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Beatriz Haddad Maia

Beatriz Haddad Maia: A Jogadora de Tênis Brasileira

Beatriz Haddad Maia: A Jogadora de Tênis Brasileira

Introdução

Beatriz Haddad Maia, conhecida carinhosamente como Bia, é uma das maiores estrelas do tênis brasileiro na atualidade. Nascida em 30 de maio de 1996, em São Paulo, ela se destacou no circuito mundial com sua determinação, habilidade e espírito de luta. Com 1,85 metro de altura, a canhota brasileira conquistou títulos importantes e quebrou barreiras para o esporte feminino no país. Sua jornada é marcada por vitórias impressionantes, desafios pessoais e uma paixão inabalável pelo tênis. Aos 29 anos, em 2025, Bia continua a inspirar fãs ao redor do mundo, representando o Brasil em torneios de alto nível e contribuindo para o crescimento do esporte.

Início da Vida e Família

Bia cresceu em uma família profundamente ligada ao esporte. Seus antepassados libaneses trouxeram uma herança cultural rica, mas foi o tênis que uniu gerações. Sua mãe, Lais Scaff Haddad, e sua avó, Arlette Scaff Haddad, foram jogadoras de sucesso no Brasil, competindo em torneios locais e inspirando a jovem Beatriz desde cedo. Seus primos, Gabriela e Antonin, também seguiram o caminho das quadras, enquanto seu pai, Ayrton Elias Maia Filho, era um ex-jogador de basquete. Além disso, Bia é sobrinha do famoso cantor, apresentador e compositor brasileiro Rolando Boldrin, falecido em 2022, que adicionou um toque artístico à família.

Desde os cinco anos, Bia pegou na raquete, treinando no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Sua altura e força natural a destacavam, mas era sua dedicação que a diferenciava. Ela equilibrava os treinos com estudos, formando-se em Administração de Empresas pela Universidade Estácio de Sá, por meio de ensino a distância. Essa base familiar e educacional moldou não só sua carreira, mas também sua resiliência diante de adversidades.

Carreira Juvenil

A carreira juvenil de Bia foi promissora e cheia de conquistas. Ela alcançou o 15º lugar no ranking júnior da ITF, demonstrando talento precoce. Em 2011, chegou às semifinais de duplas em Wimbledon, ao lado da russa Mayya Katsitadze. No ano seguinte, foi vice-campeã de duplas no Aberto da França, com a paraguaia Montserrat González, e repetiu o feito em 2013, com a equatoriana Doménica González.

Ainda aos 14 anos, em 2010, Bia venceu seu primeiro título profissional de duplas no ITF de Mogi das Cruzes, ao lado de Flávia Guimarães Bueno. Em 2011, aos 15, conquistou seu primeiro título individual em um torneio de 10 mil dólares em Goiânia. Esses sucessos iniciais a motivaram a transição para o profissionalismo, mostrando que ela estava pronta para desafios maiores.

Início da Carreira Profissional (2010-2014)

Bia virou profissional em 2010, mas foi em 2013 que estreou no circuito WTA, no Brasil Tennis Cup, em Florianópolis, como wildcard. Ela venceu sua primeira partida no circuito principal contra Hsu Chieh-yu, mas perdeu na segunda rodada para Melinda Czink. No mesmo torneio, jogou duplas com Carla Forte.

Em 2014, recebeu wildcards para o Rio Open e o Brasil Tennis Cup, mas caiu na primeira rodada em ambos os eventos, tanto em simples quanto em duplas. Esses anos foram de aprendizado, com foco em torneios ITF para ganhar experiência e pontos no ranking.

Primeiros Sucessos e Lesões (2015-2016)

2015 marcou o primeiro grande título WTA de Bia, em duplas, no Copa Colsanitas, em Bogotá, ao lado de Paula Cristina Gonçalves. Elas derrotaram Irina Falconi e Shelby Rogers na final. No Rio Open, chegou às quartas de final em simples como wildcard e às semifinais em duplas, mas uma lesão no ombro durante os Jogos Pan-Americanos em Toronto a obrigou a fazer cirurgia, encerrando a temporada.

Em 2016, Bia voltou com ranking baixo, em 367º lugar, mas recuperou posições com títulos em torneios ITF de 50 mil dólares em Scottsdale e Waco, nos Estados Unidos. Esses resultados a prepararam para um ano de ascensão.

Entrada no Top 100 (2017)

2017 foi um ano de breakthrough. Bia venceu o ITF de 25 mil dólares em Clare, na Austrália, em simples e duplas. Em Bogotá, conquistou seu segundo título WTA de duplas, com Nadia Podoroska. Na temporada de saibro europeu, qualificou-se para o Aberto da França e chegou à segunda rodada em Wimbledon, perdendo para Simona Halep.

Ela alcançou sua primeira final WTA em simples no Korea Open, perdendo para Jeļena Ostapenko. Venceu o ITF de 100 mil dólares em Cagnes-sur-Mer, entrando no top 100. Representando o Brasil na Fed Cup, contribuiu para vitórias importantes.

Desafios e Hiato (2018)

2018 começou com a segunda rodada no Aberto da Austrália, mas lesões interromperam o progresso. Bia jogou pela Fed Cup, vencendo cinco de seis jogos, mas o ano foi marcado por recuperação física, levando a um hiato temporário.

Suspensão e Retorno (2019-2020)

Em 2019, Bia chegou à segunda rodada no Aberto da Austrália e às semifinais no Copa Colsanitas. Porém, em julho, foi suspensa provisoriamente após teste positivo para substâncias proibidas em um torneio Challenger em Bol, na Croácia. Em fevereiro de 2020, recebeu uma suspensão de 10 meses por uso não intencional, retroativa a julho de 2019.

Ela retornou em maio de 2020, focando em reconstruir a carreira em meio à pandemia de COVID-19, que afetou o calendário mundial.

Reconstrução (2021)

2021 foi de reconstrução. Bia venceu torneios ITF e ganhou confiança, preparando o terreno para explosões futuras. Seu ranking subiu gradualmente, e ela mostrou maturidade em quadra.

Avanço em 2022

2022 foi o ano da virada. Bia venceu títulos WTA em Nottingham e Birmingham, ambos na grama, derrotando Alison Riske e Zhang Shuai, respectivamente. Em duplas, ganhou em Sydney com Anna Danilina e em Nottingham com Zhang Shuai. Chegou à final do Aberto do Canadá, perdendo para Simona Halep, e à final do Aberto da Austrália em duplas, com Danilina.

Ela pulou 186 posições no ranking, terminando no top 20. Seu recorde foi de 15 vitórias em 17 jogos em um período, destacando sua consistência.

Pico em 2023

2023 marcou o auge. Bia alcançou as semifinais no Aberto da França, a primeira brasileira na era aberta a chegar tão longe em Roland Garros. Venceu o WTA Elite Trophy na China, derrotando Zheng Qinwen na final. Em duplas, ganhou títulos em Indian Wells e outros.

Ela entrou no top 10 em junho, a primeira brasileira a conseguir isso em simples. Seu recorde na Fed Cup (agora Billie Jean King Cup) era impressionante, com 33 vitórias e 14 derrotas até junho de 2025.

Consolidação em 2024

Em 2024, Bia manteve o alto nível. Venceu o Korea Open em simples, derrotando Daria Kasatkina, e títulos em duplas, como em Adelaide com Taylor Townsend. Perdeu a final em Cleveland para McCartney Kessler. Seu recorde foi de 36 vitórias e 27 derrotas, com prêmios de mais de 2 milhões de dólares.

Temporada 2025

Até agosto de 2025, Bia enfrentou desafios. Seu recorde em simples era de 10 vitórias e 23 derrotas, com dificuldades em quadras duras (2-12). No Aberto da Austrália, chegou à terceira rodada, derrotando Erika Andreeva e Julia Riera. Em Estrasburgo, alcançou as semifinais, vencendo Emma Navarro após salvar match points contra Clara Tauson.

Em Madri, quebrou uma sequência de nove derrotas. No US Open, venceu Sonay Kartal na primeira rodada, mas perdeu para Marie Bouzkova em Monterrey. Apesar das lutas, Bia mostrou resiliência, como na vitória sobre Navarro após derrotas anteriores. Seu ranking era 22º, com prêmios de 1,2 milhão de dólares.

Estilo de Jogo

Bia é conhecida por seu jogo agressivo e potente. Como canhota, seu saque e forehand são armas letais. Ela se adapta bem a superfícies variadas, com sucessos em grama, saibro e dura. Sua altura ajuda no alcance, e sua mentalidade de lutadora a faz brilhar em jogos longos. Ela prioriza o condicionamento físico para superar lesões passadas.

Conquistas Principais

Bia tem quatro títulos WTA em simples: Nottingham (2022), Birmingham (2022), WTA Elite Trophy (2023) e Korea Open (2024). Em duplas, oito títulos, incluindo Sydney (2022) e Bogotá (2015, 2017). Finais em Grand Slams (Aberto da Austrália 2022) e WTA 1000 (Canadá 2022, Guadalajara 2022, Indian Wells 2023). Seu ranking mais alto foi 10º em junho de 2023.

Na Billie Jean King Cup, seu recorde é 33-14, com 12-2 em duplas. Ela é a primeira brasileira no top 10 em simples e duplas.

Vida Pessoal

Fora das quadras, Bia é discreta. Mora em São Paulo e valoriza a família. Sua formação em administração a ajuda a gerenciar a carreira. Ela enfrentou controvérsias, como a suspensão por doping, mas provou ser acidental, voltando mais forte. Bia apoia causas sociais e inspira jovens atletas brasileiros.

Legado e Impacto no Tênis Brasileiro

Bia revolucionou o tênis feminino no Brasil. Como a primeira no top 10, ela abriu portas para novas gerações. Seu sucesso incentiva investimentos no esporte, e sua representação na BJK Cup fortalece o time nacional. Ela é um símbolo de perseverança, mostrando que com trabalho duro, é possível superar obstáculos.

Conclusão

Beatriz Haddad Maia é mais que uma jogadora; é uma inspiração. De uma criança em São Paulo a uma estrela global, sua história é de superação e paixão. Em 2025, apesar de desafios, Bia continua lutando, pronta para novos capítulos. Seu legado já está gravado no tênis brasileiro, e o futuro promete mais conquistas