005, marcando seu primeiro gol oficial contra o Albacete.
A temporada 2004-2005 terminou com o título da La Liga, e Messi era parte essencial. Mas foi em 2006, na final da Liga dos Campeões contra o Arsenal, que ele começou a brilhar internacionalmente. Embora lesionado, sua presença inspirava. Em 2007, com Pep Guardiola assumindo o time, veio a explosão. Messi formou o trio mágico com Xavi e Iniesta, jogando um futebol de toque e posse de bola que revolucionou o esporte.
Recordes e Momentos Icônicos
Os anos seguintes foram de domínio absoluto. Em 2009, Messi marcou o gol que decidiu a final da Liga dos Campeões contra o Manchester United, um voleio de cabeça que entrou para a história. O Barcelona conquistou o triplete: La Liga, Copa do Rei e Champions. Ele foi eleito o melhor jogador do mundo pela primeira vez, o início de uma sequência de oito Bolas de Ouro.
Recordes choveram. Messi se tornou o maior artilheiro da história do Barcelona, com 672 gols em 778 jogos. Sua atuação contra o Real Madrid em 2007, marcando cinco gols em um jogo da Copa do Rei, é lendária. Em 2012, ele bateu o recorde de Gerd Müller com 91 gols em um ano calendário. Campeonatos se acumularam: 10 La Ligas, 7 Copas do Rei, 4 Ligas dos Campeões e 3 Mundiais de Clubes. Messi não era só um scorer; era o maestro, o drible que desmontava defesas inteiras.
Parceria com Guardiola e o Tiki-Taka
A era Guardiola (2008-2012) foi o ápice. O “tiki-taka”, estilo de passes curtos e rápidos, encaixava perfeitamente no gênio de Messi. Ele jogava como falso 9, uma posição inventada para ele, onde criava espaços e finalizava com maestria. Em 2011, outro triplete, com Messi como protagonista. Mas nem tudo era perfeito; lesões e críticas por não vencer uma Copa do Mundo com a Argentina pesavam.
A Seleção Argentina: De Frustrações a Glória
Início Conturbado e Pressões Nacionais
Pela seleção argentina, Messi estreou em 2005, aos 18 anos, contra a Hungria. Logo se tornou capitão em 2008, mas os anos iniciais foram de decepções. Eliminado nas quartas da Copa de 2006 pela Alemanha, ele viu sua geração falhar. Em 2014, na Copa do Mundo em casa, a Argentina chegou à final, mas perdeu para a Alemanha nos pênaltis. Messi chorou, carregando o peso de uma nação inteira.
As Copas América também doíam. Vice em 2007, 2015 e 2016, com derrotas amargas para o Chile. Críticos questionavam sua liderança, comparando-o a Maradona, o ídolo de 1986. Messi admitia a dor, mas persistia, treinando mais que todos.
A Virada com o Título da Copa América 2021
Tudo mudou em 2021. Sob Lionel Scaloni, a Argentina venceu a Copa América no Brasil, batendo o Brasil na final por 1 a 0. Messi, com 4 gols e 5 assistências, foi o melhor jogador. Foi sua primeira taça internacional, aliviando anos de pressão. “Isso é para o povo argentino”, disse ele, erguendo o troféu no Maracanã.
A Conquista da Copa do Mundo 2022
O ápice veio em 2022, no Catar. A Argentina superou uma derrota inicial para a Arábia Saudita e avançou com Messi como líder. Nas oitavas, pênaltis contra a Holanda; quartas, vitória sobre a Austrália; semis, a revanche contra a Croácia. Na final contra a França, um show: Messi marcou duas vezes, Mbappé empatou, mas nos pênaltis, a Argentina venceu. Aos 35 anos, Messi ergueu a Copa do Mundo, chorando como um menino. “Eu fiz isso por eles”, dedicou à família e ao país. Foi o fechamento perfeito de uma carreira pela albiceleste.
Atualizações Recentes na Seleção
Em setembro de 2025, Messi se despediu temporariamente da seleção em uma vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, marcando dois gols no Estádio Monumental. Foi sua última partida oficial na Argentina antes das eliminatórias finais. Recuperando-se de uma lesão na coxa, ele optou por descansar e não viajou para o jogo contra o Equador. Sobre a Copa do Mundo de 2026, nos EUA, Canadá e México, Messi foi evasivo: “Vamos ver como me sinto. Jogo por jogo, vou decidindo.” Aos 38 anos, ele monitora o corpo, mas o desejo de disputar um sexto Mundial persiste, podendo igualar o recorde de Cristiano Ronaldo.
Mudanças de Clube: De Barcelona a PSG
O Fim de uma Era no Barcelona
Em 2021, o sonho acabou. Problemas financeiros do Barcelona impediram a renovação. Em lágrimas, Messi anunciou a saída após 17 anos. “É o clube da minha vida”, disse em coletiva. Rumores o ligavam ao Manchester City de Guardiola, mas ele escolheu o Paris Saint-Germain (PSG), assinando por dois anos em agosto de 2021.
Aventura no PSG: Adaptação e Títulos
No PSG, Messi se juntou a Neymar e Mbappé, formando um trio estelar. A adaptação foi lenta; críticas vieram pela Ligue 1, considerada mais fraca. Mas ele brilhou: 32 gols em 75 jogos, incluindo na Liga dos Campeões. O PSG venceu duas Ligue 1 (2022 e 2023), mas caiu nas semis da Champions em 2022 para o Real Madrid. Messi mostrou flashes de genialidade, como um gol antológico contra o Manchester City. Em 2023, com o contrato acabando, ele decidiu partir, priorizando família e um novo desafio.
Inter Miami: Um Novo Capítulo nos EUA
Chegada e Impacto Imediato
Em julho de 2023, Messi surpreendeu o mundo ao assinar com o Inter Miami, da Major League Soccer (MLS). “Queria algo novo para minha família”, explicou. Sua estreia foi épica: na final da Leagues Cup, marcou dois gols de falta, levando o time ao título – o primeiro troféu do clube. O “Messi effect” foi imediato: ingressos esgotados, audiência global e valorização do time.
Temporadas de Sucesso e Recordes
Em 2024, Messi liderou o Inter Miami à Supporters’ Shield, o melhor campanha regular da história da MLS, com recorde de pontos. Nomeado MVP da liga, ele marcou 20 gols na MLS, tornando-se o artilheiro mais rápido a atingir 40 gols na história da competição. O time contratou ex-Barça como Busquets, Alba e Suárez, recriando a química. Apesar de eliminação precoce nos playoffs para o Atlanta United, o impacto foi colossal: receitas do clube saltaram de 50-60 milhões de dólares em 2022 para cifras estratosféricas.
Desafios e Frustrações em 2025
A temporada 2025 trouxe glórias e tropeços. Messi jogou 36 partidas em todas as competições, somando 28 gols e 14 assistências – números impressionantes para um veterano. O Inter Miami caiu nas semifinais da Concacaf Champions Cup, nas oitavas do Mundial de Clubes FIFA e na final da Leagues Cup de 2025. Ainda assim, ele é o segundo artilheiro da MLS com 20 gols e contribuições totais que colocam o time na briga pelo título.
A Extensão de Contrato: Ficando em Miami
Em meados de setembro de 2025, notícias empolgantes surgiram: Messi está perto de assinar uma extensão multianual com o Inter Miami, mantendo-o no clube até pelo menos 2026, possivelmente além. O acordo, em fase final, alinha-se à abertura do novo estádio Miami Freedom Park, em 2026. Seu contrato anterior acabava no fim de 2025, mas agora ele planeja encerrar a carreira em rosa, com o número 10. “É o lugar perfeito para nós”, disse uma fonte próxima. Isso garante que ele jogue o Mundial de Clubes expandido e, quem sabe, inspire a MLS por mais anos.
Conquistas Individuais e Legado
Prêmios e Honrarias
Messi é o maior vencedor de Bolas de Ouro: oito, superando todos. Tem sete Chuteiras de Ouro, recorde de gols em La Liga (474) e na Champions (129). Pela Argentina, é o maior artilheiro (106 gols) e assistente. Seu legado vai além: fundou a Fundação Messi, ajudando crianças vulneráveis, e é embaixador da UNICEF.
Influência no Futebol Moderno
Messi mudou o jogo. Seu estilo – baixo centro de gravidade, visão periférica – inspirou gerações. Ele popularizou o futebol na Ásia, EUA e Oriente Médio. Fora de campo, é discreto: casado com Antonela Roccuzzo desde 2017, pai de três filhos (Thiago, Mateo e Ciro), vive uma vida familiar em Miami.
Vida Pessoal: Família e Filantropia
Amor e Família
Messi e Antonela se conheceram na infância em Rosario. Namoraram por anos, casando em 2017 em uma cerimônia íntima. Seus filhos são sua âncora; Messi dedica gols a eles. Em Miami, a família curte praias e tranquilidade, longe dos holofotes europeus.
Compromisso Social
Através da Fundação, Messi construiu hospitais e apoia educação em bairros pobres. Em 2025, doou para vítimas de enchentes na Argentina. Sua humildade – “Sou um sortudo” – o torna acessível.
Atualizações de Setembro de 2025: Olhando para o Futuro
No dia 16 de setembro, Messi driblou e marcou contra o Seattle Sounders, em uma vitória do Inter Miami. Com o contrato quase assinado, rumores de uma sexta Copa do Mundo pairam. Lesões recentes, como a na coxa, o fazem cauteloso, mas sua forma é elite. Amigos como Suárez dizem: “Ele ainda tem magia.” Para 2026, espera-se que jogue o Mundial de Clubes e, se o corpo permitir, defenda a Argentina no maior palco. Messi não planeja aposentadoria iminente; em vez disso, quer mais momentos inesquecíveis.
Conclusão
Lionel Messi é a personificação do futebol: arte, emoção e superação. De menino doente em Rosario a lenda global, sua jornada inspira milhões. Com troféus na prateleira e um futuro promissor em Miami, ele prova que grandes histórias não acabam – elas evoluem. Que venham mais dribles, mais gols e mais alegrias. Messi, o argentino que conquistou o mundo, segue sendo o rei do gramado.